A Associação dos Portugueses na Guiné-Bissau (APGB) iniciou
simbolicamente, no passado dia 10, as suas atividades com o
preenchimento de algumas fichas de inscrição, a anteceder uma “campanha
ampla” de adesão.
Wilson Barbosa, administrador da Escola Portuguesa
de Bissau e presidente da assembleia geral da associação, explicou aos
jornalistas que em breve será convocada uma assembleia-geral, na qual se
vão delinear objetivos da APGB, seguindo-se uma campanha para levar os
portugueses espalhados pelo país a inscreverem-se na associação. O
responsável acrescentou que a APGB não tem “qualquer outra intenção
subjacente que não seja o associativismo”.
A APGB foi criada em junho
passado por iniciativa de um guineense que adquiriu nacionalidade
portuguesa. Bacar Camará, disse à Lusa na altura que a ideia “partiu de
guineenses, que nasceram cá, mas a associação não é só de guineenses
naturalizados portugueses”.
Hoje, Wilson Barbosa reafirmou que para
se pertencer à associação “o que conta é a nacionalidade” e não se
nasceu na Guiné-Bissau ou noutro local. “A intenção é apenas a de criar
um polo de interação com outros compatriotas e dentro do possível dar um
apoio e orientação a outros portugueses que vão chegando ou que estejam
cá”, disse.
Porque a associação foi criada depois do golpe de Estado
de 12 de abril, Wilson Barbosa reafirmou que “não há outra leitura”
para a APGB que não seja a do associativismo como acontece noutros
países, onde portugueses e outros nacionais se organizam. “Aqui na
Guiné, infelizmente ao longo de todo esse tempo, com uma comunidade já
razoável, embora dispersa, nunca houve esta iniciativa de criar uma
associação de portugueses”, disse, lembrando que no caso de visitas
oficiais de representantes do Governo de Portugal haverá mais um
interlocutor. “Fala-se de comunidades, é bom que as comunidades
portuguesas no estrangeiro, no caso na Guiné-Bissau, se organizem”,
disse.
A curto prazo, a associação quer articular-se com o consulado
de Portugal para saber quantos portugueses existem ao certo no país. Os
últimos números divulgados por responsáveis do Governo português indicam
que vivem no país entre 500 a 600 expatriados e entre 3.500 a 4.000
guineenses com passaporte português.
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