Por, António Nhaga
Todos os homens dos Media da Guiné-Bissau estão
agora, neste momento, com olhos postos no próximo Ministro ou Secretário de
Estado da Comunicação Social do governo do Partido Africano para a
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), porque o país não pode nem deve
ser outra vez ser governado sem uma estratégia nacional de Comunicação para o
Desenvolvimento, porque no âmbito dos Media, a Comunicação para o
Desenvolvimento envolve a produção de uma notícia capaz de oferecer a sociedade
a informação confiável e contextualizada, definir, de maneira pluralista, uma
agenda de prioridades nos debates públicos e exercer um controle social em
relação ao governo e ao público na esfera pública nacional.
Por outro lado, os estudiosos de Ciências de
Comunicação do PAIGC devem também reconhecer, com certeza, como os outros
estudiosos dos Media nacional que em virtude da mutabilidade dos géneros
jornalísticos que acompanham o desenvolvimento das práticas jornalísticas, as
necessidades da própria sociedade guineense em se adequar a realidade dos Media
Sociais emergente onde os novos géneros jornalísticos têm outros caracteres,
outros se reconfiguram ou desaparecem, é preciso definir, no nosso país, quem é
jornalista e quem é o boateiro dos políticos.
Aliás, o novo Primeiro-Ministro Engenheiro Domingos
Simões Pereira, num dos debates que participou, durante a campanha eleitoral,
numa das Rádios da capital, garantiu que se vencer as eleições legislativas, o
seu governo definirá claramente, no mundo dos Media nacional, quem será
jornalista. Esperemos, nós os homens dos Media nacional, que o novo
Primeiro-Ministro não se esqueça desta promessa tão importante para a nossa classe.
Porque não queremos, na nossa classe as pessoas que contribuem para a perda da
credibilidade e legitimidade profissional com a publicação de notícias
descontextualizadas ou de boateiros propositalmente oportunistas que querem
implantar no nosso país um novo género jornalística sem conhecerem academia dos
Media nacional.
Não queremos, na nossa classe, “jornalistas de
direitologistas”, mas as pessoas que pelo menos saibam distinguir a composição
dos sujeitos comunicantes dos géneros discursivos jornalísticos e dos géneros
jornalísticos “jornalitos”. Porque, neste pleno século XXI, quem não consegue,
na esfera pública de uma Nação, distinguir esta composição dos sujeitos
comunicantes dos géneros jornalísticos não pode ser jornalista para produzir
uma notícia confiável e contextualizada que ofereça a qualidade de vida humana
ao público. Porque não sabe nem saberá também distinguir os Factos dos
Acontecimentos ou Reportagem do Noticia. Ou melhor ainda matéria jornalística
quente da matéria jornalística fria.
O “jornalista de direitologista” está muito longe de
saber que o ser humano quer sempre saber sobre o acontecimento duas coisas:
estar informado e valorizar a informação que recebe das instituições dos Media
de uma Nação. Não quer boatos descontextualizada, propositalmente oportunistas.
O género jornalístico é uma espécie de produção territorial nacional que as
vezes têm uma especificidade regional dentro do mesmo país. Eis a razão de
haver uma estratégia nacional de Comunicação para o Desenvolvimento no novo
governo do PAIGC liderado agora por jovem Engenheiro Domingos Simões Pereira.
Não é católico governar um país, como o nosso, que
acabou de sair fresquinho de uma crise política, sem uma estratégia nacional de
Comunicação para o Desenvolvimento. É caso para dizer, eis o perigo de se ter
um público ignorante que consome boatos como notícia que julga lhe oferece uma
qualidade de vida humana.
Esperemos que o novo Primeiro-Ministro, Engenheiro
Domingos Simões Pereira se saiba que na governação de um país, as decisões são
como comprimidos, têm que ser tomadas. Portanto, esperemos, nós homens dos
Media nacional, que tome decisão de definir de uma forma clara inequívoca quem
é jornalista na Guiné-Bissau.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a
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