quarta-feira, 16 de julho de 2014

Guiné – Bissau, a transparência, como principal referência da boa governação



Estamos abertos à generosidade, à caridade dos nossos amigos, enquanto trabalhamos para a recuperação estrutural do nosso Estado, mas temos o dever de explicar ao nosso povo, em que condições; quais as contrapartidas se for o caso, exigidas (por quem) a troco de apoios imediatos tendentes a minimizar as nossas dificuldades. Não temos que repetir os erros do passado, hipotecando as riquezas naturais do nosso país, muitas delas riquezas sustentáveis a nível da sobrevivência humana, a troco de contrapartidas financeiras baseadas numa relação de oportunismo condenável, de parceiros de ocasião. A Guiné-Bissau, tem que assumir as suas potencialidades e daí, promover, dinamizar a sua economia, visando ganhos, lucros, capazes de livrar o país do oportunismo de certos parceiros de ocasião! Didinho


Por, Fernando Casimiro

Seria sensato dar a conhecer ao povo guineense (numa altura destas, sem nenhuma acção planeada/ organizada/concertada, proveniente de qualquer estratégia directa do programa de governação do actual Governo) como foi possível fazer o pagamento de dois meses de salários atrasados, até por uma questão de princípios.

Se o Governo de Transição não conseguiu cumprir com as suas responsabilidades relativamente aos funcionários públicos guineenses (pagamento de salários), independentemente de qualquer explicação, entre muitos argumentos possíveis, importa saber como foi que o Governo recém investido conseguiu dinheiro para pagar dois meses de salários aos funcionários públicos.

Para muitos, o que importa é que se arranjou dinheiro para tal finalidade, mas para outros tantos, no qual me incluo, não se perde nada em explicar à opinião pública, como, que estratégia, que parcerias, que iniciativa solidária de países e povos amigos, ou organizações, permitiu a realização/concretização desta acção! Nada melhor que nos habituarmos à transparência, já que o assunto foi abordado na Comunicação Social, para evitar especulações que podem ter efeitos adversos na busca de uma postura digna, capaz de alicerçar a boa governação!

O que sei (ainda que não seja autoridade, ou poder, representando nenhuma instituição da Guiné-Bissau) é que o Governo de Timor Leste garantiu o pagamento dos salários relativamente ao mês de Junho, sendo que a CEDEAO comprometeu-se a pagar outros montantes, não concretamente os atrasados, mas sim, os imediatos, para que o novo Governo não fique também com salários em atraso, sendo que, os atrasados, imputados ao Governo de Transição, ficariam a aguardar pelos apoios dos parceiros da Guiné-Bissau, numa perspectiva de reabilitação da despesa e da dívida, públicas!

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

Sem comentários:

Enviar um comentário


COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.