Não dá para acreditar como chegamos a
este plano inclinado, no pleno século XXI.
Que futuro para o país e a geração
futura?
Perante a iminência de uma ruptura constitucional
e social, não sei oque será da nossa Guiné-Bissau nos próximos tempos. Todos
históricos problemas da corrupção, luta pelo poder e da criminalidade, têm
origem no seio do PAIGC.
O
calor constante deste conflito, não nos pode substituir o direito a respeito, a
dignidade e o rumo a tomar enquanto um povo.
O abuso de intolerância interpretativa
das leis, perante diversas conveniências políticas, tem dividido o PAIGC e a
própria a opinião pública. O país tem o défice em todas áreas e particularmente
na política. Cada político pensa que ele é a constituição da República, ao qual
todos nós devemos seguir e respeitar.
O PAIGC é incapaz de corrigir e aprender
com experiência recente; vive no mundo anormal a Democracia onde não cabem a
constituição, direitos e sonhos do povo Guineense.
Dantes e até agora, os tribunais estão
virados para os pobres, adversários políticos e não para instituições da República.
É chegado a hora de Justiça socorrer o país e reabilitar a Democracia enquanto
portão principal da dignidade da convivência Humana.
O povo Guineense tem direito a Paz,
Desenvolvimento e a Verdade.
Cabe ao judiciário a completa isenção de
ânimos para nos garantir o estrito cumprimento das leis do país. A Democracia é
a justiça e não ao contrário como tem sido com os actuais dirigentes do PAIGC.
O PAIGC perdeu o fervor moral da
história da nossa Independência. A sigla desta formação política, serviu de
esconderijo de certos grupos, para roubar aquilo que é de todos. Dos poucos
verdadeiros donos do PAIGC que restam, foram empurrados para absoluta pobreza.
O país está paralisado há três anos, por
culpa da agenda política das três pessoas: O José Mário Vaz, Domingos Simões Pereira
e o Cipriano Cassama. Infelizmente pertencem a mesma formação política. A
partir da década 80, o PAIGC, perdeu o rumo do seu objectivo e passou para o
lado errado da história até data presente. Houve contaminação forte de vírus de
calúnias, intrigas e de corrupções em todo o aparelho de Estado e acabando
afectar todas as forças vivas do país incluindo o próprio povo. Não é
impossível mas, vai ser muito difícil reabilitar aquela mentalidade que rege o princípio
do Homem Guineense onde a palavra é desígnio da confiança. A custo do pão nosso
de cada dia, passamos a ser os camaleões do regime, onde a luta pela
sobrevivência se sobrepor ao princípio.
Dá
para perguntar: como é possível um grupinho de pessoas conseguem adormecer
quase todo o Povo em nome da Democracia? Conseguem sim, manipular o povo e
saltando para fora do campo, fazendo o papel de vítima.
O PAIGC tem sempre, uma estrutura
egoísta, que não se importa com o seu povo. Quantas mediações foram feitas e o
bom senso não se reine até presente data. Quantos Governos formaram e demitidos
no intervalo deste pouco tempo? O segredo e a imagem do Estado foram
transformados em negócios de feira de Bandim e de bantabás internacionais com
custos irreparáveis...
Já temos o novo governo, pelo visto não
terá as pernas de andar, diante de muitas nuvens de incerteza na Assembleia de
Cassama. A dor da culpa do PAIGC é infinita, e quem somente insiste a escrever,
certamente aumentará a dor em nossa consciência.
Com a maioria qualificada ou ainda com
todos 102 deputados do parlamento Guineense como aconteceu nesta legislatura,
esta formação política jamais governará o nosso país. Provou no isso N vezes.
Se não fomos nós, a governar, mais ninguém governará.
É muito importante acordar de verdade,
erguer a cabeça e ter a consciência de chamar a razão o nosso torturador. Em
todas culturas, os momentos fortes de alegrias e união se celebra com festa
onde a partilha de sentimentos, são sinais de convivência em comunhão. Foi o
que aconteceu com a nossa Selecção Nacional ao acordar o País com o seu feito
inédito no CAN. Única esperança que alimenta a nossa alma e união. Um marco histórico
e fenomenal.
Merecidamente, o meu eterna respeito e o
tributo da minha admiração.
Que o novo ano, seja de Paz e de Unidade
Nacional e que o senhor vos abençoe!
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não
vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões
neles expressas.
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