“ […] Os jovens devem tomar para si a responsabilidade de garantir que terão a melhor educação possível para poder nos representar bem no futuro, como futuros líderes.”“Ninguém pode se sentir satisfeito enquanto ainda houver crianças, milhões de crianças, que não recebem uma educação que lhes ofereça dignidade e o direito de viver suas vidas completamente”“As instituições de educação superior têm a obrigação de escancarar suas portas. As que oferecem a educação mais rigorosa é que têm a maior obrigação. Vocês têm a qualidade, a habilidade, o apoio necessário para pressionar por isso”“Uma boa mente e um bom coração são sempre uma combinação formidável. Mas quando você adiciona a isso um idioma bem falado ou uma caneta, então você tem uma coisa realmente especial” – Nelson Mandela
“Façam com que todas as casas e todos os
barracos se tornem um centro de aprendizado para nossas crianças”.
ESTUDANTES GUINEENSES AMEAÇAM SAIR
ÀS RUAS NOVAMENTE, SE PERSISTIR GREVE NAS ESCOLAS PÚBLICAS
Os estudantes das escolas públicas da Guiné-Bissau exigem do governo a abertura das aulas e caso contrário, dentro de uma semana, ameaçam voltar a sair às ruas para fazer valer os seus direitos
A ameaça das organizações estudantis revoltados com a falta das aulas nas escolas públicas, foram ouvidas, esta segunda-feira (12), numa conferência de imprensa que também serviu para o balanço do incidente verificado durante a tentativa de manifestação da quinta-feira última.Bucar Camara, porta-voz do colectivo, diz que os estudantes continuarão a exigir os seus direitos através de futuras manifestações que serão responsabilidades do governo.Bucar Camara diz ainda que não aceitarão mãos ocultas para a realização das manifestações. No entanto, foram apurados que 12 pessoas estão feridas e duas em estado grave que ainda continuam hospitalizados.Em nome do Moimento dos Cidadãos Conscientes e inconformados, Badilé Sami, ouvido pela Rádio Sol Mansi (RSM), pede o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, a demitir-se das suas funções na sequência da agressão das forças de segurança contra os manifestantes
Símbolo da luta contra o Apartheid,
regime de segregação racial que separava brancos e negros na África do Sul,
Mandela foi sempre defensor de um sistema educacional mais equânime e digno.
“Não está além do nosso poder a criação de um mundo no qual crianças tenham
acesso a uma boa educação. Os que não acreditam nisso têm imaginação pequena”,
repetiria ele ao longo da vida. Ainda em 1953, antes de passar 27 anos preso
por lutar pela democracia, ele disse no Congresso Sul Africano:
Já como presidente, cargo que exerceu
entre 1994 e 1999, Mandela lutou por prover uma educação mais equânime entre
negros e brancos. “O presidente Mandela falou com paixão em todos os fóruns
possíveis sobre seu compromisso de prover educação de qualidade para todas as
crianças da África do Sul, assim como propiciar também uma vida melhor para
todos. Ele estabeleceu parcerias valiosas com o setor privado, especialmente
para a construção de escolas nas comunidades rurais de todo o país”, diz o
Departamento de Educação Básica em seu site.
Mesmo depois de seu período na
presidência e já octogenário, Mandela não deixou de lado sua ligação com
educação. Em 2003, ele participou do lançamento da rede Mindset, uma
organização sem fins lucrativos que provê material educativo e curricular para
alunos e professores em vários temas, desde economia, matemática e física até
tecnologia e orientação para a vida. Na ocasião, proferiu uma de suas aspas
mais famosas e que resume parte de seus valores. “A educação é a arma mais
poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, disse ele. E avisou: “Vou usar
o resto dos meus dias para ajudar a África do Sul a se tornar mais segura,
saudável e educada”.
Sua militância na área continuou sendo
frequente, mesmo depois de se retirar da vida pública em 2004. A instituição
que leva seu nome e se responsabiliza por levar adiante seu legado ajudou a
reformar escolas e a criar centros de excelência de estudos pela África do Sul.
No exterior, suas palestras em universidades foram muitas – no site de sua
fundação, a Nelson Mandela Foundation, é possível acessar a transcrição de seus
discursos. “As instituições de educação superior têm a obrigação de escancarar
suas portas. As que oferecem a educação mais rigorosa é que têm a maior
obrigação. Vocês têm a qualidade, a habilidade, o apoio necessário para
pressionar por isso”, disse Mandela em 2005 a universidade norte-americana de
Amherst.
Ainda em 2005, ele criou outra fundação,
a Mandela Rodhes Scholarship, destinada a financiar os estudos de jovens
líderes africanos. Dois anos depois, ele criou um instituto voltado para
promover a educação na área rural de seu país, o Nelson Mandela Institute for
Rural Development and Education. “Ninguém pode se sentir satisfeito enquanto
ainda houver crianças, milhões de crianças, que não recebem uma educação que
lhes ofereça dignidade e o direito de viver suas vidas completamente”, disse
ele por ocasião da fundação da organização.
Além de ele em si ter sido um advogado
da educação, documentos relativos à sua vida e à sua contribuição para a
história também estão disponíveis e organizados, num trabalho feito pela Nelson
Mandela Foundation. Todo o material está disponível na plataforma e pode ajudar
educadores de todo o mundo a recontar a importância do líder sul africano para
os séculos 20 e 21.
O legado de Mandela para a educação,
portanto, passa pela defesa firme de uma educação de qualidade para todos, seja
na cidade no campo, na escola ou na universidade. A educação, para ele, era uma
forma de empoderar e libertar as pessoas, e a liberdade sempre foi sua maior
bandeira. “Uma boa mente e um bom coração são sempre uma combinação formidável.
Mas quando você adiciona a isso um idioma bem falado ou uma caneta, então você
tem uma coisa realmente especial”, dizia ele.
“… os jovens devem tomar para si a
responsabilidade de garantir que terão a melhor educação possível para poder
nos representar bem no futuro, como futuros líderes.”
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