quarta-feira, 30 de julho de 2014

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, presta declarações sobre deslocação ao estrangeiro



O primeiro-ministro da Guiné-Bissau convocou hoje a imprensa para prestar declarações sobre a sua recente missão a Bruxelas, capital europeia, a sua participação na cimeira da CPLP, realizada em Díli, Timor-Leste, e os contactos efectuados com as autoridades portuguesas a nível da cooperação bilateral.

No encontro com os jornalistas, Domingos Simões Pereira evidenciou a importância da sua presença na capital europeia, marcada por várias negociações com os comissários europeus, nomeadamente os das Pescas, dos Assuntos Políticos e o comissário para o Desenvolvimento.

Em Bruxelas, o ponto mais alto da sua agenda foi a reunião com Durão Barroso, comissário da União Europeia, que anunciou, segundo o Chefe do Governo, uma ajuda orçamental e outros programas de desenvolvimento, no valor de 60 milhões de euros.

Antes de deixar a Europa e partir para Díli, a segunda etapa da sua missão no estrangeiro, o primeiro-ministro revelou que manteve uma reunião, à distância, com o Presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, o brasileiro António Patriota, a quem apresentou a proposta de apoiar o estabelecimento de uma Agência guineense de Planeamento Estratégico. Um plano que o diplomata brasileiro ao serviço da ONU mostrou predisposição em ajudar na sua efectivação.

Já em Díli, à margem da Cimeira da CPLP, além dos titulares estatais dos países da comunidade, o Chefe do Governo reuniu-se com os responsáveis governamentais da delegação da Singapura. De acordo com Domingos Simões Pereira, aquele país asiático apresenta muitos exemplos que podem ser aproveitados pela Guiné-Bissau, sobretudo no domínio de planeamento e saneamento urbano. Recordou que nos anos 1950 a 1960 a Singapura tinha uma situação idêntica à da capital guineense, com graves problemas de urbanização de bairros e mercados. E hoje é uma referência na planificação urbana, meio ambiente e comércio. São referências interessantes que a Guiné-Bissau vai aproveitar, disse o primeiro-ministro, que, neste sentido, perspectiva encontros com autoridades governamentais da Singapura.

Da cimeira da CPLP em Díli e de regresso ao país, Domingos Simões Pereira parou em Lisboa, onde desbloqueou a situação de cancelamento dos voos da Transportadora Aérea Portuguesa para Bissau. Assim, a partir do próximo Outubro a TAP retoma os seus três voos semanais para a capital guineense.

Entretanto, no plano da cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal, de acordo com Simões Pereira, em resposta ao SOS lançado pelo Governo no sentido da reposição do seu «stock» de medicamentos ao abrigo do programa de emergência sobre a ébola e outras epidemias, o governo português vai enviar nos próximos dias para Bissau 15 toneladas de medicamentos. Uma ajuda que permitirá, assim, ao Ministério da Saúde guineense estar em condições e à altura de enfrentar tais situações de urgência.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro guineense falou também sobre a supressão de vistos de entrada de certas categorias de pessoas nos países que fazem parte da CPLP. Sobre esta situação, lembrou que todos os países ratificaram o documento excepto a Guiné-Bissau

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