José Mário Vaz começou por falar da
necessidade de viabilizar o país, garantindo não querer ver cair o actual
Governo e que “tudo não passa de especulações”.
Para o Chefe de Estado guineense, “as
especulações, os rumores e as insinuações existem porque se trabalha muito
pouco no país”. Mas, Mário Vaz reafirmou a sua intenção de fazer tudo para
“desbloquear o país”, tendo exortado o Governo para “continuar a trabalhar”.
José Mário Vaz lembrou aos deputados e à
nação dos seus esforços em “mudar a imagem do país”. A intenção do Presidente
da República é, nas suas palavras, “continuar a mobilizar financiamentos para o
desenvolvimento da Guiné-Bissau”.
Nesta ordem de ideias, Mário Vaz disse
nunca ter constituído “um motivo de bloqueio para o governo” e para o
cumprimento da justiça, no seio da sociedade guineense.
Houve também momentos de frontalidade
durante a intervenção do Chefe de Estado. Por exemplo, no ponto de vista de
Mário Vaz, “a necessidade de visibilidade política” interna e internacional
terá sido um factor que tem “minado as relações entre os órgãos da soberania”.
Desde que entrou em funções, um pouco
mais de um ano, o Presidente da República tem tecido várias críticas à
governação, à justiça e à sociedade guineense em geral. Esta sexta-feira, na
ANP, José Mário Vaz disse não compreender a razão porquê muitas pessoas se
mostram “incomodadas” face às suas “interrogações” quanto ao desempenho do
actual governo.
No final da sua intervenção, o Chefe de
Estado guineense reiterou o seu slogan de “mais mãos na lama”, mas desta vez,
com um pormenor: tirar as mãos dos “bolsos”, numa clara alusão à corrupção e à
preguiça. “Não conheço nenhum país do mundo” onde se pode alcançar uma economia
sustentável “tendo uma função pública que trabalhe apenas por quatro ou cinco
horas”, denunciou, mais uma vez, o Presidente da República da Guiné-Bissau.
A intervenção de Mário Vaz, numa sessão
especial do parlamento guineense, aconteceu numa altura em que se fala de
muitas divergências institucionais entre os três mais importantes órgãos da
soberania nacional: a Presidência da Republica, a Primatura e a ANP.
Muitos analistas guineenses e a imprensa
nacional acreditavam na iminência da caída do Governo liderado por Domingos
Simões Pereira, numa altura em que este completa seu primeiro ano no poder.
Em consequência disso tudo, nos últimos
dias tem-se registado várias iniciativas e “movimentos” que visam apaziguar as
tais “tensões” entre José Mário Vaz, o primeiro-ministro, Domingos Simões
Pereira, e o líder do parlamento guineense Cipriano Cassama. Aliás, na última
semana, os órgãos do PAIGC, o partido no poder, assim como a ANP aprovaram
moções de apoio ao Governo de Domingos Simões Pereira.
Para além dos deputados da nação e das
chefias militares, estiveram também presentes na ANP vários representantes do
corpo diplomático acreditados em Bissau, assim como das instituições
internacionais acreditadas na Guiné-Bissau.
A notícia foi avançada pelo Gbissau, um
site de notícias, actualidades e opiniões sobre a Guiné-Bissau e as suas
comunidades espalhadas pelo mundo
Filomeno Pina Sempre disse que "nem tudo que parece, é"! Esperemos que tudo passe agora a uma nova categoria e, com realismo demonstrativo de boa vizinhança e cooperação... Viva Guiné-Bissau. Djarama. Filomeno Pina.
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