sábado, 13 de julho de 2013

FREHU-N-FLIF Nº 15: O DEVER DE UMA GERAÇÃO

"Pelas Futuras Gerações e pela nossa! Da profundeza dos Tempos, aportamos à nossa Época!
 Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo!
Com o presente Blogue, queremos dar o nosso contributo para uma reflexão isenta sobre o nosso País e a Sociedade que temos ou queremos ter. Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso processo de Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião!
Essa reflexão é necessária para a afirmação e definição de uma Cidadania responsável e para a melhoria da qualidade da nossa Sociedade, determinante para o sucesso ou insucesso de qualquer processo de Desenvolvimento Humano. Um Povo sem Regra de Vida (em Família, na Escola, na Economia, na Política, etc) torna-se um estropício para o resto da Humanidade, a começar por si próprio.
A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a Melhor Corrida possível de modo a Transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global em condições de alcançar a Vitória Final.
Venha connosco! Para o Futuro! Pelas Futuras Gerações que, sem culpa, irão sofrer pelos Erros que a nossa Geração está cometendo contra si própria, tornando-se causa remota do seu possível fracasso ou desconforto, quando já cá não estivermos!
 Nós estamos a bordo, buscando o rumo certo! Aceite o nosso convite!
 O caminho é longo e movediço! Mas é o caminho! Somos os INTELECTUAIS BALANTAS NA DIÁSPORA!"


As Crianças são as flores da nossa luta
A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a melhor corrida possível de modo a transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global, em condições de permitir a Vitória Final.

De nosso ponto de vista, esse é o nosso dever para com as Futuras Gerações! Qualquer falha, numa Etapa, obrigará a Geração seguinte a fazer esforço superior à sua competência global para recuperar o atraso anterior e continuar a corrida numa velocidade incompatível, mas necessária!

A corrida é o trabalho necessário para executar um projecto global com interesse para a comunidade de acordo com a preparação exigível ao seu desempenho. Implicará todo um sistema de educação e ampla capacitação profissional, com qualidade, em ordem a atingir a eficiência máxima em cada etapa de Desenvolvimento do País.


GOVERNO DE TRANSIÇÃO:
Oportunidade Sufocada Para a
Refundação Necessária do Estado


O Governo de Transição, composto, durante mais de doze meses, por 35 Partidos de Oposição ao PAIGC, na sequência do Golpe de Estado de 12 de Abril, tem uma missão patriótica, que, em nosso entender, deverá esforçar-se por cumprir: pensar e pôr em prática os pilares de um Estado que verdadeiramente se ajuste à realidade intrínseca da Guiné-Bissau, enquanto País, com a sua própria especificidade.

Tal Missão será, quanto a nós, muito mais importante, se for cumprida, do que todas as armadilhas eleitorais que se fizerem para satisfazer a agiotagem internacional, que só quer saber do seu cão de caça para o tesouro que se esconde por detrás.

O resto (a realidade) essa fica com o Povo, que sofre as consequências de uma má decisão política, de uma má escolha eleitoral!

Para tal, será necessário levar à prática uma Educação para a Cidadania (para a consciencialização do dever de pertença à uma Comunidade Política), que só existe quando se atinge o que se poderia chamar estatuto de Homem Livre (livre de preconceitos, livre da corrupção, livre de pensar e decidir sobre o que entende ser interesse comum).

Sabemos que nenhuma Democracia é perfeita! Mas o Cidadão esclarecido, com interesse, torna-se um factor de Desenvolvimento (politico, económico e social).

As pressões de vário tipo, a que tem estado sujeito, tornam, praticamente, impossível pedir ao Governo em exercício que tenha a ousadia de ser diferente, de ser livre, para se furtar às amarras, rasgar preconceitos, para só pensar no que realmente interessa à nossa Comunidade Nacional, como um todo.

