O chefe do Estado-Maior General das Forças
Armadas Revolucionarias do Povo da Guiné-Bissau, general Biaguê Na Ntan, afastou hoje
qualquer possibilidade de os militares intervirem na vida política do país e
anunciou o sonho de modernizar o exército guineense.
Num discurso para assinalar o 53.º
aniversário da criação das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan disse ter o sonho de
ver os militares guineenses "a competirem com os melhores da
sub-região" africana.
O sonho passaria pela formação e
capacitação "constante de todos os militares", modernização das
instalações, incorporação de novos soldados, e promoção das mulheres nas
esferas de decisão.
"Tenho o sonho de um dia ver uma
mulher a chefiar algum ramo das nossas Forças Armadas", declarou o general
Na Ntan.
Depois de destacar o contributo das
Forças Armadas desde a sua criação no processo de desenvolvimento do país, o
CEMGFA enfatizou que os "veteranos que vieram da luta armada" pela
independência "estão cansados e querem sair" do exército.
Mas, disse, os que os vão substituir
devem ter em mente que as Forças Armadas "nunca devem envolver-se em
querelas políticas" e que o seu papel "é o de respeitar a
Constituição e o poder civil".
Biaguê Na Ntan pediu aos militares para
que coloquem espinhos no corpo para que os políticos não tenham a tentação de
se encostar a eles, quando pretendem fazer algo contra o país.
O general disse também que os cerca de
1.000 novos recrutas devem prestar 02 de dezembro o juramento da bandeira.
Em representação das autoridades civis,
o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Malu, felicitou as Forças Armadas,
particularmente o general Na Ntan "pela mudança das mentalidades" no
exército guineense.
O político deu como exemplo a
transformação do antigo clube militar, situado no bairro da Santa Luzia, no
novo hotel das Forças Armadas, hoje inaugurado.
Jorge Malu afirmou que "todos os
guineenses deviam acompanhar o general Na Ntan no seu sonho" de modernizar
as Forças Armadas do país.
Também presente nas comemorações do dia
das Forças Armadas guineense, o coronel Alyntho Gomes de Sá, conselheiro
militar das Nações Unidas na Guiné-Bissau, felicitou o trabalho do exército e
ainda enalteceu a sua contribuição para o desenvolvimento do país. Com a Lusa
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