Será um preço certo e justo, sem dúvida, o
custo do resgate da Nação, o “preço” terá não só valor material, cultural e
espiritual, como também de Fé e auto estima do seu Povo unido, identificado
pelo denominador comum de Guinendade, e aliado a motivação que une os cidadãos
pela Pátria. Uma realidade tornando mais forte o movimento de mudança no País,
uma mudança com peso e medida adequada às circunstâncias variadas na política e
na Sociedade Guineense, no seu todo. É agora ou nunca, o assumir as
responsabilidades, não “abrir-mão” da dignidade do Estado de Direito, pagar o
preço do resgate para a nossa reentrada na corrida do desenvolvimento
sustentado e ou independência material da Republica da Guiné-Bissau.
Por
Filomeno Pina
Temos
de pagar o preço sem batota, num jogo limpo, na base da transparência,
fidelidade e patriotismo. A honestidade e competência nunca estiveram em saldo
no mundo inteiro, portanto, apelamos a uma escolha certa para o lugar certo,
para evitarmos a permanência no atraso de desenvolvimento generalizado do
território nacional, como até aqui.
Só
com políticas justas, racionais e competentes, poderemos salvar a Guiné-Bissau.
Nisto não há dúvida, antes quebrar que torcer, para travarmos o avanço da
desgraça, do impasse, sua inércia e o desmando a que chegamos no País.
Já
assistimos a cosméticas improvisadas que cheguem, “quem muito se abaixa, o cu
lhe aparece”, diz o Povo.
À
Guiné-Bissau não a ofende quem quer, mas, há que levantar do chão todas as
ferramentas humanas qualificadas com a dignidade que o País merece. Elevar o
“respeito” pela Nação Guineense, pois só assim, poderemos depois exigir dos
outros o maior respeito pelo nosso Estado da República da Guiné-Bissau.
Queremos
elevar a fasquia da dignidade e do patriotismo na política e não só, chegou a
hora de nos unirmos à volta do Estado da
República da Guiné-Bissau, com mais gente séria e competente, honesta e a
servir o País, dentro e fora do território nacional.
Cuidarmos
da sua imagem de Estado, sua estrutura física e institucional do território
nacional. Este momento de viragem é muito sério, requer sensibilidade humana
imbuída de capacidades técnicas, de inteligência especializada e experiência
consolidadas no terreno, todos juntos unidos na mudança de mentalidade e na
acção conjunta.
Usando
líderes com coração e inteligência, capazes de registar com facilidade, sinais
de desespero e de cansaço do Povo, que sejam capazes de resolver os problemas
sempre que necessário. Chega de enganos,
de dar tiros no escuro ou de experimentalismos sem bases fundamentadas ou
justificadas!
Basta
de “experimentações” enganosas, para justificar gastos tendenciosos da gestão
danosa dos bens do Estado.
Basta
de romantismo político falacioso evocando Amílcar Cabral, a luta armada como
desculpa para todos os erros ou o nome do Povo pela boca fora, mas, tendo no
coração sentimentos criminosos e reacionários.
Basta
de políticos com perfil de” merceeiro (“djyláz”) de esquina”, que apenas pensam
em tirar proveito dos cargos públicos que ocupam, ora em nome do Estado, ora em
nome próprio, desviando o lucro a partir desta condição perversa de
representação do Estado, para as suas empresas ou contas bancárias, em
detrimento dos fundos do País.
Não
devem chefiar cargos públicos, indivíduos alistados na praça como sendo
industriais ou empresários no privado. Temos visto que instituições públicas
caem em desgraça, chegam a não ter condição financeira e material para exercer
com dignidade o serviço público. Enquanto os seus “chefes” apresentam mostras
de riqueza material excessiva em relação aos salários auferidos.
Uma
das prioridades desta mudança, aponta para as eleições. É meio caminho andado,
reconciliarmo-nos já com o modelo do Estado de Direito Democrático,
interrompido por mais um golpe de Estado no País. Não podemos continuar como
marginais em relação à Democracia no mundo, mantendo o Estado da Guiné-Bissau à
margem do conserto das Nações Democráticas no mundo, pense nisto camarada.
No
entanto, depois das eleições, passarmos às reformas necessárias na classe
política, na classe castrense e nas Instituições do Estado. Com as eleições
Legislativas e Presidenciais reabrimos as portas do País aos nossos apoiantes
internacionais, que se acanharam ultimamente, fecharam as “torneiras” pela
falta de segurança no País, falta de políticas transparentes, dentro de um
sistema que deixa dúvidas em democracia.
