quinta-feira, 5 de junho de 2014

Os homens dos Media da Guiné-Bissau com olhos postos no próximo Ministro ou Secretário de Estado da Comunicação Social do governo Engenheiro Domingos Simões Pereira


Por, António Nhaga

Todos os homens dos Media da Guiné-Bissau estão agora, neste momento, com olhos postos no próximo Ministro ou Secretário de Estado da Comunicação Social do governo do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), porque o país não pode nem deve ser outra vez ser governado sem uma estratégia nacional de Comunicação para o Desenvolvimento, porque no âmbito dos Media, a Comunicação para o Desenvolvimento envolve a produção de uma notícia capaz de oferecer a sociedade a informação confiável e contextualizada, definir, de maneira pluralista, uma agenda de prioridades nos debates públicos e exercer um controle social em relação ao governo e ao público na esfera pública nacional.

Por outro lado, os estudiosos de Ciências de Comunicação do PAIGC devem também reconhecer, com certeza, como os outros estudiosos dos Media nacional que em virtude da mutabilidade dos géneros jornalísticos que acompanham o desenvolvimento das práticas jornalísticas, as necessidades da própria sociedade guineense em se adequar a realidade dos Media Sociais emergente onde os novos géneros jornalísticos têm outros caracteres, outros se reconfiguram ou desaparecem, é preciso definir, no nosso país, quem é jornalista e quem é o boateiro dos políticos.

Aliás, o novo Primeiro-Ministro Engenheiro Domingos Simões Pereira, num dos debates que participou, durante a campanha eleitoral, numa das Rádios da capital, garantiu que se vencer as eleições legislativas, o seu governo definirá claramente, no mundo dos Media nacional, quem será jornalista. Esperemos, nós os homens dos Media nacional, que o novo Primeiro-Ministro não se esqueça desta promessa tão importante para a nossa classe. Porque não queremos, na nossa classe as pessoas que contribuem para a perda da credibilidade e legitimidade profissional com a publicação de notícias descontextualizadas ou de boateiros propositalmente oportunistas que querem implantar no nosso país um novo género jornalística sem conhecerem academia dos Media nacional.

Não queremos, na nossa classe, “jornalistas de direitologistas”, mas as pessoas que pelo menos saibam distinguir a composição dos sujeitos comunicantes dos géneros discursivos jornalísticos e dos géneros jornalísticos “jornalitos”. Porque, neste pleno século XXI, quem não consegue, na esfera pública de uma Nação, distinguir esta composição dos sujeitos comunicantes dos géneros jornalísticos não pode ser jornalista para produzir uma notícia confiável e contextualizada que ofereça a qualidade de vida humana ao público. Porque não sabe nem saberá também distinguir os Factos dos Acontecimentos ou Reportagem do Noticia. Ou melhor ainda matéria jornalística quente da matéria jornalística fria.

O “jornalista de direitologista” está muito longe de saber que o ser humano quer sempre saber sobre o acontecimento duas coisas: estar informado e valorizar a informação que recebe das instituições dos Media de uma Nação. Não quer boatos descontextualizada, propositalmente oportunistas. O género jornalístico é uma espécie de produção territorial nacional que as vezes têm uma especificidade regional dentro do mesmo país. Eis a razão de haver uma estratégia nacional de Comunicação para o Desenvolvimento no novo governo do PAIGC liderado agora por jovem Engenheiro Domingos Simões Pereira.

Não é católico governar um país, como o nosso, que acabou de sair fresquinho de uma crise política, sem uma estratégia nacional de Comunicação para o Desenvolvimento. É caso para dizer, eis o perigo de se ter um público ignorante que consome boatos como notícia que julga lhe oferece uma qualidade de vida humana.

Esperemos que o novo Primeiro-Ministro, Engenheiro Domingos Simões Pereira se saiba que na governação de um país, as decisões são como comprimidos, têm que ser tomadas. Portanto, esperemos, nós homens dos Media nacional, que tome decisão de definir de uma forma clara inequívoca quem é jornalista na Guiné-Bissau.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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