quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Uma oportunidade para a Guiné Bissau


A Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova York, pode ser a oportunidade para os líderes guineenses iniciarem um processo negocial que abra as portas ao futuro democrático do país.
 
A Guiné Bissau tem, agora, uma oportunidade que não pode perder. O país, que comemorou esta semana o 39. aniversário da proclamação da independência, o país que conseguiu impor uma derrota militar à potência colonial, o país que tem uma história de que se deve orgulhar, está mergulhado, há anos, numa profunda crise económica, social e política.
A Assembleia Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova York, pode ser a oportunidade para os líderes guineenses iniciarem um processo negocial que abra as portas ao futuro democrático do país.
As conversações, anunciadas, entre a CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Cedeao-Comunidade de Desenvolvimento da África Ocidental para elaboração de um documento conjunto sobre a situação na Guiné Bissau poderão servir de pano de fundo à abertura de negociações entre os partidos e organizações da sociedade civil bissau-guineense.
A Guiné Bissau, os guineenses, se quiserem garantir um futuro melhor, terão de esclarecer e superar velhas sequelas. Terão de assumir responsabilidades e terão de assumir compromissos. Esse será o único caminho – o do diálogo e da concertação –que, a prazo, poderá tirar o país do atraso e da dependência em que se encontra.
Ameaças e pomposas declarações de princípio, tantas vezes vazias de conteúdo e de eficácia, quase nunca conduzem ao diálogo e à solução das crises. Assim como a "manu militari" raramente garante aos países e seus cidadãos liberdade e progresso. O que se deseja é que sejam os guineenses a traçar o seu próprio caminho.

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