Precisaremos
de ajudas imprescindíveis no arranque pós-eleitoral no País. Ajudas humanas e tecnológicas
essenciais (apoios especializados para a gestão eficiente do aparelho do
Estado) que devemos pedir frontalmente, sem pestanejar, ajudas humanas
(técnicos) e materiais para instituições públicas do Estado da Guiné-Bissau.
Basta
de baixa política, queremos que a classe política mude o seu modus operandi,
evitar fazer “queixinhas” à classe castrense (bóka-sinhúz). Os políticos devem
ser os primeiros a cumprir e fazer cumprir regras da legalidade Democrática,
mas DENTRO DO PARLAMENTO e não às escondidas – na mukur-mukur- com políticas a
alinhar por baixo, fracas e com mentiras atrás de militares. Queremos políticos
com transparência e frontalidade em Sede própria, ao serviço do Povo.
O
Parlamento é a “arena” propícia ao diálogo e à comunicação entre e dos seus
actores, usem-no e abusem dele para clarear ideias e projectos do País, o Povo
agradece. Porque somente deste modo poderemos separar as fronteiras e actuações
da classe política em relação à militar, separar os dois poderes institucionais
dentro do Estado.
Não
há razão para um “acasalamento” perverso e constante, que temos verificado
ciclicamente entre políticos e militares, que normalmente termina mal ou
origina conflitos no País. O parlamento é para o poder político e os quartéis
para os militares.
O
Golpe de Estado gera medo e desconfiança no País, consegue colocar em causa a
certificação do Estado como pessoa de bem. Sabemos que o medo é “inspiração” do
irracional, vive paredes meias com o perigo real, sabemos também, que nem tudo
que receamos, é uma ameaça (humúlydyra dy lagartu, nunca nh’bórka kanua), no
entanto fazemos pouco para evitar o mal, quando podemos cortar pela raiz de uma
só vez!
O
medo gera um efeito contagioso, ninguém está imune ao resultado, mas também nem
todos se deixam contagiar por “fantasmas” alheios à sua estrutura mental.
Nôba
kata pydy passadjú, alá hy’na bua ku bemtu pa bay (uma mentira posta a
circular, parece que voa com o vento, e sem obstáculos), daí uma preocupação
quando um acontecimento foge ao controlo racional, por ex. dinheiros desviados,
pessoas desaparecidas, crimes, golpe de estado, boka-synhúz entre políticos e
militares, etc.
Um
facto e factor psicológico que gera a diferença neste momento de viragem na
Guiné-Bissau, é - omedo de falhar desta vez – político, social e militarmente
no País.
Se
esta mudança falhar mais uma vez, teremos de enfrentar vários perigos sérios
para o Estado e, não podemos falhar a República da Guiné-Bissau no caminho do
futuro, esperemos que não, se os homens quiserem, a vitória é certa, viva a
Guiné-Bissau!
Já
tudo acontece no País numa proporcionalidade menor em relação a Países
desenvolvidos, no que concerne ao mundo do crime (crimes de sangue,
desaparecimento físico e morte, crime com explosão de engenho, tortura e
abandono, tráfico de droga, etc) organizado.
No
que há de negativo nisto, estamos avançados, mas para o que deve ser feito de
bom para todos nós, o País mantem um índice de atraso de desenvolvimento
fortemente penalizador para um novo arranque, com maiores dimensões sociais,
económicas e industriais.
Crimes
que indicam que há “maestros” rodeados dos seus fiéis à doutrina criminosa, são
mandantes drogados de ideias próprias, que perderam a capacidade de escutar,
não há nada de novo nas suas cabeças, nem tão pouco a identificação à figura de
Estado.
Não
acreditam nos outros (com novas ideias), atrapalham ou dizem asneiras, na
tentativa de ver o ideal mafioso a liderar os destinos do País.
Falsos
maestros que pensam que quem concordar com eles, estes serão os Guineenses mais
inteligentes da Nação (má, bó fyga kanhóta)!
Estes
“maestros são perigosos, tocam em “tons” subliminares, jogam sujo, fazem
qualquer coisa para atingir objectivos nada claros, se for preciso, matam.
