domingo, 13 de janeiro de 2019

PRS, uma solução vanguarda para a normalização e desenvolvimento da Guiné – Bissau


Partido para a Renovação Social é um partido aberto a todas as formas de diálogo, baseadas no respeito mútuo e visando o estabelecimento de relações que tenham em primeiro lugar os princípios inalienáveis de igualdade e de auto-determinação do povo guineense.

Por, Dr. Uffé Vieira

Na ocasião de mais um aniversário da fundação do Partido da Renovação Social, que irá celebrar no dia 14 de Janeiro de 2019, quero reconhecer por intermédio deste artigo, a grande evolução quer pela qualificação institucional e bem como pela coerência, maturidade na abordagem, capacidade de posicionamento e na condução da administração pública, o que contribui grandemente na projecção de um PRS renovado, capaz e suficientemente preparado para constituir uma alternativa indiscutível para a solução da governabilidade do país, ou seja, o mais bem posicionado para garantir as premissas de estabilidade sociopolítica e a boa gestão da Administração Pública, susceptível de assegurar com satisfação as necessidades coletivas prementes.

O progresso registado no seio do Partido da Renovação Social é fruto de um trabalho meritório da sua liderança, que soube interpretar a situação social em cada momento, diagnosticar suas causas e elaborar estratégias realísticas, e implementar acções com pragmatismo e sensatez. O PRS ousou promover reformas concretas, baseadas na igualdade, razoabilidade e tolerância ideológicas, o que permitiu uma base ideológica sólida livremente aceite por todos os membros veteranos do partido, permitindo, assim uma convivência harmoniosa, baseada no respeito pela diferença, no reconhecimento individual, na empatia com o outro e propiciadora de um ambiente estável, de benefício mútuo, reconhecedora da força e das capacidades da juventude na continuação do grande e desafiante projecto de construção e consolidação da democracia na Guiné-Bissau.

Para a consecução dos desideratos acima mencionados o PRS, desde a sua fundação compreendeu que era essencial promover um modelo de relacionamento interno baseado na tolerância das diferenças sociais e culturais dos seus militantes, alicerçados em princípios sólidos de igualdade, da não descriminação e da tolerância, inculcando para tal, valores de respeito da diferença, da solidariedade e da primazia do espírito colectivo na prossecução das suas acções.

Esta forma de ser e de estar tem blindado o PRS de ameaças de fricções, dando-lhe a possibilidade de encontrar sempre respostas à altura para ultrapassar as provações que lhe têm interpelado, porque criou as bases sólidas para garantir que a compreensão ideológica dos seus princípios e valores por parte da esmagadora maioria dos seus membros é o maior mecanismo disciplinador das relações internas numa estrutura partidária que se quer democrática.

Mas tudo isto não impediu o PRS de evoluir, muito pelo contrário, deu-lhe umas capacidade e flexibilidade extraordinárias de adaptação às realidades socio-culturais em constante mutação, como ilustra os factos abaixo descritos:

1. A (re) consagração da raíz ideológica do PRS - de Esquerda para Centro que culminou com a sua entrada na família dos Internacionais Democratas Centristas, um fórum internacional de grande relevância política, capaz de projectar a sua imagem internacional e constituir espaços de troca e aprendizagem mútuas, catalisadores da consolidação das suas bases e estruturas tanto interna quanto internacionalmente;

2. A autodestruição de preconceito sobre a etnicização e ruralidade do partido e a forte integração do PRS nas zonas urbanas, favorecida com política de inclusão nacional e de valorização da juventude;

3. A mudança da retórica política ancorada ao discurso de pacificação social, de promoção de valores sociais e universais e, sobretudo de incentivo à uma mudança de paradigma social que preza os valores de trabalho, de respeito pela democracia e o estado de direito – tem seguido a estratégia do partido que, uma vez consolidadas as suas estruturas internas, parte para o passo seguinte de promover a coesão nacional, baseado nos princípios e valores que defende;

4. A boa imagem de participação dos membros do partido nos governos, no concernente a boa gestão, capacidade de resultados e o respeito pelas leis;

5. A valorização do capital humano tanto rural quanto urbano, dando-os o mesmo de espaço de conivência sociopolítico, a mesma oportunidade social de educação, participação política e emprego, sem complexo de elite que estratifique no seu seio os militantes da primeira, segunda ou terceira categoria e muito menos promotora de falsas legitimidades históricas, ou qualquer outra categorização que só contribuam para a segregação da organização;

6. O contributo na estabilização do ambiente sociopolítico geral no país, com a boa participação nos diferentes governos e espaços de diálogo que visam a criação de ambiente de paz e da confiança nacional;

7. Promoção da boa governação através de melhorias de serviços públicos nos setores vitais da Administração Pública nomeadamente, no Setor da Energia com a estabilização e expansão da energia eléctrica na Bissau e no interior do país, aumento salarial, aumento de preço de castanha de cajú, etc.

