terça-feira, 17 de dezembro de 2013

OPINIÃO: O PREÇO A PAGAR, POR UMA GUINÉ-BISSAU NO BOM CAMINHO


Será um preço certo e justo, sem dúvida, o custo do resgate da Nação, o “preço” terá não só valor material, cultural e espiritual, como também de Fé e auto estima do seu Povo unido, identificado pelo denominador comum de Guinendade, e aliado a motivação que une os cidadãos pela Pátria. Uma realidade tornando mais forte o movimento de mudança no País, uma mudança com peso e medida adequada às circunstâncias variadas na política e na Sociedade Guineense, no seu todo. É agora ou nunca, o assumir as responsabilidades, não “abrir-mão” da dignidade do Estado de Direito, pagar o preço do resgate para a nossa reentrada na corrida do desenvolvimento sustentado e ou independência material da Republica da Guiné-Bissau.

Por Filomeno Pina

Temos de pagar o preço sem batota, num jogo limpo, na base da transparência, fidelidade e patriotismo. A honestidade e competência nunca estiveram em saldo no mundo inteiro, portanto, apelamos a uma escolha certa para o lugar certo, para evitarmos a permanência no atraso de desenvolvimento generalizado do território nacional, como até aqui.

Só com políticas justas, racionais e competentes, poderemos salvar a Guiné-Bissau. Nisto não há dúvida, antes quebrar que torcer, para travarmos o avanço da desgraça, do impasse, sua inércia e o desmando a que chegamos no País.

Já assistimos a cosméticas improvisadas que cheguem, “quem muito se abaixa, o cu lhe aparece”, diz o Povo.

À Guiné-Bissau não a ofende quem quer, mas, há que levantar do chão todas as ferramentas humanas qualificadas com a dignidade que o País merece. Elevar o “respeito” pela Nação Guineense, pois só assim, poderemos depois exigir dos outros o maior respeito pelo nosso Estado da República da Guiné-Bissau.

Queremos elevar a fasquia da dignidade e do patriotismo na política e não só, chegou a hora de  nos unirmos à volta do Estado da República da Guiné-Bissau, com mais gente séria e competente, honesta e a servir o País, dentro e fora do território nacional.

Cuidarmos da sua imagem de Estado, sua estrutura física e institucional do território nacional. Este momento de viragem é muito sério, requer sensibilidade humana imbuída de capacidades técnicas, de inteligência especializada e experiência consolidadas no terreno, todos juntos unidos na mudança de mentalidade e na acção conjunta.

Usando líderes com coração e inteligência, capazes de registar com facilidade, sinais de desespero e de cansaço do Povo, que sejam capazes de resolver os problemas sempre que  necessário. Chega de enganos, de dar tiros no escuro ou de experimentalismos sem bases fundamentadas ou justificadas!

Basta de “experimentações” enganosas, para justificar gastos tendenciosos da gestão danosa dos bens do Estado.

Basta de romantismo político falacioso evocando Amílcar Cabral, a luta armada como desculpa para todos os erros ou o nome do Povo pela boca fora, mas, tendo no coração sentimentos criminosos e reacionários.

Basta de políticos com perfil de” merceeiro (“djyláz”) de esquina”, que apenas pensam em tirar proveito dos cargos públicos que ocupam, ora em nome do Estado, ora em nome próprio, desviando o lucro a partir desta condição perversa de representação do Estado, para as suas empresas ou contas bancárias, em detrimento dos fundos do País.

Não devem chefiar cargos públicos, indivíduos alistados na praça como sendo industriais ou empresários no privado. Temos visto que instituições públicas caem em desgraça, chegam a não ter condição financeira e material para exercer com dignidade o serviço público. Enquanto os seus “chefes” apresentam mostras de riqueza material excessiva em relação aos salários auferidos.

Uma das prioridades desta mudança, aponta para as eleições. É meio caminho andado, reconciliarmo-nos já com o modelo do Estado de Direito Democrático, interrompido por mais um golpe de Estado no País. Não podemos continuar como marginais em relação à Democracia no mundo, mantendo o Estado da Guiné-Bissau à margem do conserto das Nações Democráticas no mundo, pense nisto camarada.