O
País para eles está em segundo lugar, não se importam de vender a própria Mãe!
Mas
o Povo não é rebanho de ninguém em particular, sobretudo de pastores
adormecidos sobre o próprio umbigo, enquanto assistimos ao pastoreio a morrer
de fome aos poucos, sob olhares duma cegueira propositada dos maus políticos da
fita.
É
preciso exorcizar este medo, derrubar a muralha e aceitar a transparência total
nas escolhas para liderar os destinos da Guiné-Bissau. É urgente tudo isto,
antes que “tudo” volte a correr mal e, pessimamente, desta vez.
Basta,
no séc. 21 termos de suportar mentalidade machista no poder, falaciosa, duma
visão sentimentalista da mulher Guineense, projectada no sofrimento à sua
volta, dando a ideia de que ser mulher é fazer parte de sofrimento ou ter de
“sofrer” calada, submissa à discriminação disfarçada num poder corrupto, poder
sem respostas justas e adequadas à realidade de igualdade de direito entre a
mulher e o homem.
Basta
de símbolos de pobreza mental machista, incutindo na mulher a ideia de
mãe-sofredora, como esposa-sofredora, gestora da família também em sofrimento,
vista sempre como vítima, porque no meio desta hipocrisia machista, pretendem
sim transformar a imagem de sofrimento da mulher, na imagem heroína, com ganhos
secundários na aceitação no meio machista.
Mas
é mentira que pretende “esconder” a mulher verdadeira, atrás do homem,
permanecendo a eterna imagem da mulher na maternidade, no trabalho, na gestão
do lar e na vida feminina, ser secundária e ter de sobreviver sempre atrás do
“macho”, companheiro de trabalho ou, como esposa, e porquê, pense nisto.
Deixando
antever duas versões, a primeira atrás do homem, para segurar as pontas, e a
segunda, na frente mas sozinha, é todo o terreno, aqui o “homem” desapareceu, o
homem ou marido, tudo que faça não chega a ser justamente valorizada.
Não
pode a mulher Guineense continuar atrás da sua “cruz”, vista como segunda,
porque se diz que “atrás de um grande homem, está uma grande mulher”, será
assim?
Basta,
chegou a hora da mulher Guineense deixar de ser “segunda”, deixar de ser a
sofredora com ADN e destino traçado. Deixar de sofrer por “encomenda”, travar
esta imagem falsa de fragilidade, imputada como prenda envenenada, quando na
verdade é o motor activo e gestora da família na nossa sociedade!
Basta,
chegou a hora da Mulher Guineense começar a mandar na Guiné-Bissau, passar a
assumir cargos públicos de destaque nos Governos e nas Instituições a nível
nacional. Romper com o pré-conceito machista existente no País, de uma vez por
todas. Esta será uma vitória para Mulheres e Homens, com visão duma sociedade
justa e progressista para o nosso Povo.
É
preciso dar passos de gigante, com orelhas de “elefante”, ouvir a sociedade e
escutar sua dor. O Estado, por exemplo, deve pedir perdão às famílias das
vítimas de crimes de sangue, infligidos no território nacional por motivos
políticos, de ódios, vinganças, e que ainda hoje, acontecem impunemente, como
há décadas.
Mas
qual é o mal em PEDIR PERDÃO como ponto de partida para uma nova etapa no
relacionamento e comunicação social e familiar entre Guineenses?
Seria
um reconhecimento dos erros cometidos, uma identificação à culpa, por
impunidade da Justiça no País, e neste momento de mudança, lembramos que o
Estado é pessoa de bem …, peça-o por
todos nós, Vª. Excia. Sr. Presidente da República (de transição) da
Guiné-Bissau.
Basta
porque sabemos fazer melhor, se acreditarmos nas nossas forças, pois venceremos
sempre. Como disse, as eleições não são “varinha de condão” que resolvem tudo
de uma só vez, mas são meio caminho andado, assinarmos todos, este compromisso
de reentrada política na Democracia de Estado de Direito na Guiné-Bissau!
Sabemos
dos sinais de violência no País, basta reflectirmos nos últimos acontecimentos
já com as eleições à porta, no entanto, há espancamento selectivo ao cidadão
comum e a alguns líderes visados no País. Que mais parece tudo isto uma
“caricatura” ou síndrome de insegurança coincidentes, forjados para o efeito
reactivo de provocar medo, diria que, estando patentes nos actos do espancamento,
a intencionalidade maldosa e cobardia deste crime, i. é, levados a feito como
um recado enviado sem “mensageiro”, mas com destinatários seguros na praça (que
são os adversários políticos), para estes fazerem a leitura e a interpretação
que lhe queiram dar!?
