A Guiné-Bissau e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) chegaram no sábado a um acordo sobre as medidas a tomar
pelo Estado guineense para voltar a receber apoio financeiro e que será
avaliado em Dezembro, anunciou a organização.
"O acordo estabelecido entre as
delegações está sujeito à aprovação pelo conselho de administração do FMI no
início de Dezembro" e poderá permitir o desembolso de 6,3 milhões de euros
no âmbito de um mecanismo de crédito alargado (ECF, sigla inglesa) aprovado
para o país em 2015, acrescentou Felix Fischer, chefe de missão do Fundo para a
Guiné-Bissau.
As declarações foram divulgadas num
comunicado do FMI após encontros bilaterais realizados em Washington.
Apesar de não ser dos maiores apoios
internacionais à Guiné-Bissau, o empréstimo do FMI é um dos mais influentes
para a credibilidade junto de outros financiadores estrangeiros.
Em 2015, e após a realização de eleições
gerais, o fundo decidiu emprestar 22 milhões de euros à Guiné-Bissau, um apoio
a libertar de forma faseada, em três anos, mas em 2016 não houve qualquer
transferência.
"As autoridades [guineenses]
concordaram em implementar medidas para fechar o buraco fiscal de 2016,
nomeadamente, a venda de madeira apreendida pelo Governo, a retoma de operações
normais nas alfândegas, o alargamento da base tributária geral com melhoraria
da administração fiscal, a par de um rigoroso controlo de gastos", referiu
Felix Fischer.
"Além disso, as autoridades
assumiram o compromisso de apresentar o orçamento de 2016 ao parlamento e
preparar o orçamento de 2017", assim como de solucionar o resgate da banca
comercial do país, acrescentou.
O programa de apoio financeiro do FMI
tem como objectivos "consolidar a reforma fiscal, melhorando a gestão das
despesas e mobilização de receitas, assim como aprofundar as reformas
institucionais e de desenvolvimento do sector privado para apoiar o crescimento
e a criação de emprego".
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