O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, tendo tomado
conhecimento do conteúdo do acordo denominado “Aliança para a Unidade e Coesão
do PAIGC”, vem tornar público o seguinte:
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, sem prejuízo da sua
avaliação quanto ao mérito da iniciativa, respeita os esforços das diferentes
sensibilidades e correntes de opinião na busca de soluções para os inúmeros
problemas funcionais que Partido enfrenta, uma vez que a busca de alternativas
que minimizam o nível de conflitualidade e contribuam para um diálogo
construtivo constitui um dever de todos os militantes, sem excepção.
Contudo convém relembrar que as competência para proceder à correcção e
ajuste dos documentos a submeter à intenção do VIII Congresso Ordinário do
Partido, cabe à Comissão Nacional Preparatória criada pelo Comité Central,
sendo por conseguinte inaceitável que um punhado de Dirigentes, ainda que
bem-intencionados, tenham a veleidade de se propor usurpar e substituir o
referido Órgão Estatuário criando uma pretensa “Comissão Técnica Conjunta
para correcção e ajustes à proposta de Ante-Projecto de Revisão dos Estatutos,
do Regulamento Eleitoral e do Regimento do Congresso, à luz da presente Aliança”.
O Ante-Projeto Revisão dos Estatutos e a proposta Alternativa de Revisão
Pontual, com os comentários e subsídio que lhes foram aportados durante a sua
apreciação e discussão pelos militantes nas conferências sectoriais e
regionais, são os documentos base, não se podendo pretender, agora, forjar e
introduzir documento com elementos que não foram objecto da tramitação de
consulta previstas nos estatutos do PAIGC.
Para o nosso Projecto estas atitudes são actos de puro desespero e uma
clara tentativa de buscar de soluções ilegais que fazem antever uma clara
pretensa em tentar manipular os trabalhos do Congresso com a invenção de
textos preparatórios e normativos que sirvam as obscuras pretensões da dita
Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC.
Com este posicionamento e atitude tão claramente expostos pela Aliança para
a Unidade Coesão do PAIGC, esta facção demonstra claramente que não pretendem
nem a estabilidade interna do partido e consequentemente da Guine Bissau, mas
sim servir única e exclusivamente os seus interesses pessoais.
Levar por diante esta pretensão, está a Aliança para a Unidade Coesão do
PAIGC a criar todas as condições para a inviabilização do Congresso e
consequentemente o da não participação do PAIGC nos próximos embates
eleitorais, razão pela qual o Projecto “Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva” expressa a sua firme e irrevogável determinação de lutar
intransigentemente contra estes pressupostos atentatórios aos superiores
interesses da grande e esmagadora maioria dos militantes e simpatizantes do
PAIGC e de uma esmagadora maioria de guineenses que se revêm no nosso grande
Partido.
Outrossim, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, reafirma
a posição anteriormente manifestada sobre o modelo organizacional, preconizando
uma revisão pontual dos aspectos dos actuais estatutos que tenham sido causa
próxima de conflitualidade interna, reservando uma eventual revisão profunda
para um congresso extraordinário a convocar para o efeito.
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” condena as arbitrariedades,
discriminações e violações sistemáticas das mais elementares regras de
funcionamento do Partido e respectivos órgãos, atitudes essas que estão a minar
os valores de confiança e credibilidade do processo preparatório do VIII
Congresso Ordinário, bem com a coesão interna do Partido.
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” exorta as estruturas
competentes a absterem-se de comportamentos que tenham como resultado prático
os sucessivo e inadmissíveis adiamentos do Congresso, com o risco sério do
Partido não participar nas próximas eleições legislativas mascadas para 16 de
Março próximo. Caso tais comportamentos persistam serão tomadas medidas
preventivas tendentes a salvaguardar os superiores interesses dos militantes e
simpatizantes do partido e do povo da Guiné-Bissau.
O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” congratula-se com a
circunstância das demais candidaturas reconhecerem a necessidade de federar
numa aliança todos os projectos minoritários como forma de tentar contrariar a
vontade da maioria absolutamente inequívoca expressa nas assembleias de base,
conferências sectoriais e regionais e neste contexto, convém relembrar um facto
real, pois durante todo este processo, o nosso Projecto esteve sempre sozinho contra
todos e a assinatura desta Aliança só vem confirmar de facto e de jure o que na
prática sempre tivemos em conta, ou por outras palavras, foi oficializada a “queda
da máscara” e a instauração da estratégia “Todos contra um”.
Afinal de
contas a máscara caiu e o rosto dos que coligaram para lutar contra a herança
deixada por passado recente de liderança mostraram o que são na realidade,
gente sem escrúpulo e querendo o poder a todo o custo, mesmo pisando as mais
elementares regras ditadas pela ética e pela moral.
Normalmente
um velho ditado que citamos, diz que “quem tem telhado de vidro não atira
pedras ao vizinho” e por isso mesmo só queremos relembrar ao líder sucumbido de
uma frente que há menos de três semanas, em Cantchungo, Farim, Bafatá e mesmo
em Bubaque, camiões transportaram arroz, óleo de mancarra, para além de
dinheiro vivo que foram distribuídos aos delegados a olho nu e se tiverem a
ousadia de negar, apresentaremos provas destes factos.
Desde a
primeira hora o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e o
seu candidato Braima Camará foram categoricamente firmes em repudiar os
sórdidos e maquiavélicos planos traçados por uma Plataforma, cujos contornos
sinistros só visam perpetuar os que ontem atentaram contra os superiores
interesses do PAIGC e da Nação Guineense e cujos planos tiveram início com a
colaboração de uma Comissão de Textos cujos objectivos eram o de conseguir
chegar à Presidência do PAIGC, numa união entre oportunistas e “putchistas”.
Estávamos em
crer que muitos dos nossos camaradas, embora adversários numa luta que
pensávamos democrática para alcançar a liderança do PAIGC, jamais se
inclinariam perante o modelo proposto pelos veteranos, porque durante todo o
período das discussões em torno do modelo de liderança, defenderam sempre e em
voz alta a continuidade do que os actuais Estatutos definiam.
Afinal,
muitos dos nossos camaradas que sempre defenderam que a defesa do modelo
preconizado pelos Estatutos de Gabú só teriam um defensor, hoje quando estamos em
vésperas do nosso VIII Congresso Ordinário, eis que a máscara de Domingos
Simões Pereira, abandona a defesa desses Estatutos, porque os veteranos lhe
sussurraram que continuando sozinho jamais teria hipóteses de conquistar seja o
que for e a única condição seria o de aceitar integrar a Plataforma, como forma
de todos juntos, derrubarem o Projecto “Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva” e o seu candidato Braima Camará.
O Projecto
“Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e o seu candidato Braima Camará
estão de facto fortes e conseguiram conquistar a confiança dos militantes e dos
dirigentes do PAIGC, pois este Projecto nasce do interior do nosso Partido, de
uma candidatura de Camaradas, vinculada aos valores do PAIGC e sem sombra de
dúvidas trata-se de um projecto de democracia política, económica, social e
cultural, comprometido com a resolução dos problemas básicos do povo guineense,
especialmente nos domínios da educação, saúde, do saneamento, do emprego e do
combate à pobreza. Em suma, trata-se de uma candidatura que representa as
aspirações legítimas dos militantes do Partido e do povo guineense em geral.
É esta a
diferença que subsiste entre a Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC e o
Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”.
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