terça-feira, 16 de julho de 2013

FREHU-N-FLIF Nº16: AGÊNCIA FUNERÁRIA PARA O ESTADO DA GUINÉ-BISSAU?



Pelas Futuras Gerações e pela nossa!   Da profundeza dos Tempos, aportamos à nossa Época!

Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo!

Com o presente Blogue, queremos dar o nosso contributo para uma reflexão isenta sobre o nosso País e a Sociedade que temos ou queremos ter. Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso processo de Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião!

Essa reflexão é necessária para a afirmação e definição de uma Cidadania responsável e para a melhoria da qualidade da nossa Sociedade, determinante para o sucesso ou insucesso de qualquer processo de Desenvolvimento Humano. Um Povo sem Regra de Vida (em Família, na Escola, na Economia, na Política, etc) torna-se um estropício para o resto da Humanidade, a começar por si próprio.

A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a Melhor Corrida possível de modo a Transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global em condições de alcançar a Vitória Final.

Venha connosco! Para o Futuro! Pelas Futuras Gerações que, sem culpa, irão sofrer pelos Erros que a nossa Geração está cometendo contra si própria, tornando-se causa remota do seu possível fracasso ou desconforto, quando já cá não estivermos!

Nós estamos a bordo, buscando o rumo certo! Aceite o nosso convite!

O caminho é longo e movediço! Mas é o caminho!  Somos os                        

INTELECTUAIS BALANTAS NA DIÁSPORA!


  


PENSAMENTO DO DIA




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AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO OU
AGÊNCIA FUNERÁRIA PARA O ESTADO
DA GUINÉ-BISSAU?
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No dia 01.06.2013, a Agência Lusa divulgou a notícia de uma declaração do sr.Dr. Ramos-Horta (Representante Especial da ONU na Guiné-Bissau) sobre a sua intenção de abrir, no País, uma Agência de Desenvolvimento.

Apenas estaria em dúvida quanto aos parceiros: se seria com a Sociedade civil, se com o Governo ou a própria agência da ONU”, sem especificar esta última.
 
As Crianças são as flores da nossa luta
 Pelas suas próprias palavras:

Trata-se de um pequeno gesto que pode fazer a diferença. Apesar de sermos um país pobre, mas com algumas possibilidades, decidimos abrir na Guiné-Bissau uma agência de desenvolvimento com dois milhões de dólares de orçamento, para apoiar projectos pequenos com a sociedade civil, Governo ou a própria agência da ONU"

Ora, Dr. Ramos-Horta não nutre qualquer simpatia pelo Povo e o Estado da Guiné-Bissau.

A sua antipatia militante está patente nas suas múltiplas e ásperas declarações de ameaça (que não medem as palavras).

O motivo só ele saberá!

Perante a evidência de tal facto, que dispensa demonstração, assim como a sua postura persecutória (a vários níveis), soa mal quando anuncia, com insustentável jactância, um projecto como esse!

A sua presença, no território da Guiné-Bissau, é apenas uma felicidade pessoal por assumir um cargo internacional. Nada mais que isso!

A vasta e extensa publicidade negativa sobre o País e a sua gente é disso prova acabada e confirmada!

Qualquer outro ter-se-ia demitido, por incompatibilidade para o exercício do cargo!

Ou será demitido pelo mandante, como parece ser intenção do Secretário-Geral das Nações Unidas, quando anuncia a intenção de nomear um 2º Representante Especial para a Guiné-Bissau, com a missão específica de preservar a “Paz e Estabilidade!” no País!

Na verdade, ele não engana ninguém, quanto a sua intenção, e ninguém se engana com ele, atendendo às suas manifestações públicas, dentro e fora do País.

 …….

 E onde faz ele o anúncio de tal projecto?

Mais uma vez, na Cidade da Praia! Lá, onde, no mês de Abril, se deslocou, expressamente, para festejar a detenção (pela DEA Norte-Americana) do Almirante Bubo Na Tchuto e lançar, a partir de lá, ameaças indistintas sobre todos os Guineenses, em geral. 