Apesar de todas as pressões internacionais e internas, apesar de todas as ameaças externas, o Governo, e, sobretudo, os Militares, que são, de facto, um modelo de patriotismo exemplar, bem como a Sociedade Civil Guineense, tiveram todos (Governo, Povo e Militares) um comportamento extraordinariamente digno do maior respeito e reconhecimento! Fica o nosso tributo!

A alteração verificada, em 12 de Abril, processou-se sem incidentes de maior, sem revanchismo nem manifestações de qualquer tipo de hostilidade, nem contra a comunidade estrangeira residente no País, nem contra membros, apoiantes ou simpatizantes do Partido então no Poder (PAIGC).

De facto, há 15 meses, o País mantém-se essencialmente calmo: Nem a coligação de 35 Partidos de Oposição, no Governo de Transição, nem a recente inclusão do PAIGC, por vontade própria, que antes renegara o Governo, foi motivo para desentendimentos ou manifestações de incompatibilidade para um trabalho conjunto em benefício da mesma causa comum.

Para nós não é novidade nenhuma! Nem para os nossos Inimigos internos e externos!

É facto sabido que, em qualquer alteração política, verificada, na Guiné-Bissau, desde a Independência, nenhum Cidadão Estrangeiro, residente no País, foi, alguma vez, molestado, assim como, nenhum membro do Corpo Diplomático e, muito menos, qualquer membro da Sociedade Civil Guineense.

Quando assim acontece, todos percebem que os Guineenses são, de facto, Irmãos!

As pequenas quezílias, que aparecem, ou são ditadas por interesses egoístas de alguns aventureiros ou são encomendadas do exterior, por aqueles mesmos que, depois, acusam o País de instabilidade. São os eternos Pescadores de águas turvas! 

Um dia teremos de saber quanto se ganha no Mundo por se falar mal da Guiné-Bissau!

Pensamos, por isso, que o Governo em exercício deveria, antes de ceder às pressões, que sabemos existir (qualquer que seja a proveniência), aproveitar esta oportunidade histórica, em que todos os Partidos partilham a responsabilidade do Governo, para projectar e pôr em prática, mecanismos de controlo e credibilização dos actos eleitorais e da prática política, para garantia da confiança e transparência, em todas as fases do processo eleitoral (quer para os Órgãos superiores do Estado – Parlamento - Presidência da República – Governo, quer para as Autarquias Regionais e Sectoriais).

Nisso poderia residir algo que se poderia chamar de Compromisso Histórico!  
 

CALENDÁRIO ELEITORAL:
QUAL É A PRESSA?


Existem, actualmente, condições para se realizar, na Guiné-Bissau, um acto eleitoral minimamente credível? A resposta é que não!

Por todos os motivos, que aparecem, na comunicação social: o momento escolhido não é o mais apropriado.

O País não está preparado para realizar Eleições Gerais no próximo dia 24 de Novembro.

Que tipo de Eleições? Só Legislativas? Ou Legislativas e Presidenciais, em simultâneo? 

Ou, ainda, Legislativas – Presidenciais – e Autárquicas (incluindo Regionais e Sectoriais)? 

Toda a gente sabe (dentro e fora do País) que, tanto o Governo como o Presidente de Transição, assim como a Assembleia Nacional, estão sob forte pressão para que o acto eleitoral tenha lugar no decurso do corrente ano.

Mas a realidade é que o País não está em condições para levar a bom termo o processo eleitoral.

Por um lado, devido a limitações financeiras, decorrente das sanções internacionais, que ainda pendem sobre o País.

Do ponto de vista técnico, parece-nos urgente a definição de um Calendário Eleitoral!

Mas, a prioridade das prioridades, quanto a nós, é o Recenseamento Eleitoral, com vista à Actualização dos Cadernos Eleitorais.

Por outro lado, é necessário definir, com clareza e transparência, a constituição de Mesas de Voto Inclusivas, assim como um critério objectivo e seguro para Apuramento da Votação e subsequente homologação pela entidade competente (CNE).

