sábado, 3 de dezembro de 2016

FMI vai desembolsar 7,1 milhões de dólares para Guiné-Bissau

O Representante Residente do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Guiné-Bissau, Oscar Melhado, anunciou esta sexta-feira, 02 de Dezembro do ano em curso, que o Conselho de Administração do FMI aprovou a primeira e a segunda avaliação no âmbito da facilidade de crédito alargado que permite o desembolso imediato, um montante equivalente a 7,1 milhões de dólares americanos.

De acordo com Oscar Melhado, todos os créditos de desempenho para a primeira e a segunda avaliação foram cumpridos, as discussões do corpo técnico com as autoridades, centraram-se em medidas destinadas a colmatar o défice de financiamento de 2016, decorrente da perda de apoio ao orçamento para relançar as reformas estruturais.

“As autoridades tomaram medidas correctivas, inclusivamente a anulação do resgate bancário e medidas para sanar as debilidades da gestão das finanças públicas. A estratégia de desenvolvimento da Guiné-Bissau centra-se num sector público eficiente, num ambiente de negócios propício ao crescimento e na redução da pobreza”, espelhou.

Representante do Fundo Monetário Internacional, explicou ainda que as medidas tomadas pelas autoridades do país, são dignas e mostram a sua determinação para aplicar políticas económicas sólidas, mas subsistem riscos consideráveis que exigirão medidas decisivas e contínuas para garantir o sucesso.

“A prolongada crise política, provocou derrapagens na gestão das finanças públicas e a desaceleração das reformas económicas. As medidas correctivas recentes, conjugadas com a aplicação decisiva das políticas económicas e da agenda de reformas estruturais no âmbito do programa que ajudarão a recuperar a confiança dos investidores privados e dos parceiros de desenvolvimento”, advertiu.

Para o Ministro cessante da Economia e Finanças, Henrique Horta dos Santos, disse que o momento é de satisfação para todos os guineenses, sendo que “não é todos os momentos que se consegue dar a um resultado tão difícil como este que tivemos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) ”.

Horta dos Santos acrescenta ainda que é uma responsabilidade acrescida do governo, sendo que não basta dizer que o programa está reatado com FMI, mas sim prosseguir na implementação, respeitando todas as metas e princípios assumidos para que o país não conheça novas derrapagens.


Em Junho deste ano, uma missão do FMI tinha condicionado o desembolso das parcelas remanescentes” de um apoio de 9,2 milhões de euros em 2016, com adopção de “medidas correctivas relativas ao resgate à banca” de 2015 [no valor de 52 milhões de euros] pelas autoridades guineenses. Com o semanário Odemocrata

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