"Conseguimos identificar nas mãos de
cidadãos, entre civis, militares, antigos combatentes, deputados e juízes, 24
espingardas automáticas AKM, 107 pistolas e uma espingarda SKS", referiu
Estevão Mendes, chefe adjunto da Divisão Técnica e de Armamento, ao jornal
oficial do Estado Maior distribuído esta semana.
Depois de recolhidos os dados sobre os
portadores das armas, estes vão ser apresentados ao Chefe do Estado-Maior,
Biaguê Na N'Tan, "a quem compete dar a ordem de retirar ou não essas
armas".
Na mesma ação foram recuperadas 40
espingardas automáticas AKM, 14 pistolas Mauser e outras 14 espingardas
semiautomáticas de diferentes tipos.
A campanha decorreu entre março e maio e
Estevão Mendes admite que os números possam ainda aumentar com mais dados sobre
armas registadas e recolhidas no interior do país.
"As armas de guerra existem em grande
quantidade, espalhadas pelas mãos de civis, devido às crises verificadas"
na Guiné-Bissau, referiu.
A ação realizada este ano tenta acabar com
"o perigo que isso representa para a segurança e consolidação da
paz".
Mesmo fora da campanha, as chefias
militares encorajam ao registo ou entrega voluntária de armamento, porque, de
outra forma, os portadores poderão ser sujeitos a "sanções
judiciais", alertou Estevão Mendes.
Essas punições "podem até afetar os proprietários
das casas onde for encontrada uma arma".
A entrega ou registo de armas pode ser
feita na sede do Estado Maior, no quartel da Amura, em Bissau ou em qualquer
unidade militar no país.
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