sábado, 4 de julho de 2015

Domingos Simões Pereira, diz que Guiné-Bissau "vai entrar na moda

"O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse hoje acreditar que o país "vai entrar na moda" e atrair investimento estrangeiro, referiu ao fazer o balanço de um ano de Governo.

"A Guiné-Bissau irá definitivamente entrar na moda e vai ser o grande destino dos investimentos estrangeiros nesta região africana, mas, para isso, precisamos de nos concentrar no essencial e não permitir qualquer tipo de distração", referiu, ao intervir numa conferência pública para fazer o balanço da governação, no dia em que o Executivo comemorou o primeiro aniversário.

A crítica à ação governativa "é bem-vinda", mas deve "acautelar a unidade, a coesão nacional", sublinhou.

Hoje, no auditório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), em Bissau, Simões Pereira elencou metas alcançadas pelo Executivo e respondeu a perguntas.

O primeiro-ministro disse acreditar que o país conseguirá recuperar do atraso "pronunciado" no desenvolvimento, em comparação com as nações vizinhas.

Depois de ter conseguido regularizar o abastecimento de água e energia à capital, o Governo já iluminou 28 localidades e espera chegar a outras 50 no interior do país até Dezembro.

"Até final do ano, todas as sedes de região vão ser abastecidas com eletricidade e água", sublinhou Simões Pereira.

Por sua vez, duas das regiões mais isoladas do país, Quinara e Tombali (sul), deverão beneficiar de eletricidade, graças a uma central térmica cuja instalação está prevista para terrenos entre as cidades de Buba e Cátio.

O primeiro-ministro anunciou ainda que está concluído o processo que vai levar à desmobilização dos primeiros 500 efetivos das Forças Armadas, no âmbito da reforma do setor da Defesa - considerada prioritária dado o historial de instabilidade militar no país.

Segundo explicou Domingos Simões Pereira, está concluído "todo o processo legal, mas também a sensibilização para preparar esses efetivos" para a aposentação.


Na área das comunicações, o Governo já concluiu a pré-seleção de empresas para o concurso de fornecimento de três barcos de transporte público para as ilhas, que atualmente são servidas por embarcações bastante deterioradas.

2 comentários:

  1. Temos un primeiro ministro que diz: "Guiné Bissau vai entrar na moda". E os arguidos que dentro do governo?
    Em resumo, temos um primeiro ministro que fala demais e não faz nada.
    Enfim, típico personagem que infelizmente alguns guineenses consideram competente.

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  2. Na sua intervenção reconhecendo que se impõe uma avaliação, a fim de saber se se está na “direção escolhida... no caminho certo ou não” e se “os ajustes... são necessários”, tomo como referências, dois marcos importantes, o seu Discurso do Ato de Empossamento e o Programa aprovado pela ANP.
    Começa por caracterizar o Estado de caos que herdou, aquando das eleições Legislativas 2014, aonde “os funcionários públicos já vão em média com sete meses de vencimento em atraso; o ano lectivo continua indefinido; os hospitais estão quase paralisados; e o fornecimento de energia atingiu o seu mais baixo nível.” Falou da “necessidade de uma reforma efetiva da administração publica e especialmente do sector da defesa e segurança...”.
    Exorta que para o país ascender a estabilidade e o desenvolvimento, credibilizar a sua imagem no mundo, necessita de todos. Mas, para isso é necessário “evitar distrações. Concentrar-se “no essencial e ser capaz de escolher prioridades.” Sendo possível só trabalhando “como um corpo, como uma Unidade coesa e indivisível, que seja realmente capaz projetar o nosso futuro, colher as nossas prioridade e centrar as nossas energias na concretização desses objectivos”, evitando os “obstáculos inventados ou fictícios.” Remata, “nós já temos desafios suficientes não precisamos de inventar desafios”, realçando que “se ganharmos é porque fomos capazes de criar a Unidade e a Coesão.”
    Em breves considerações esboçou as três etapas do Programa do Governo: Programa de Emergência (estabelecido para 6 a 12 meses); Programa de Contingência (que visa esclarecer todos os contratos que envolvia o Estado) e o Programa de Desenvolvimento. Explicou que em consonância com o mesmo, delineou-se uma Visão Estratégica e Operacional 20-25, cujo início foi em 2015, com o Programa “Terra Ranka”, que preconiza atingir a meta “Sol na Iardi”, apresentado na Mesa Redonda de Bruxelas, que foi um sucesso em alta, devido a credibilidade e a confiança conquistada no mundo pelo Chefe do Governo.
    Seguindo a orgânica, procurando não ser exaustivo, citou de seguida, alguns exemplos de ações implementadas, entre 4 de julho de 2014 a 4 de julho de 2015, em cada sector pelo Governo, cujos sinais, hoje são muito visíveis para o povo.
    Termina a exposição, considerando que decorrido um ano a “Guiné-Bissau rapidamente irá entrar na moda e ser o grande destino desta região africana.” Defendendo no entanto que para isso será preciso “concentrar-se no essencial e não permitir qualquer tipo de distração... Qualquer pronunciamento ....tem que ser capaz de cautelar o essencial: a unidade, a coesão nacional e visar a implementação dos Programas que nós definimos.”
    Numa próxima nota tratarei da interpelação da imprensa e dos comentários dos Analistas Políticos, bem as considerações finais tecidas pelo Primeiro-ministro e como ficaram dissipadas todas as dúvidas.

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