Por isso, entendemos que a prioridade do Governo de Transição, agora mais inclusivo, deveria consistir em organizar um amplo debate nacional para pôr em prática, numa base de consenso, as Grandes Mudanças Políticas de que o Pais precisa para evitar, no futuro, a emergência de uma nova crise político-militar. 

De resto, tudo indica que o Acto Eleitoral, em preparação, será, uma vez mais, pouco credível (para não dizer fraudulento), tal como os anteriores, porque salta à vista que o que se pretende, de facto, é um plebiscito ao Governo deposto pelo Golpe Militar de 12 de Abril.

Porque, só desse modo, poderá ser-lhe exigida a respectiva contrapartida, a não ser que o Povo Guineense, reaja, com sentido patriótico, e rejeite o acto eleitoral previsto para 24 de Novembro de 2013, até que se reúnam as condições para sua realização com as necessárias garantias de credibilidade, universalidade e segurança. 

Não é esse tipo de fantochada (para inglês ver ou constar de currículo) que interessa ao Povo Guineense, mas algo com consistência e credibilidade.

Essencial é a refundação do Estado e criação de condições para a existência de um Poder Local activo, assentes, um e outro, em bases sólidas e transparentes. Mais do mesmo, não! 
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Qual é a pressa em irmos, à força, para um Acto Eleitoral, cujo resultado (todos sabemos) já está pré-determinado? 

Quanto tempo vai durar a Paz, à conta disso, considerando os repetidos apelos à intervenção Estrangeira, como temos lido e ouvido, nos últimos 15 meses, feitos por gente, no mínimo, irresponsável, de sanidade mental duvidosa?


35 PARTIDOS DE OPOSIÇÃO:
Uma Acusação Política e Criminal


A existência, na Guiné-Bissau, de 35 Partidos de Oposição é uma grave acusação da geração actual contra o PAIGC, partido único (mesmo em Democracia), que conduziu o destino do País, desde a independência.

Mas, também, é uma acusação directa contra os homens e mulheres que protagonizaram a sua política desastrosa e, nos últimos anos, humilhante para todos nós!

Basta lembrar o entusiasmo inicial, em torno do Partido, antes e depois dos primeiros anos da Independência, para se perceber quão distante estamos desses tempos, de patriotismo genuíno, unidos em torno dos mesmos valores da Unidade e Progresso!

Se o PAIGC tivesse tido uma prática política inclusiva, é óbvio que não haveria justificação para o surgimento de tantos Partidos de Oposição!

A emergência de tão grande número de Partidos é, pois, uma grave acusação política, uma censura clara, dirigida, não só ao Partido, como a todas as suas organizações colaterais (profissionais, sindicais, e, designadamente, à Liga Guineense dos Direitos Humanos)!

Mas é, também, uma acusação criminal (no mínimo, para exigência de Prestação de Contas…), pelo modo de actuação que tornou o Partido incompatível com a legítima expectativa dos Cidadãos, que se viram obrigados a partir, em busca de novos horizontes políticos e sociais.

BISSAUZINHO
DI NOBIDADI!

A partir do momento em que se enquistou, num núcleo identitário reduzido, que se reconhece como BISSAUZINHO, em torno do qual se gerem manipulações politicas, económicas, sociais e eleitorais, os restantes cidadãos, da periferia da Cidade e do interior do País, perceberam que não era ali o seu lugar. Puseram-se à defensiva.

Bisssauzinho tinha-se tornado o núcleo organizado de um poder estranho (talvez de substituição do renegado regime colonial), discriminatório, com forte poder económico, de origem duvidosa, que, por sua vez, determina uma notoriedade social imerecida, porque questionável, e uma influência politica marginal (porém, excessivamente determinante).

A orquestração das Três Forcas (Política, Económica e Eleitoral), em torno de figuras, política e socialmente, polémicas (em alguns casos, pouco recomendáveis) provocaram a deserção de pessoas e grupos sociais, que não se reviam naquele ambiente, como espaço de militância política, nem como oportunidade para uma vida digna.