No entanto, depois das eleições, passarmos às reformas necessárias na classe política, na classe castrense e nas Instituições do Estado. Com as eleições Legislativas e Presidenciais reabrimos as portas do País aos nossos apoiantes internacionais, que se acanharam ultimamente, fecharam as “torneiras” pela falta de segurança no País, falta de políticas transparentes, dentro de um sistema que deixa dúvidas em democracia.

Precisaremos de ajudas imprescindíveis no arranque pós-eleitoral no País. Ajudas humanas e tecnológicas essenciais (apoios especializados para a gestão eficiente do aparelho do Estado) que devemos pedir frontalmente, sem pestanejar, ajudas humanas (técnicos) e materiais para instituições públicas do Estado da Guiné-Bissau.

Basta de baixa política, queremos que a classe política mude o seu modus operandi, evitar fazer “queixinhas” à classe castrense (bóka-sinhúz). Os políticos devem ser os primeiros a cumprir e fazer cumprir regras da legalidade Democrática, mas DENTRO DO PARLAMENTO e não às escondidas – na mukur-mukur- com políticas a alinhar por baixo, fracas e com mentiras atrás de militares. Queremos políticos com transparência e frontalidade em Sede própria, ao serviço do Povo.

O Parlamento é a “arena” propícia ao diálogo e à comunicação entre e dos seus actores, usem-no e abusem dele para clarear ideias e projectos do País, o Povo agradece. Porque somente deste modo poderemos separar as fronteiras e actuações da classe política em relação à militar, separar os dois poderes institucionais dentro do Estado.

Não há razão para um “acasalamento” perverso e constante, que temos verificado ciclicamente entre políticos e militares, que normalmente termina mal ou origina conflitos no País. O parlamento é para o poder político e os quartéis para os militares.

O Golpe de Estado gera medo e desconfiança no País, consegue colocar em causa a certificação do Estado como pessoa de bem. Sabemos que o medo é “inspiração” do irracional, vive paredes meias com o perigo real, sabemos também, que nem tudo que receamos, é uma ameaça (humúlydyra dy lagartu, nunca nh’bórka kanua), no entanto fazemos pouco para evitar o mal, quando podemos cortar pela raiz de uma só vez!

O medo gera um efeito contagioso, ninguém está imune ao resultado, mas também nem todos se deixam contagiar por “fantasmas” alheios à sua estrutura mental.

Nôba kata pydy passadjú, alá hy’na bua ku bemtu pa bay (uma mentira posta a circular, parece que voa com o vento, e sem obstáculos), daí uma preocupação quando um acontecimento foge ao controlo racional, por ex. dinheiros desviados, pessoas desaparecidas, crimes, golpe de estado, boka-synhúz entre políticos e militares, etc.

Um facto e factor psicológico que gera a diferença neste momento de viragem na Guiné-Bissau, é - omedo de falhar desta vez – político, social e militarmente no País.

Se esta mudança falhar mais uma vez, teremos de enfrentar vários perigos sérios para o Estado e, não podemos falhar a República da Guiné-Bissau no caminho do futuro, esperemos que não, se os homens quiserem, a vitória é certa, viva a Guiné-Bissau!

Já tudo acontece no País numa proporcionalidade menor em relação a Países desenvolvidos, no que concerne ao mundo do crime (crimes de sangue, desaparecimento físico e morte, crime com explosão de engenho, tortura e abandono, tráfico de droga, etc) organizado.

No que há de negativo nisto, estamos avançados, mas para o que deve ser feito de bom para todos nós, o País mantem um índice de atraso de desenvolvimento fortemente penalizador para um novo arranque, com maiores dimensões sociais, económicas e industriais.

Crimes que indicam que há “maestros” rodeados dos seus fiéis à doutrina criminosa, são mandantes drogados de ideias próprias, que perderam a capacidade de escutar, não há nada de novo nas suas cabeças, nem tão pouco a identificação à figura de Estado.

Não acreditam nos outros (com novas ideias), atrapalham ou dizem asneiras, na tentativa de ver o ideal mafioso a liderar os destinos do País.

Falsos maestros que pensam que quem concordar com eles, estes serão os Guineenses mais inteligentes da Nação (má, bó fyga kanhóta)!

