O ministro dos Negócios Estrangeiros do
Chade, Moussa Faki Mahamat, foi eleito hoje como novo presidente da Comissão da
União Africana (UA), o cargo executivo mais importante da organização africana.
Mahamat, que figurava entre os favoritos
ao cargo, conseguiu o lugar depois de sete voltas de votação, tendo como
principal adversária a ministra de Negócios Estrangeiros do Quénia, Amina
Mohamed.
Na reunião prévia desta instituição,
celebrada em julho na cidade de Kigali, nenhum dos três concorrentes (entre os
quais não figuravam o chadiano e a queniana) conseguiu dois terços dos votos
requeridos para conseguir a maioria (36 dos 54 países que integram atualmente a
UA).
Moussa Faki Mahamat é um reconhecido
diplomata com experiência na resolução de conflitos e na luta contra o
terrorismo, tendo estado à frente da pasta dos Negócios Estrangeiros do Chade
nos últimos nove anos.
Mahamat representa o bloco dos países do
Sahel e da África Central e substitui a atual presidente da UA, a sul-africana
Nkosazana Dlamini Zuma, que recusou disputar um segundo mandato.
A UA atravessa um momento crítico e tem
ainda ao seu encargo um trabalho intenso, que inclui a execução da chamada
Agenda 2063, que visa promover o desenvolvimento económico e social do
continente para alcançar a sua independência financeira.
Representantes diplomáticos, ministros e
chefes de Estado africanos estão reunidos desde 22 de Janeiro na capital da
Etiópia, onde também deve decidir sobre o pedido de reintegração de Marrocos à
instituição africana. Com a Lusa
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