Por isso, ao longo dos anos, começaram a surgir, em catadupas, novas formações políticas e agrupamentos sociais.

Ora, 35 Partidos de Oposição representam, praticamente, um Partido por cada grupo Étnico, que se costuma referenciar  no Pais.

Sabemos que não é tanto assim! Mas é a verdade dos números!

Por nós, geração actual, e pelas futuras gerações, impõe-se a todos (Estado e Cidadãos, Partidos e Militantes) o dever de tudo fazer para devolver ao nosso Povo e ao Pais a sua dignidade perdida, no concerto das Nações!

Vamos unir esforços nesse sentido: para resgatar e dignificar o nosso Pais e cada um de nós, cuja imagem, também, é reflectida pela do nosso País.

O Presidente e o Governo de Transição, assim como a Assembleia Nacional, demonstraram já que são capazes de trabalhar em conjunto e em paz com o pensamento único no interesse nacional. Bem hajam todos!

Porque 35 partidos de Oposição é uma acusação muito grave, não só politicamente, mas, também, criminalmente, do ponto de vista histórico e social.

O que dirão de nós as Futuras Gerações?!...
 
Sabemos que temos um Povo maravilhoso, que merece o melhor!

"Bissau Sabi!" ?   Quem não sabe? Mas que seja para todos!
                                                    

VAMOS FAZER O QUE
AINDA NÃO FOI FEITO


Vamos fazer o que ainda não foi feito: REFUNDAR o nosso ESTADO à medida da nossa REALIDADE!

Vamos rasgar essa Constituição encomendada, que apenas reflecte a atracção do abismo colonial (falta de imaginação e de criatividade), além de falta de coragem de ser o que somos, de facto, encarando a realidade e a nossa idiossincrasia!

Aliás, o nosso problema (pensamos nós) sempre foi esse: a falta de coragem ao nível da Liderança Política (historicamente falando, excluindo, neste caso, o Governo de Transição, porque as circunstâncias são diferentes)!

E, quando falta a coragem, a compensação são os golpes baixos: apontar o dedo a quem não tem culpa, para agradar aos nossos inimigos, recebendo, em troca, uma desdenhosa gratificação, em forma de saco azul!

Tal é a consequência de uma governação socialmente minoritária, sem representatividade, que subsiste, apenas, à base da violência, muitas vezes verbal, tantas vezes física, ou, mesmo, por encomenda à uma Força Estrangeira!

Mas a solução dos nossos problemas estará sempre entre nós - entre Irmãos - e não por imposição do exterior!

Façamos então o que ainda não foi feito! Por nós e pelas Futuras Gerações!


(até próxima edição)
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3 comentários :

  1. Caro Djassi,ao avaliar o nosso progresso como indivíduos, tendemos a concentrar-nos nos factores externos como a nossa posição social, a influência e a popularidade, a riqueza e o nível de instrução. Como é evidente, são importantes para medir o nosso sucesso nas questões materiais, e é bem compreensível que muitas pessoas se esforcem principalmente por alcançar todos eles. Mas os factores internos podem ser ainda mais cruciais para determinar o nosso desenvolvimento como seres humanos. A honestidade, a sinceridade, a simplicidade, a humildade, a pura generosidade, a ausência de vaidade, a prontidão para servir os outros - qualidades que estão facilmente ao alcance de qualquer criatura -, formam a base da nossa vida espiritual. sejais sempre moderado na sua intervenção, evite ser agressiva...

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  2. Teresa Melu de Deus é ironico logo as balantas que são causadores da descordia na guiné bissau.

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  3. Mauricio Amin Muito obrigado Irmãos Guineenses, ao ler algumas das mensagens que apostaram no IBD, fique sem reação, sem muita coisa na cabeça para comentar no momento, porque boa parte do meu Cérebro esta ocupada da vossa mensagem, uma coisa não tenho duvida, de que fizeram tudo isso por bem estar da GB, para que Guineense unissem, ou seja ( PAGUINEENDADE). Mais uma vez, as minhas saudação a todos.

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