tag:blogger.com,1999:blog-6905749515124033846.post6512848927643455958..comments2023-11-06T12:01:14.361-08:00Comments on Intelectuais Balantas Na Diáspora : O guineense ,Carlos Lopes, destaca industrialização africana como prioridade Intelectuais Balantas Na Diásporashttp://www.blogger.com/profile/10116108977212254275noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6905749515124033846.post-68150141149020980512016-10-29T07:29:47.010-07:002016-10-29T07:29:47.010-07:00 “É IMPORTANTE QUE OS AFRICANOS NÃO DEPENDAM DE IM... “É IMPORTANTE QUE OS AFRICANOS NÃO DEPENDAM DE IMPORTAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS”<br /><br />O Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas e Secretário Executivo da Comissão Económica da ONU para a África concedeu entrevista ao Vanguarda.<br />Confira um excerto da entrevista concedida ao periódico.<br /><br />Os fluxos financeiros ilícitos que saem de África alimentam também a corrupção, segundo o relatório Mbeki, mas há uma classe média em ascensão que espera muito dos políticos. Como se resolve este problema?<br /><br />Há uma comissão para estudar os ilícitos financeiros em África, foi instituída pela União Africana e pela Comissão Económica de que o presidente Mbeki é o presidente e eu sou o vice-presidente. Agora, é muito importante que os africanos não dependam das matérias-primas. E é verdade que África já depende muito pouco das matérias-primas. Portanto, a parte relativa à indústria extractiva, por exemplo, é muito reduzida. Só que quando se trata de exportações, os africanos continuam gravemente dependentes de exportações de matérias-primas não processáveis, representando cerca de 60% das exportações do continente e estas estão sujeitas a uma grande volatilidade de preços e procura.<br /><br />Como é que nós damos a volta a isso?<br /><br />Primeiro, admitindo que a composição das exportações na economia de cada país, e logo na economia do conjunto do continente, não é tão importante como pode ser. Claro que na realidade é importante para os governos, porque eles vão buscar as suas fontes de renda e porque também fazem grandes esforços para lidar com o resto da economia.<br /><br />E quando não lidam com o resto da economia, a maior parte desta economia, na qual eles não tratam, é informal. Nós temos que formalizar a economia real, onde se vai puxar a actividade económica, que neste momento está em franco crescimento, porque dois terços do crescimento africano vem da procura interna.<br /><br />Mas isto tudo está a escapar aos aparelhos fiscais, porque ficam, entre aspas, na preguiça, a receber a renda das matérias-primas, e quando se trata da actividade económica dos seus países muitas vezes perdoam o pagamento de impostos aos grandes actores económicos do país, que muitas vezes são as mesmas empresas extractivas. Isto aqui é uma aberração, em que em vez de se baixar a economia real, fica-se a sugar do leite oferecido pelas exportações.Anonymousnoreply@blogger.com