Esta
acção reaccionária de abuso, maus tratos e ofensa moral dum dirigente no País,
fere a imagem do Estado de Direito, é manifestamente uma intenção explícita de
lançar inquietude e pânico no meio ambiente social e político.
O/s
seu/s “maestro/s”, os inconformados que há décadas resistem à entrada do Estado
de Direito no País, estão progressivamente fracassando no terreno.
Contra
a força do Povo, não há reacionário que resista, acredite se quiser, resta ao
reacionário, içar a bandeira branca e lutar pela Paz, ao lado do Povo
Guineense, há lugar para todos, só.
Muitos
líderes políticos, em desespero de causa, optaram por comportamentos
reaccionários, tendo dificuldade crónica de aceitação do Modelo Democrático de
gestão do Estado, através das Instituições públicas. O que vem comprovar que na
“Coisa-pública” não parece que o seja para todos os indivíduos infelizmente.
Daí esta tentativa de influenciar o poder pela máfia montada. Este sonho
perverso de alguns “políticos”, mas penso que não voltarão a ser vividos, se o
Povo estiver atento.
Falsos
maestros contra a Democracia plena, são resistentes à mudança, porque receiam
perder o “poleiro”, disfarçam encapuçados por agora, não passam de conterrâneos
revoltados, que perderam a sua continuidade no poder, preferem o País
disfuncional, porque só assim podem fazer o que querem, pois eles não têm – O
ADN DA DEMOCRACIA – no aparelho mental,
vivem contra a corrente, são revoltados e agem como obstáculos neste processo
de desenvolvimento da República da Guiné-Bissau.
Aconselho
por isso a terem esperança face à inclusão possível e nunca o seu contrário,
esta mudança trará regras transparentes para todos, não deixará ninguém de
fora, acredite, pense nisto e junte-se à corrente da Paz!
Julgo
ser oportuno manifestar aqui um dos três receios meus em relação ao País, por
agora, partilho apenas um deles, os três últimos passo-os para o abismo (o 1º
está dado): são os últimos sinais desta confusão que culminou com o
espancamento dum Ministro do Governo em pleno exercício do seu mandato de
transição.
Um
acto perpetrado para criar
“desconcentração” no controle da segurança, penso que levado a cabo com o
objectivo de mover influências, para mudar as “pedras” do xadrez (pessoas nos
cargos públicos) dentro do Estado.
Um
golpe invisível mas muito grave, continua nesta guerra constante do poder pelo
poder, constata-se num tabuleiro sem regras de jogo aceite pelos candidatos
adversários, as regras são violadas constantemente, um caos.
BAKA
KY-KATÉM RABU, DEUS KU TA BANAL - gado que não tem rabo, é Deus que o abana,
vamos acreditar e manter pensamento positivo. Neste processo para mudança com
todos sem excepção, “temos um preço certo a pagar”, que não deixa ninguém de
fora, não haverá descriminação racista, xenófoba, tribalista ou outra.
O
Emigrante não pode ficar para trás nunca mais, vamos acabar com a Diáspora
fobia progressiva na cabeça de alguns. Um mal que dura há quarenta anos, e tem
influenciado Guineenses uns contra os
outros.
Verificamos
uma interacção hipócrita, com complexos de discriminação entre compatriotas
residentes no território nacional em relação aos emigrantes (e vice-versa).
Hoje ninguém tem dúvida acerca da importância da Diáspora Guineense espalhada
no mundo, a necessidade da sua contribuição valiosa no projecto de
desenvolvimento sustentado para o País?
Ao
contrário do que alguns políticos apregoaram no passado e ainda hoje apregoam,
semeando receios infundados, mas o Emigrante é forte, resistente, tolerante, de
uma enorme sensibilidade na interacção social, é solidário. Tem sentimento de
gratidão, de partilha, no que consegue reunir longe do seu País, ajuda
familiares e amigos que ficaram para trás, ele come e guarda, com os olhos
fixados nas “costas”, pensando no dia de amanhã. Mantem um olhar sofredor, com
gente dentro para cuidar, um motivo para este olhar, muitas vezes apagado sem
glória.
