O parlamento da Guiné-Bissau elegeu, hoje, o
deputado Amizade Fara Mendes como novo presidente do conselho de administração
e pediu-lhe rigor e eficácia na gestão dos fundos que são postos à disposição
pelo governo.
No seu discurso, o presidente da Assembleia Nacional
Popular (ANP), Cipriano Cassamá, pediu ao novo presidente do conselho de
administração daquele órgão para que tenha em atenção a preparação das despesas
e necessidades do órgão para que possam ser inseridos na dotação orçamental.
Cassamá disse compreender as dificuldades
financeiras do país, mas também chamou a atenção do conselho de administração
no sentido de "não descurar as reais necessidades" do Parlamento
"para que tenha um bom funcionamento".
No partido vencedor do último escrutínio, o antigo secretário
de estado da Informação na década noventa, Califa Seidi substitui Rui Diã de
Sousa, na liderança da bancada.
No lado do PRS, o antigo Ministro dos Recursos
Naturais Certório Biote, substitui, Serifo Djaló, actual 1º Secretario da ANP.
Amizade Fara Mendes, antigo diretor-geral de
alfândegas, é deputado eleito pelo Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC, no poder) e foi escolhido com 90 votos a favor, dois contra
e nenhuma abstenção.
O conselho de administração do Parlamento guineense
funciona com nove elementos, entre os quais o presidente, tem a competência de
gerir os fundos postos à disposição pelo Governo e zela ainda pela logística do
hemiciclo.
Os restantes oito membros serão nomeados entre os
deputados das duas principais bancadas, o PAIGC e o Partido da Renovação Social
(PRS).
Também hoje, naquela que foi a primeira sessão
extraordinária do novo parlamento guineense, ficou decidido que o PAIGC irá
indicar os nomes das figuras que vão liderar cinco das nove comissões especializadas
permanentes da assembleia e o PRS quatro.
Entre as comissões especializadas anunciadas pelo
presidente da ANP, destaca-se a comissão especializada permanente de Ética
Parlamentar.
Segundo Cipriano Cassamá, a comissão de Ética
Parlamentar foi reativada "depois de muitos anos de inoperância", não
só para "moralizar o comportamento dos deputados, como de todos os
servidores do Estado", notou.
A comissão permanente (não especializada) dedicada
ao próprio Parlamento foi também anunciada.
É composta por 15 deputados, sete do PAIGC, cinco do
PRS, o presidente e mais dois vice-presidentes da mesa da ANP.
Cipriano Cassamá considera as comissões hoje
apresentadas "a força motriz" do parlamento guineense.
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