quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quem não sente não é filho de boa gente!

Este dito muito peculiar da Língua Portuguesa assenta bem como mote inspirador da presente iniciativa, que um Grupo de Intelectuais Balantas na Diáspora entendeu levar a efeito. Tem por fim informar com vista a contribuir para uma melhor sociedade, na Guiné-Bissau, assente na Paz e Respeito Mútuo, nas Relações Sociais e Políticas.
Depois de anos a ouvir remoques e expressões de descortesia, dirigidas, com intenção ofensiva, genericamente, contra um Grupo Étnico da Guiné-Bissau (os Balantas), entendemos que é tempo de fazer um veemente apelo para que tais práticas cessem de uma vez por todas, em nome da Paz e da Estabilidade Social, de que o nosso País tanto precisa.

De facto, a violência verbal contra os Balantas, que, muitas vezes, ganhou, ao longo da nossa curta existência, como Estado independente, expressão física, com elevado grau de desumanidade, é algo inaudita e verdadeiramente insustentável!

Ela pode encontrar-se, nas Ruas, nas Escolas, na Administração Pública, nas Empresas, nos Quartéis, na Política (sobretudo, na Política) e, até, em Salas de Baile, na Saúde e Bolsas de Estudo no Estrangeiro! Quem não sabe isso? A quem interessa tais práticas?

E o que faz a Comunidade Internacional? Enreda-se nas suas Verdades Institucionais, indiferente às causas e motivações, vítima dos manipuladores profissionais, que célere se fazem ouvir, apontando o dedo às vítimas dos seus desmandos, para que tudo fique na mesma como a lesma! Afinal, os seus interesses coincidem, muitas vezes, com os desses manipuladores!

É, por isso, um dever de Cidadania e bom senso apelar para o seu fim imediato e promover iniciativas que favoreçam o estabelecimento de novo tipo de Relações, mais humanas, mais cordatas, entre indivíduos de todos os Grupos Étnicos da nossa Terra!

Lamentável que, ao fim de quase quarenta anos de independência, ainda seja necessário falar assim!

Porque, falando, é que a gente se entende, este Grupo de Intelectuais Balantas na Diáspora julgou ser seu Dever dar um ligeiro contributo para a reposição de algumas verdades (eventualmente desconhecidas de alguns) para que, bem informados, os Guineenses estejam em condições de rever o seu comportamento, nos mais variados domínios da Vida, porque dele depende a Paz e a Estabilidade que todos reclamamos para o nosso País!

Alguns (a maioria) só se lembram disso quando ocorre uma crise, como aquela do dia 12 de Abril. Rapidamente, porém, esquecem que uma crise tem sempre uma causa: um comportamento desajustado de alguém ou grupo de pessoas que obriga à uma reacção, ainda que meramente preventiva, para evitar um mal maior!

Este é o objectivo deste Grupo de Guineenses, que tem a particularidade de pertencer ao mesmo Grupo Étnico da Guiné-Bissau e de reflectir sobre as questões que, há muito, preocupam todos os Guineenses!

Quem não sente, não é Filho de Boa gente! Nós sentimos! Reflectimos e agimos!

Para ajudar a ganhar a Paz e a Estabilidade no País!

Para que não seja mais necessário reagir à uma nova crise, qualquer que seja o motivo!

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