Os
governos português e da Guiné-Bissau firmaram, esta segunda-feira, um acordo
para a retoma das ligações aéreas entre a capital portuguesa e Bissau,
interrompidas desde dezembro passado.
O
protocolo foi firmado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui
Machete, e pelo homólogo guineense, Mário Lopes da Rosa, em Lisboa, na presença
dos primeiros-ministros dos dois países, Pedro Passos Coelho (Portugal) e
Domingos Simões Pereira (Guiné-Bissau), respetivamente.
As
ligações aéreas Lisboa-Bissau foram interrompidas em dezembro passado, depois
de as autoridades de transição guineenses terem forçado o embarque num avião da
TAP, com destino à capital portuguesa, de 74 cidadãos sírios com passaportes
ilegais.
Após
a assinatura do acordo, Rui Machete sublinhou que a «reposição da ordem
constitucional» na Guiné-Bissau permitiu resolver «o reforço de segurança» no
país, «dando garantias de que incidentes como o ocorrido em dezembro passado
não mais acontecerão».
«Esperamos
que a TAP possa retomar os voos logo que tenha condições para o fazer»,
acrescentou, sublinhando que este é um «momento de esperança na Guiné-Bissau».
O
governante sublinhou, ainda, que, em parceria com o Infarmed, foram recolhidas
15 toneladas de medicamentos, que deverão ser transportadas para a Guiné-Bissau
para suprir as necessidades da população.
VOOS RETOMADOS A 26 DE OUTUBRO
Em
declarações aos jornalistas, o presidente da TAP, Fernando Pinto, adiantou que
a companhia aérea irá retomar os voos Lisboa-Bissau a 26 de outubro próximo,
com três ligações semanais.
«Acabámos
de assistir à assinatura do protocolo, onde há uma cooperação no controlo de
fronteiras e isso é fundamental», sublinhou.
Fernando
Pinto adiantou que os voos da TAP para Bissau passarão a ter «um agente português»
que fará a «verificação dos passaportes» dos passageiros.
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