Estes “maestros são perigosos, tocam em “tons” subliminares, jogam sujo, fazem qualquer coisa para atingir objectivos nada claros, se for preciso, matam.

O País para eles está em segundo lugar, não se importam de vender a própria Mãe!

Mas o Povo não é rebanho de ninguém em particular, sobretudo de pastores adormecidos sobre o próprio umbigo, enquanto assistimos ao pastoreio a morrer de fome aos poucos, sob olhares duma cegueira propositada dos maus políticos da fita.

É preciso exorcizar este medo, derrubar a muralha e aceitar a transparência total nas escolhas para liderar os destinos da Guiné-Bissau. É urgente tudo isto, antes que “tudo” volte a correr mal e, pessimamente, desta vez.

Basta, no séc. 21 termos de suportar mentalidade machista no poder, falaciosa, duma visão sentimentalista da mulher Guineense, projectada no sofrimento à sua volta, dando a ideia de que ser mulher é fazer parte de sofrimento ou ter de “sofrer” calada, submissa à discriminação disfarçada num poder corrupto, poder sem respostas justas e adequadas à realidade de igualdade de direito entre a mulher e o homem.

Basta de símbolos de pobreza mental machista, incutindo na mulher a ideia de mãe-sofredora, como esposa-sofredora, gestora da família também em sofrimento, vista sempre como vítima, porque no meio desta hipocrisia machista, pretendem sim transformar a imagem de sofrimento da mulher, na imagem heroína, com ganhos secundários na aceitação no meio machista.

Mas é mentira que pretende “esconder” a mulher verdadeira, atrás do homem, permanecendo a eterna imagem da mulher na maternidade, no trabalho, na gestão do lar e na vida feminina, ser secundária e ter de sobreviver sempre atrás do “macho”, companheiro de trabalho ou, como esposa, e porquê, pense nisto.

Deixando antever duas versões, a primeira atrás do homem, para segurar as pontas, e a segunda, na frente mas sozinha, é todo o terreno, aqui o “homem” desapareceu, o homem ou marido, tudo que faça não chega a ser justamente valorizada.

Não pode a mulher Guineense continuar atrás da sua “cruz”, vista como segunda, porque se diz que “atrás de um grande homem, está uma grande mulher”, será assim?

Basta, chegou a hora da mulher Guineense deixar de ser “segunda”, deixar de ser a sofredora com ADN e destino traçado. Deixar de sofrer por “encomenda”, travar esta imagem falsa de fragilidade, imputada como prenda envenenada, quando na verdade é o motor activo e gestora da família na nossa sociedade!

Basta, chegou a hora da Mulher Guineense começar a mandar na Guiné-Bissau, passar a assumir cargos públicos de destaque nos Governos e nas Instituições a nível nacional. Romper com o pré-conceito machista existente no País, de uma vez por todas. Esta será uma vitória para Mulheres e Homens, com visão duma sociedade justa e progressista para o nosso Povo.

É preciso dar passos de gigante, com orelhas de “elefante”, ouvir a sociedade e escutar sua dor. O Estado, por exemplo, deve pedir perdão às famílias das vítimas de crimes de sangue, infligidos no território nacional por motivos políticos, de ódios, vinganças, e que ainda hoje, acontecem impunemente, como há décadas.

Mas qual é o mal em PEDIR PERDÃO como ponto de partida para uma nova etapa no relacionamento e comunicação social e familiar entre Guineenses?

Seria um reconhecimento dos erros cometidos, uma identificação à culpa, por impunidade da Justiça no País, e neste momento de mudança, lembramos que o Estado é pessoa de bem …, peça-o  por todos nós, Vª. Excia. Sr. Presidente da República (de transição) da Guiné-Bissau.

Basta porque sabemos fazer melhor, se acreditarmos nas nossas forças, pois venceremos sempre. Como disse, as eleições não são “varinha de condão” que resolvem tudo de uma só vez, mas são meio caminho andado, assinarmos todos, este compromisso de reentrada política na Democracia de Estado de Direito na Guiné-Bissau!

