sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Conselho de Segurança informado sobre as negociações de Conacri para acabar com a crise política na Guiné-Bissau

Declaração à imprensa sobre a Guiné-Bissau

Os membros do Conselho de Segurança foram informados pelo Sr. Modibo Ibrahim Touré, Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), sobre o diálogo inclusivo entre os líderes políticos, sociedade civil e comunidades religiosas da Guiné-Bissau convocado por Sua Excelência Prof. Alpha Conde, Presidente da República da Guiné e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mediador para Guiné-Bissau, entre 11 e 14 Outubro de 2016, em Conacri, República da Guiné.

Os membros do Conselho de Segurança congratulam-se com esta iniciativa, que faz parte da implementação do roteiro de 6 pontos da CEDEAO para acabar com a crise política na Guiné-Bissau, acordado pelos líderes políticos a 10 de Setembro de 2016, em Bissau;

Os membros do Conselho de Segurança congratulam-se ainda com o acordo de Conakry sobre a implementação do roteiro da CEDEAO e convidam todas as partes interessadas a não pouparem esforços para a sua implementação plena e atempada;

Os membros do Conselho de Segurança manifestaram apoio ao consenso alcançado sobre o processo para a nomeação de um novo primeiro-ministro e para a formação de um governo inclusivo, nos termos do acordo. Eles também encorajaram o presidente Vaz a proceder à nomeação do primeiro-ministro consensual o mais rapidamente possível;

Os membros do Conselho de Segurança recordam que a implementação do acordo poderia restaurar a confiança dos parceiros e permitir que a comunidade internacional cumpra as promessas feitas durante a Conferência de Bruxelas dos parceiros para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, em Março de 2015;

Os membros do Conselho de Segurança expressaram o seu apoio ao Representante especial Touré, e pediram-lhe para continuar a trabalhar em estreita colaboração com todas as partes para a resolução da crise política na Guiné-Bissau.

Para além dos membros de conselhos de segurança, Representante especial informou os parceiros internacionais sobre a sua participação no encontro de mediação em Conacri. Modibo Touré assistiu os debates entre os líderes políticos, religiosos e tradicionais da Guiné-Bissau e representantes da sociedade civil para acabar com a crise política vigente no país.

Press statement on Guinea-Bissau

The Members of the Security Council heard a briefing from Mr. Modibo Ibrahim Touré, Special Representative of the Secretary General and Head of the United Nations Integrated Peacebuilding Office in Guinea-Bissau (UNIOGBIS), on the inclusive dialogue among political leaders, civil society and religious communities of Guinea-Bissau convened by His Excellency Prof. Alpha Conde, President of the Republic of Guinea and Economic Community of West African States (ECOWAS) Mediator for Guinea-Bissau, on 11-14 October 2016, in Conakry, Republic of Guinea.

The Members of the Security Council welcomed this initiative which is part of the implementation of the 6-point ECOWAS roadmap to end the political crisis in Guinea-Bissau, agreed by political leaders on 10 September 2016, in Bissau;

The Members of the Security Council further welcomed the Conakry agreement on the implementation of the ECOWAS roadmap and invited all stakeholders to spare no effort for its full and timely implementation;

The Members of the Security Council expressed support to the consensus reached on the process for the nomination of a new Prime Minister and for the formation of an inclusive Government in accordance the agreement. They also encouraged President Vaz to proceed to the nomination of the consensual Prime Minister as soon as possible;

The Members of the Security Council reminded that the implementation of the agreement could restore the confidence of partners and enable the international community to fulfill the pledges made during the Brussels Conference in March 2015 of the partners for development of Guinea-Bissau;


The Members of the Security Council expressed their support to Special Representative Touré, and requested him to continue to work closely with all stakeholders for the resolution of the political crisis in Guinea-Bissau.

1 comentário:

  1. O Conselho de Segurança das Nações Unidas pede a nomeação de um novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau. José Mário Vaz, atual presidente, foi incumbido de realizar a nomeação rapidamente.

    O Conselho de Segurança da ONU pediu, esta quinta-feira, ao presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que “proceda à nomeação do primeiro-ministro consensual o mais cedo possível”.

    O Conselho de Segurança reuniu-se à porta fechada para ouvir o representante especial do secretário-geral e líder do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Modibo Ibrahim Touré, descrever os mais recentes desenvolvimentos no país.

    “Os membros acolheram o acordo e a implementação do plano da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e convida todos os envolvidos a não pouparem esforços para a sua total e atempada implementação”, revelou a organização num comunicado.

    Os principais atores da crise política na Guiné-Bissau chegaram a um acordo, a 10 de setembro, com a criação de um novo Governo integrado por todos os representantes guineenses, parte de um plano de seis pontos desenhado pela CEDEAO.

    “Os membros expressaram apoio ao consenso alcançado no processo de nomeação de um novo primeiro-ministro e na formação de um Governo inclusivo””, lê-se ainda no comunicado.

    O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau vai ser anunciado na próxima semana pelo Presidente da República, declarou esta quinta-feira o chefe de Estado, José Mário Vaz.

    O Conselho de Segurança “lembrou ainda que a implementação do acordo pode restaurar a confiança dos parceiros e permitir à comunidade internacional cumprir as promessas feitas em Bruxelas durante a conferência de parceiros para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.”

    Segundo o acordo da CEDEAO, uma das tarefas essenciais do novo Governo de unidade nacional será uma revisão da Constituição. O Executivo ainda tem a cargo outras funções: a reforma da lei eleitoral, da lei-quadro dos partidos políticos e do setor militar.

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