Nada melhor que consultar arquivos, ler, tentar perceber tudo, antes de nos pronunciarmos sobre o que desconhecemos, por teimosia, por aventureirismo, por protagonismo, etc., etc. Procuro sempre estar informado/esclarecido, para formar ideia sobre algo a que me proponho debater/discutir! O que tenho vindo a defender sobre a independência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, também já tinha sido defendido, num outro contexto, pelo anterior Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, José Medina Lobato.Posto isto, fico por aqui, neste debate, pois perante factos, não há argumentos. Ou sabemos o que estamos a debater, ou então, estamos a perder tempo. Se não há dinheiro na Federação, certamente não é por falta de apoio financeiro da FIFA... Obrigado! Didinho
Desculpem a intromissão, com respeito e consideração
pela iniciativa questiono: o que é que se pretende com o Movimento Pró Futebol?
Quem pode mudar o Futebol federado da Guiné-Bissau
para além da Federação de Futebol da Guiné-Bissau?
A Federação é estruturada pelos clubes associados,
que dela fazem parte e não pelos movimentos sociais de propensão desportiva,
concretamente ao futebol. Só os associados da Federação, tendo presente os
Estatutos da própria Federação de Futebol da Guiné-Bissau, podem proporcionar
mudanças na Instituição que pertencem e mais ninguém, que isso fique bem claro,
meus irmãos e amigos. Imagine-se um Movimento pró- Benfica ou Sporting etc.,
etc., a querer mudar algo relativamente a esses clubes?
Ou um Movimento pró- PAIGC a querer mudar algo
relativamente ao PAIGC ou qualquer partido político...
Penso que devemos ler o essencial da Federação
Internacional de Futebol (FIFA) antes de nos aventurarmos em assuntos que
apenas contribuem para dividir ainda mais os guineenses.
Diz-se que o Futebol une as pessoas. É verdade, até
certo ponto. Mas pergunto, quantos e quais são os guineenses que têm acesso aos
bilhetes de ingresso aos estádios, para assistirem um jogo de futebol?
Provavelmente com o custo do bilhete, a maioria dos
guineenses opta por comprar um pão, um litro de leite e outros géneros
alimentícios, estou errado?
Como é que se pode envolver tanto, de forma
equivocada, a meu ver, com o Futebol federado, que é um Negócio, com estruturas
próprias que não passam por nenhuma aprovação do Governo e que não têm contas a
prestar a nenhum "eleitorado", que não aos sócios da própria
Federação de Futebol da Guiné-Bissau e à FIFA?
Porque é que se pretende fazer do Futebol federado
um problema nacional, quando o Estado, na pessoa representativa do poder
executivo que é o Governo, não tem, no futebol, funções e actividades de
obrigação?
Imaginemos outros sectores cujas entidades não sendo
públicas, são de direito privados, como uma Televisão privada, uma rádio
privada, as Igrejas e tantas entidades privadas, incluindo os clubes de
futebol. Alguém, para além dos associados e dos órgãos sociais dessas
entidades, tem o direito de mudar algo nessas instituições, apenas porque, os
resultados não são de agrado do público?
Está na hora de pensarmos um pouco mais com a cabeça
e não, com o coração...! Peço desculpa se feri sensibilidades, mas sou um Homem
do debate de ideias e não resisto à tentação, ciente de que, a minha opinião
não vale mais do que qualquer outra opinião, mas que ajuda a exercitar mentes,
num contexto de diversidade de pontos de vista. Obrigado e um abraço a todos.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou
outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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