Não foi, na Guiné-Bissau, que fez o anúncio, território, supostamente, potencial beneficiário da iniciativa!...

Vale a pena ser mais explícito?

Os termos que utiliza não deixam margem para dúvidas.

Porque afirma, em tom peremptório e autoritário: “Decidimos abrir, na Guiné-Bissau, uma Agência de Desenvolvimento …”.

O seu fim seria “apoiar projectos pequenos com a sociedade civil, Governo ou a própria Agência da ONU”.

Ora, como há muita gente esperta, por esse Mundo fora, o anúncio precoce da Agência pode esbarrar com a credibilidade internacional que se pensa dever ter um Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas.

Por isso, a dúvida é pertinente: a Agência é do sr. Dr. Ramos Horta ou do Estado de Timor-Leste?

Mas, ainda que seja do Estado de Timor-Leste, é legítima a pergunta, que se impõe:

Pode um Alto Funcionário da ONU, em exercício de funções, num País de Missão (Guiné-Bissau), anunciar, nestes tempos conturbados, que a República da Guiné-Bissau está a atravessar (em parte, por causa dele), um projecto como esse, de criação de uma tal Agência, correndo o risco dos seus interesses pessoais ou da sua Nacionalidade colidirem com os da função internacional em que está investido?

Apesar de todas as dificuldades decorrentes das sanções internacionais, os Guineenses em geral, porque são filhos de boa gente, têm o direito de duvidar da bondade do sr. Dr. Ramos Horta, depois de tantos padecimentos!...

Porque pode qualquer analista, mesmo sem intenção, pensar que se trata de um projecto pessoal (embora de reduzido valor) destinado a comprar a consciência de alguns incautos (os ditos da Sociedade Civil), que apenas pensam no seu umbigo, deixando, na gaveta, a consciência da sua dignidade pessoal.

Quantas Agências de Desenvolvimento têm Timor-Leste em todo o Mundo?

E, se a prevista para a Guiné-Bissau for a primeira? Que leitura interessante seria possível fazer!...

Indo mais longe, qualquer pessoa dirá que uma tal Agência, cuja estrutura jurídica ainda não se conhece, nem a funcional, corre o risco de ser mal entendida como expressão de um oportunismo inqualificável para quem exerce um cargo internacional e sabe quantas mordomias pessoais poderão daí resultar em seu próprio benefício!...

Mais gritante seria, ainda, a concepção de uma tal Agência como Agência Central das Doações Internacionais, que viessem direccionadas para o Estado da Guiné-Bissau, e que encontrariam, na pessoa do Representante Especial das Nações Unidas, um legítimo representante!... 

Um Pecado de bradar aos Céus (dir-se-ia)!

Nessa hipótese, tal Agência tornar-se-ia, verdadeiramente, numa AGÊNCIA FUNERÁRIA para o ESTADO DA GUINÉ-BISSAU, actuando como crivo catalisador das Doações e Contribuições Internacionais de Apoio ao Desenvolvimento do País, que perderia a sua autonomia de gestão, em relação a tais Fundos, assim como a sua independência económica e a dignidade própria de um Estado!

Quem quisesse governar teria de pedir à Agência os meios necessários!...

Não temos dúvidas que esta última hipótese é a verdadeira! Oxalá nos enganemos!

Quão triste seria o Mundo, sem Lei nem respeito pela Dignidade alheia!

Antes pobres mas dignos! Sobreviveremos, com certeza! Como há milénios!

Risque-se a Agência! Nada se perderá! Tudo será ganho, com dignidade!
……..

Porque a Guiné-Bissau não é um terreno em estado de abandono, e, sendo a anunciada Agência um projecto estrangeiro (ainda que de reduzido montante), é suposto dever submeter-se à formalidade do reconhecimento de interesse pelo Estado da Guiné-Bissau e subsequente autorização (ou não) para a sua existência legal, no território nacional da Guiné-Bissau, ser legitimada pelo direito interno do País.

