sábado, 17 de março de 2018

“Sobre preconceito, intolerância e desumanização”

"Este não é um fenômeno recente. Este é um fenômeno bastante antigo na mente humana. A habilidade de desumanizar os outros, para assim conseguir tratá-los da maneira que se desejar. Fazemos com que pessoas de raças diferentes, de alguma maneira, sejam menos humanas. Entende? E assim você pode tratá-las como quiser."
problema — termos ignorados completamente e negligenciado metade da raça humana por muitos séculos e milênios…
Por, Jetsunma Tenzin Palmo
Este não é um fenômeno recente. Este é um fenômeno bastante antigo na mente humana. A habilidade de desumanizar os outros, para assim conseguir tratá-los da maneira que se desejar. Fazemos com que pessoas de raças diferentes, de alguma maneira, sejam menos humanas. Entende? E assim você pode tratá-las como quiser.

E o que é interessante é, mesmo em comunidades religiosas consideradas iluminadas, ou que se esforçam para ser, como este problema, esta discriminação total nunca foi questionada, durante todos esses séculos. E continua até hoje, em muitas religiões, em que as mulheres ainda lutam para terem voz. Além do mais, todos os textos foram escritos por homens, para homens. E frequentemente apresentam as mulheres como sendo o mal em pessoa, de quem os homens precisam se proteger.

Essa discriminação existe há muito, muito tempo. E até que tomemos consciência dela, até que comecemos a de fato ver que é isso o que temos feito, e que isso é um problema, nós não buscaremos uma solução. Nós apenas considerarmos tudo isso muito natural. Porém, assim que comecemos a reconhecer o que está acontecendo e que isso é realmente um grande problema — termos ignorados completamente e negligenciado metade da raça humana por muitos séculos e milênios…


Na verdade, essa é a razão pela qual o mundo está tão desequilibrado. Aí sim, poderemos pensar a respeito disso e algo então poderá ser feito. Mas é muito profundo. O racismo e a desigualdade de gêneros são temas sobre os quais podemos intelectualmente pensar, mas é muito mais profundo do que isso. Eu acho que demandará um grande esforço para que as pessoas realmente reconheçam seus próprios preconceitos mais profundos. E os superem.

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