quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau identificou armas dispersas pela população


O Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau identificou mais de 100 pistolas e recuperou 40 espingardas automáticas no âmbito de uma campanha de registo e recolha de armas dispersas pela população, anunciou a chefia militar.

"Conseguimos identificar nas mãos de cidadãos, entre civis, militares, antigos combatentes, deputados e juízes, 24 espingardas automáticas AKM, 107 pistolas e uma espingarda SKS", referiu Estevão Mendes, chefe adjunto da Divisão Técnica e de Armamento, ao jornal oficial do Estado Maior distribuído esta semana.

Depois de recolhidos os dados sobre os portadores das armas, estes vão ser apresentados ao Chefe do Estado-Maior, Biaguê Na N'Tan, "a quem compete dar a ordem de retirar ou não essas armas".

Na mesma ação foram recuperadas 40 espingardas automáticas AKM, 14 pistolas Mauser e outras 14 espingardas semiautomáticas de diferentes tipos.

A campanha decorreu entre março e maio e Estevão Mendes admite que os números possam ainda aumentar com mais dados sobre armas registadas e recolhidas no interior do país.

"As armas de guerra existem em grande quantidade, espalhadas pelas mãos de civis, devido às crises verificadas" na Guiné-Bissau, referiu.

A ação realizada este ano tenta acabar com "o perigo que isso representa para a segurança e consolidação da paz".

Mesmo fora da campanha, as chefias militares encorajam ao registo ou entrega voluntária de armamento, porque, de outra forma, os portadores poderão ser sujeitos a "sanções judiciais", alertou Estevão Mendes.

Essas punições "podem até afetar os proprietários das casas onde for encontrada uma arma".

A entrega ou registo de armas pode ser feita na sede do Estado Maior, no quartel da Amura, em Bissau ou em qualquer unidade militar no país.

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