Mas os deputados recebem os seus ordenados, o que divide
opiniões, uma vez que há um grupo que diz ser injusto ganhar sem trabalhar.
Na Guiné Bissau, faz um ano e três meses
que o parlamento não se reúne. Na origem disso, a crise politica.
Mas os deputados recebem os seus
ordenados. A questão divide opiniões, uma vez que há um grupo que diz ser
injusto receber sem trabalhar.
Já se contam dois governos que não
conseguiram fazer reunir a sessão plenária para eventualmente aprovar ou
reprovar os respectivos programas e orçamento: O de Baciro Djá e o actual,
liderado por Umaro El Mocktar Sissoco Embaló.
No meio do debate sobre os ordenados
estão a legalidade e a ética.
O jurista Nelson Moreira diz que "o
salário é a contrapartida do serviço prestado. Não há outro conceito. Se o
parlamento não reúne e não funciona, os deputados não têm que receber."
Moreira sublinha que "do ponto do
vista ético, isso não fica bem aos deputados."
Leitura contrária tem o jurista e
consultor, Luís Peti, para quem "o salário é um direito adquirido pelos
deputados, que mesmo não estando a reunir em plenária fazem outros trabalhos
nas comissões especializadas e do próprio parlamento".
"Ora, é bom dizer que aquilo que é
o ético não é legal, e o que é legal não o ético", recorda Peti, que
reitera que não existe nenhum outro mecanismo legal para impedir que os
deputados recebam os seus respectivos salários. Com a VOA
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