Sabemos dos sinais de violência no País, basta reflectirmos nos últimos acontecimentos já com as eleições à porta, no entanto, há espancamento selectivo ao cidadão comum e a alguns líderes visados no País. Que mais parece tudo isto uma “caricatura” ou síndrome de insegurança coincidentes, forjados para o efeito reactivo de provocar medo, diria que, estando patentes nos actos do espancamento, a intencionalidade maldosa e cobardia deste crime, i. é, levados a feito como um recado enviado sem “mensageiro”, mas com destinatários seguros na praça (que são os adversários políticos), para estes fazerem a leitura e a interpretação que lhe queiram dar!?

Esta acção reaccionária de abuso, maus tratos e ofensa moral dum dirigente no País, fere a imagem do Estado de Direito, é manifestamente uma intenção explícita de lançar inquietude e pânico no meio ambiente social e político.

O/s seu/s “maestro/s”, os inconformados que há décadas resistem à entrada do Estado de Direito no País, estão progressivamente fracassando no terreno.

Contra a força do Povo, não há reacionário que resista, acredite se quiser, resta ao reacionário, içar a bandeira branca e lutar pela Paz, ao lado do Povo Guineense, há lugar para todos, só.

Muitos líderes políticos, em desespero de causa, optaram por comportamentos reaccionários, tendo dificuldade crónica de aceitação do Modelo Democrático de gestão do Estado, através das Instituições públicas. O que vem comprovar que na “Coisa-pública” não parece que o seja para todos os indivíduos infelizmente. Daí esta tentativa de influenciar o poder pela máfia montada. Este sonho perverso de alguns “políticos”, mas penso que não voltarão a ser vividos, se o Povo estiver atento.     

Falsos maestros contra a Democracia plena, são resistentes à mudança, porque receiam perder o “poleiro”, disfarçam encapuçados por agora, não passam de conterrâneos revoltados, que perderam a sua continuidade no poder, preferem o País disfuncional, porque só assim podem fazer o que querem, pois eles não têm – O ADN DA DEMOCRACIA  – no aparelho mental, vivem contra a corrente, são revoltados e agem como obstáculos neste processo de desenvolvimento da República da Guiné-Bissau.

Aconselho por isso a terem esperança face à inclusão possível e nunca o seu contrário, esta mudança trará regras transparentes para todos, não deixará ninguém de fora, acredite, pense nisto e junte-se à corrente da Paz!

Julgo ser oportuno manifestar aqui um dos três receios meus em relação ao País, por agora, partilho apenas um deles, os três últimos passo-os para o abismo (o 1º está dado): são os últimos sinais desta confusão que culminou com o espancamento dum Ministro do Governo em pleno exercício do seu mandato de transição.

Um acto perpetrado  para criar “desconcentração” no controle da segurança, penso que levado a cabo com o objectivo de mover influências, para mudar as “pedras” do xadrez (pessoas nos cargos públicos) dentro do Estado.

Um golpe invisível mas muito grave, continua nesta guerra constante do poder pelo poder, constata-se num tabuleiro sem regras de jogo aceite pelos candidatos adversários, as regras são violadas constantemente, um caos.

BAKA KY-KATÉM RABU, DEUS KU TA BANAL - gado que não tem rabo, é Deus que o abana, vamos acreditar e manter pensamento positivo. Neste processo para mudança com todos sem excepção, “temos um preço certo a pagar”, que não deixa ninguém de fora, não haverá descriminação racista, xenófoba, tribalista ou outra.

O Emigrante não pode ficar para trás nunca mais, vamos acabar com a Diáspora fobia progressiva na cabeça de alguns. Um mal que dura há quarenta anos, e tem influenciado  Guineenses uns contra os outros.

Verificamos uma interacção hipócrita, com complexos de discriminação entre compatriotas residentes no território nacional em relação aos emigrantes (e vice-versa). Hoje ninguém tem dúvida acerca da importância da Diáspora Guineense espalhada no mundo, a necessidade da sua contribuição valiosa no projecto de desenvolvimento sustentado para o País?

Ao contrário do que alguns políticos apregoaram no passado e ainda hoje apregoam, semeando receios infundados, mas o Emigrante é forte, resistente, tolerante, de uma enorme sensibilidade na interacção social, é solidário. Tem sentimento de gratidão, de partilha, no que consegue reunir longe do seu País, ajuda familiares e amigos que ficaram para trás, ele come e guarda, com os olhos fixados nas “costas”, pensando no dia de amanhã. Mantem um olhar sofredor, com gente dentro para cuidar, um motivo para este olhar, muitas vezes apagado sem glória.

