“O homem patriota "é um rebelde com orgulho. Ele rejeita a escravidão" dos partidos políticos, "e por isso é que é rebelde. Ele apela à libertação" do seu povo, "e por isso é que é rebelde".
O povo escravizado pelos djilas políticos, por sua vez, é tão escravo, que chega "a fazer movimentos" anti-homem patriota. É tão escravo, que quer continuar a ser escravo. É tão apegado à escravidão, "que qualquer sabor de mudança deve ser reprimido e oprimido". O povo escravizado pelos djilas políticos, é tão escravo, "que chega a reprimir e oprimir quem o poderia" ter libertado de escravidão onde se encontra ainda.
Em suma, depois da morte do homem patriota, o povo escravizado passa a viver em nostalgia eterna dele. Ouve-se os lamentos do povo em tempos conturbados: se ele estivesse vivo a nossa soberania não estaria em causa. O homem patriota é livre por excelência. O homem patriota é imortal.” – O Filósofo, Dr. Quintino Na Nduk
As greves desencadeadas hoje por
trabalhadores da função pública da Guiné-Bissau deixaram o país quase
paralisado. Desde a saúde e a educação aos serviços de energia e água, passando
pelos organismos da Assembleia Nacional Popular, os protestos foram
generalizados.
Os números disponibilizados pelos
sindicatos às primeiras horas da greve indicam "uma forte adesão ao
protesto", que visa obrigar o Governo a pagar mais de sete meses de
salários em atraso.
"Em alguns sectores, como a saúde, a
educação, a energia e águas, a adesão à greve aproxima-se dos cem por cento e
em nenhum dos outros sectores é inferior a 80 por cento", indicou fonte da
União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), a maior central sindical do
país.
Uma das áreas em que se receiam mais os
efeitos da paralisação é nos serviços dependentes da Assembleia Nacional
Popular (ANP), nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE), responsável
por preparar as eleições legislativas antecipadas marcadas para 6 de julho
próximo.
Apesar de ninguém descartar um eventual
adiamento da data da ida às urnas — tendo em conta que, a 30 dias do início da
campanha eleitoral, o recenseamento e a cartografia do território ainda não
começaram, processo que, de acordo com os técnicos, levará um mês a estar
concluído —, a paragem na CNE vai ter consequências graves no processo
eleitoral.
A Empresa de Energia e Águas da
Guiné-Bissau (EAGB) e os serviços de saúde vão parar pelo menos uma semana,
enquanto na educação a paralisação poderá atingir os 15 dias e na ANP os dez
dias úteis, prorrogáveis automaticamente se não houver acordo com o Governo.
No entanto, o Executivo de Kumba Ialá
parece empenhado em alcançar um acordo que acabe com as paralisações,
nomeadamente na educação. O Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof)
reuniu-se esta manhã com vários membros do Governo. O ano lectivo 2002/03
poderá vir a ser declarado nulo, dado que as sucessivas greves no sector, em
protesto face ao não pagamento de salários, já diminuíram o tempo de aulas em
quase 50 por cento. Registo do passado recente no Publico
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