A TAP suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde
Dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses
de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. Portugal e a Guiné-Bissau
vão assinar na segunda-feira de manhã um acordo para retomar as ligações aéreas
entre Lisboa e Bissau, confirmou à Lusa uma fonte oficial do Ministério dos
Negócios Estrangeiros português.
O protocolo de cooperação, formação e capacitação
nas áreas das migrações e controlo de fronteiras será assinado pelo ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, e pelo seu
homólogo da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, em Lisboa, estando também
presentes os primeiros-ministros dos dois países.
"Falta limar o acordo Estado a Estado para dar
garantias de segurança nos voos, e aliás foi essa a razão da interrupção dos
voos, e quando estiver concluído esse acordo, a TAP terá depois de decidir,
enquanto empresa, a retoma dos voos", disse o ministro Rui Machete na
Guiné-Bissau, quando participou na cerimónia de tomada de posse do seu
homólogo.
Questionada pela Lusa sobre a ligação entre este
protocolo e a retoma das ligações aéreas diretas entre Lisboa e Bissau, uma
fonte oficial afirmou que "a TAP neste momento não tem ainda informação
oficial sobre a existência de condições a nível diplomático para retomar os
voos, mas mantém a expetativa de retomar a operação logo que possível". A
companhia aérea portuguesa, acrescentou, "desde a primeira hora que voa
para os países de língua portuguesa e isso faz parte da sua tradição".
Questionada sobre quanto tempo poderá demorar até
que sejam retomados os voos, a mesma fonte não quis avançar uma data, mas disse
que, de uma forma genérica, o tempo que medeia entre uma decisão deste género e
o início da operação costuma demorar dois a três meses, normalmente usados para
criar condições técnicas, abrir os mercados e começar a receber reservas para
os voos.
A TAP suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde
dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses
de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. Na altura a TAP considerou
que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades
guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia
considera ter sido quebrada com o incidente.
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