Uma
prova de amor é a testemunha carimbada na alma, como compromisso assumido tanto
no País de origem, como no País de acolhimento, que nunca caem no esquecimento,
é este um dos aspectos positivo do perfil do Emigrante.
Uma
realidade que não se apaga com a distância, é o coração com gente dentro mas
que deixou para trás, parte da sua história de vida, de raízes profundas na
família e na Pátria amada, são uma constante e nunca o seu contrário na sua cabeça.
Quando
têm duas ou mais nacionalidades, neste processo de emigração, lutando por um
lugar ao sol, convém lembrar, ele é acima de tudo, um Guineense como qualquer
outro, dentro ou fora do País.
O
emigrante merece uma atenção justa e com respeito. Não tira do seu País, pelo
contrário, põe e investe materialmente na família, e se for o caso, na empresa.
Não é um parasita, é um Guineense trabalhador que, embora fora do território
nacional, investe e ajuda, faz parte do “grosso” positivo das divisas que
entram através de transferências Bancárias. Merece carinho, respeito,
tratamento justo, com igualdade de condições e de circunstâncias em relação ao
seu conterrâneo que vive no território nacional. O Emigrante pode ter
“quarenta” nacionalidades, mas, é um Guineense!
Devemos
facilitar esta “reconciliação” de posições, como uma prioridade nacional.
Acabar com a descriminação e xenofobia de que tem sido vítima o Guineense que
vive na Diáspora e com dupla nacionalidade.
É
bom lembrar que para muitos emigrantes a mudança de nacionalidade, corresponde
à conquista de uma ferramenta imprescindível para a sua adaptação social e
profissional no País de acolhimento.
Compreender
isto é perceber o trajecto futuro de unidade sócio-profissioal para a
Guiné-Bissau. Mas, por ironia do destino, o Emigrante constata que o seu
próprio País lhe nega a condição de “dupla” nacionalidade, quando é obrigado a
pedir um visto de entrada no território nacional da Guiné-Bissau, como se fosse
estrangeiro, sempre que visita a sua terra natal.
Um
acto lamentável ao qual devemos pôr fim o mais depressa possível, com vista a
uma convivência sã, equilibrada e harmoniosa entre irmãos do mesmo berço.
É
de recordar que, no entanto, o seu dinheiro e bens materiais transferidos para
o seu País natal, não precisam de “visto” de entrada!
Tratando-se
de dinheiro depositado nos Bancos sediados no País natal, falamos de milhões
por ano em moeda estrangeira em depósitos através de transferências bancárias,
pois então, camaradas, é altura de fazermos escolhas positivas e políticas mais
correctas e justas em relação a esta discriminação em relação ao emigrante.
Permitir
entrada do cidadão Guineense com dupla nacionalidade, sem pedido de visto.
Melhorar o relacionamento institucional do Estado da Guiné-Bissau com a
Diáspora Guineense seria óptimo, penso.
O
preço a pagar por uma Guiné-Bissau no bom caminho é para todos, esta iniciativa
poderá depender de quem vai estar no leme, necessariamente rodeado de boas
escolhas para os lugares certos ou talvez não. Mas haverá sempre solução para
uma nova escolha se a primeira não for acertada, usar a “lei” da substituição
para o cargo ocupado, sempre que necessário for, até encontrar a melhor escolha
possível entre muitos.
Não
permitir jamais um “erro”, ganhar calos e permanecer por muito tempo, já vimos
a incompetência viciar um lugar público durante décadas, como se o País não
tivesse mais ninguém para ocupar o mesmo lugar?
O
preço a pagar pode até não ser “certo”, mas será acertado constantemente ao
longo do tempo, que for necessário para nos aproximarmos da excelência, na
qualidade. Estamos certos de ter que pagar o desenvolvimento do País sem margem
para duvidar, mas quanto, ainda ninguém sabe, vamos indo e vamos vendo…
Mais
uma reflexão que vos deixo aqui camaradas, com humildade, a pensar na
Guiné-Bissau, e espero que o tenham lido no melhor de cada um, engrossando o
lote de possíveis soluções positivas para o País, abraços para todos. Aproveito
ocasião para deixar os votos de um Santo Natal e Ano Novo próspero para todos
nós, felicidades!
Djarama.
Filomeno Pina.
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