Uma prova de amor é a testemunha carimbada na alma, como compromisso assumido tanto no País de origem, como no País de acolhimento, que nunca caem no esquecimento, é este um dos aspectos positivo do perfil do Emigrante.

Uma realidade que não se apaga com a distância, é o coração com gente dentro mas que deixou para trás, parte da sua história de vida, de raízes profundas na família e na Pátria amada, são uma constante e nunca o seu contrário na sua cabeça.

Quando têm duas ou mais nacionalidades, neste processo de emigração, lutando por um lugar ao sol, convém lembrar, ele é acima de tudo, um Guineense como qualquer outro, dentro ou fora do País.

O emigrante merece uma atenção justa e com respeito. Não tira do seu País, pelo contrário, põe e investe materialmente na família, e se for o caso, na empresa. Não é um parasita, é um Guineense trabalhador que, embora fora do território nacional, investe e ajuda, faz parte do “grosso” positivo das divisas que entram através de transferências Bancárias. Merece carinho, respeito, tratamento justo, com igualdade de condições e de circunstâncias em relação ao seu conterrâneo que vive no território nacional. O Emigrante pode ter “quarenta” nacionalidades, mas, é um Guineense!

Devemos facilitar esta “reconciliação” de posições, como uma prioridade nacional. Acabar com a descriminação e xenofobia de que tem sido vítima o Guineense que vive na Diáspora e com dupla nacionalidade.

É bom lembrar que para muitos emigrantes a mudança de nacionalidade, corresponde à conquista de uma ferramenta imprescindível para a sua adaptação social e profissional no País de acolhimento.

Compreender isto é perceber o trajecto futuro de unidade sócio-profissioal para a Guiné-Bissau. Mas, por ironia do destino, o Emigrante constata que o seu próprio País lhe nega a condição de “dupla” nacionalidade, quando é obrigado a pedir um visto de entrada no território nacional da Guiné-Bissau, como se fosse estrangeiro, sempre que visita a sua terra natal.

Um acto lamentável ao qual devemos pôr fim o mais depressa possível, com vista a uma convivência sã, equilibrada e harmoniosa entre irmãos do mesmo berço.

É de recordar que, no entanto, o seu dinheiro e bens materiais transferidos para o seu País natal, não precisam de “visto” de entrada!

Tratando-se de dinheiro depositado nos Bancos sediados no País natal, falamos de milhões por ano em moeda estrangeira em depósitos através de transferências bancárias, pois então, camaradas, é altura de fazermos escolhas positivas e políticas mais correctas e justas em relação a esta discriminação em relação ao emigrante.

Permitir entrada do cidadão Guineense com dupla nacionalidade, sem pedido de visto. Melhorar o relacionamento institucional do Estado da Guiné-Bissau com a Diáspora Guineense seria óptimo, penso.

O preço a pagar por uma Guiné-Bissau no bom caminho é para todos, esta iniciativa poderá depender de quem vai estar no leme, necessariamente rodeado de boas escolhas para os lugares certos ou talvez não. Mas haverá sempre solução para uma nova escolha se a primeira não for acertada, usar a “lei” da substituição para o cargo ocupado, sempre que necessário for, até encontrar a melhor escolha possível entre muitos.

Não permitir jamais um “erro”, ganhar calos e permanecer por muito tempo, já vimos a incompetência viciar um lugar público durante décadas, como se o País não tivesse mais ninguém para ocupar o mesmo lugar?

O preço a pagar pode até não ser “certo”, mas será acertado constantemente ao longo do tempo, que for necessário para nos aproximarmos da excelência, na qualidade. Estamos certos de ter que pagar o desenvolvimento do País sem margem para duvidar, mas quanto, ainda ninguém sabe, vamos indo e vamos vendo…

Mais uma reflexão que vos deixo aqui camaradas, com humildade, a pensar na Guiné-Bissau, e espero que o tenham lido no melhor de cada um, engrossando o lote de possíveis soluções positivas para o País, abraços para todos. Aproveito ocasião para deixar os votos de um Santo Natal e Ano Novo próspero para todos nós, felicidades!

Djarama. Filomeno Pina.

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