8. A defesa intransigente de recursos naturais e de interesses do Estado guineense, negando contratos de indecentes e providenciando recursos apropriados para vigilância permanente da nossa área económica exclusiva, para a salvaguarda deste modo, dos ditames do desenvolvimento sustentável e durável na Guiné - Bissau;

Com base nestas grandes reformas engendradas no seio dos renovadores e, para uma maior demonstração da sua preparação e maturidade, convocou os guineenses, para criação de um caminho, de uma proposta capa de erguer os sonhos outrora sonhados, mas infelizmente no percurso de mais de 45 anos de (des) governação do país, sob alçada de um partido caduco de ideais, todos os sonhos dignos de edificação do país, foi abismado, e tombamos na sombra do medo e do desespero. Foi com base nesta reflexão, o PRS, ousou convocar os guineenses para voltarem a sonhar com futuro, a levantar e assumir o próprio destino, marcando assim, um rompimento definitivo com o passado, com o medo e desespero, para iniciar um novo ciclo de vida coletiva que irá construir com base na nossa realidade quotidiana, uma nova história de progresso e desenvolvimento.

Mas ficam ainda alguns desafios por vencer e o PRS tem a devida consciência da sua existência, das dificuldades que delas advêm e de sua importância estratégica para uma governação estável. Trata-se da inserção e integração do PRS nos foros diplomáticos. Este passo é essencial para desconstruir a falsa imagem, construída de forma mal-intencionada junto da grande maioria dos parceiros internacionais, que passam a tratar o partido de uma forma preconceituosa e pejorativa, como uma organização violenta e inimiga do desenvolvimento e da cooperação. O PRS tem sido excluído dos espaços de construção conjunta de projectos de estabilização e de desenvolvimento nacional promovidos pelas diferentes agências de cooperação tanto bilaterais como multilaterais, o que tem atrofiado várias tentativas de sua aplicação, devido a sua parcial apropriação nacional.

O PRS é um partido aberto a todas as formas de diálogo, baseadas no respeito mútuo e visando o estabelecimento de relações que tenham em primeiro lugar os princípios inalienáveis de igualdade e de auto-determinação do povo guineense. Para isso, não cessará os esforços na procura de criação de pontes que favoreçam a sua inserção nos espaços cooperativos de diálogo e concertação diplomáticas para o bem do país e do seu povo.

O PRS assume a vanguarda da nova era de mudança e da transformação da Guiné - Bissau através de um programa visa tão fundamentalmente ERGUER A GUINÉ-BISSAU em crioulo bem sonante e de fácil entendimento “PRS - LANTANDA GUINÉ”, isto é um simbolismo de fácil percepção que mesmo não lendo o conteúdo programático, já se perceba que o foco da governação é pôr de pé, um país deitado, parado e subjugado há mais de 4 décadas. O problema da Guiné - Bissau não é arranque, aliás, arrancar a o país nestas condições em que se encontra é mais pura ganância e ilusão que se possa vender ao povo guineense. O país está estagnado e enfermado, precisa ser erguida.

O programa “PRS - LANTANDA GUINÉ” tem como fundamento para sua concepção, a voz dos guineenses, de meio rural e urbano, que permitiu compreender no fundo o que os guineenses querem, como entendem o país e que país querem a curto, médio e longo prazos. Estes elementos, levaram o partido subitamente a posicionar perante a chamada a “CRISE DE SIMULTANEIDADE” consubstanciada na questão se é a democracia que nos leva ao desenvolvimento ou se é o desenvolvimento que nos leva a democracia. Partindo desta compreensão, torna possível compreender o âmago da verdadeira necessidade e dos anseios do povo e a sua satisfação deve ser um compromisso premente.

Os guineenses, sobretudo a população jovem e mulheres, devem compreender sem qualquer tipo de ruído, as reais necessidades do país, que são essencialmente duas (2):

1. A estabilidade social e política como pressupostos para a estabilidade governativa;

2. O desenvolvimento a curto e médio prazo.

Estas são duas premissas essenciais para assegurar a boa condução do país num ambiente de pacificação e de trabalho construtivo.

Para este desiderato, nenhum partido que não o PRS é o mais bem posicionado para garantir estas duas premissas, por ser um partido, capaz de se distinguir do Estado, cujos problemas internos nunca perturbaram a paz social no país e, igualmente, um partido com um programa mais realístico e susceptível de garantir o desenvolvimento socioeconómico e sustentável do país a curto e médio prazo.

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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