A Guiné-Bissau é um Estado independente, com justa causa, derivado de uma Luta de Libertação bem-sucedida, que potenciou a Libertação de tantos outros falantes da Língua Portuguesa, além de pacificador de vários outros, de diferentes línguas e credos, no Continente Africano.

Mesmo, em estado de debilidade económica e política, deve merecer o respeito devido!

Com o devido respeito, também, ao sr. Representante Especial da ONU, na Guiné-Bissau (sr. Dr. Ramos-Horta), pelo alto cargo em que está investido, não nos parece, todavia, ajustada a forma como tem actuado, no nosso País, com excessos de publicidade negativa e intuito persecutório, de tal modo que, até, na sua aparente bondade, nos levanta dúvidas e reservas insanáveis.

É a nossa opinião que não obriga ninguém!

(até próxima edição)
PARTICIPA COM A TUA OPINIÃO!
Conhecendo a realidade do País, você estará colaborando para a Paz e Estabilidade Política e Social da Guiné-Bissau, pela Verdade e Justiça! Por isso, leia o nosso próximo Tema, neste blogue.
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4 comentários:

  1. Meu caro,
    antes mais muitos obrigado pela forma como nos tem proporcionado matéria para o tratamento, atualização da nossa visão enquanto povo. Podem-nos apelidar de pobres, só fala assim quem não conhece a riqueza deste grande país. Este país para além das grandes almas que produz, ela é própria portadora de uma alma grande. O Sr.Dr. Ramos Horta, tendo aceite a nomeação de Representante da Nações Unidas, deve enveredar-se para a efetivação de prossecuções imparciais. Ora diz uma coisa no país, depois diz outra coisa fora do país. Posso perceber a razões dessa hesitações, mas ficar-lhe-ia melhor, proferir no local próprio (Guiné-Bissau) e não fora, como o terá feito inúmeras vezes. Dois pesos e duas medidas não deviam ser a forma de tratamento de matéria que se deseja justo. A ser assim, a sua credibilidade será posta em causa, não só para aqueles que julga estar a convencer, quanto aos parceiros supostamente amigos do nosso país. Ao fazer referência sobre a criação de uma agência, e não dizer de que tipo, podemos supor que esteja a planear um projeto bom, mas que não desvie as atenções de pessoas interessadas no desenvolvimento sustentável do país. Mais uma vez obrigado pelo carinho e atenção

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  2. Djemberem Djemberem DE Tabanca Se, se a presença de Ramos Horta (Nobel da paz), deixou alguns guineenses apreensivo, devido papel que esta a prestar o país, a sua mobilização para apoiar a realização das eleição que certamente será o fim de um ditadura militar, o povo da Guiné só temos é que agradecer este senhor, claro que não podia, alias era impossível agradar todos, uma vez, que vai é desmantelar toda a rede montada. OBRIGADO RAMOS HORTA. NOBEL DA PAZ, não é para qualquer.

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  3. Caros Compatriotas, ao avaliar o nosso progresso como indivíduos, tendemos a concentrar-nos nos factores externos como a nossa posição social, a influência e a popularidade, a riqueza e o nível de instrução. Como é evidente, são importantes para medir o nosso sucesso nas questões materiais, e é bem compreensível que muitas pessoas se esforcem principalmente por alcançar todos eles. Mas os factores internos podem ser ainda mais cruciais para determinar o nosso desenvolvimento como seres humanos. A honestidade, a sinceridade, a simplicidade, a humildade, a pura generosidade, a ausência de vaidade, a prontidão para servir os outros - qualidades que estão facilmente ao alcance de qualquer criatura -, formam a base da nossa vida espiritual.

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  4. meus deus como nos guineenses não gostam de ouvir a verdade, o nosso problema é interno não externo, tudo que ramos horta falou da guine é da nossa culpa, olham até deus esta cansado da sacalatas que andam acontecer na nossa terra, é muito facil dizer que niguem manda em nos, mas quando é para pedir esmola a cumunidade internacional todo mundo abri a boca, se na verdade são intelectuas como dizem por favor voltem para guiné, para mostrar o que vale a vossa diploma

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COMENTÁRIOS
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