quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Guiné-Bissau, a União Patriótica Guineense, UPG encoraja apoio de parceiros de desenvolvimento

“…Afirmar que o ébola pode chegar a Portugal tendo como porta de entrada a Guiné-Bissau, parece-nos ser uma afirmação alarmante, de má-fé, exagerada e descontextualizada” – Fernando Vaz, líder da União Patriótica Guineense

 A União Patriótica Guineense, UPG, através de um comunicado de imprensa que tivemos acesso, afirma que o seu papel é fazer uma oposição responsável, consciente e construtiva às autoridades do país proveniente das últimas eleições realizadas há pouco mais de 100 dias, embora admitiu não esquecer da difícil e frágil conjuntura política, económica e social.

No documento assinado por seu líder, Fernando Vaz, o partido reconheceu que a Guiné-Bissau é um país que obrigatoriamente deve ser apoiado pelos parceiros para que os governantes possam pôr os interesses nacionais e a reconciliação dos guineenses acima de todos os outros interesses que caracterizam e marcam a política na Guiné-Bissau.

Nesta perspectiva, a UPG alerta as autoridades nacionais para não permitir que a dignidade e a honra dos guineenses sejam postas em causa como outrora, secundarizando-nos e denegrir a imagem da Guiné-Bissau, citando-a sempre pela negativa.

Em relação à situação do ébola e da prevenção no país, o comunicado da União Patriótica Guineense avisa que se as autoridades portuguesas sabem por que porta entrará o ébola em Portugal, que deem a receita preventiva aos americanos e aos países Europeus, bem como aos guineenses para que a Guiné-Bissau não constitua um perigo para Portugal.

A UPG lembra que dada a interação globalizante do planeta, qualquer país é vulnerável à entrada do ébola, como aliás já se verificou na Europa e nos Estados Unidos.
“Deste modo, afirmar que o ébola pode chegar a Portugal tendo como porta de entrada a Guiné-Bissau, parece-nos ser uma afirmação alarmante, de má-fé, exagerada e descontextualizada.

Contrariamente à explicação da OMS, segundo a qual é improvável a transmissão da doença em países como a Guiné-Bissau e Costa do Marfim”, informa o comunicado.

Para este efeito, esta formação política na oposição pediu as autoridades nacionais para não permitir que os guineenses sejam perseguidos e descriminados por este mundo fora.

Segundo o documento, o partido pensa que será mais construtivo e ainda no quadro de um relacionamento saudável e profícuo não arriscar indicar qual o país que é porta de entrada do ébola na Guiné-Bissau, apesar dos parcos meios conseguiu-se travar, até agora e graças a Deus, a sua entrada, pelo que agradece qualquer ajuda para reforçar a capacidade preventiva e eventual combate.

Igualmente, pediu ao Governo no sentido de criar condições urgentes para que as ajudas destinadas à prevenção e eventual tratamento não se esbarrem com a burocracia das tramitações aduaneiras.

Em relação aos bolseiros guineenses na Rússia e Marrocos, o documento afirma que há falta de informação suficiente sobre a matéria, pedindo ao Governo para informar e tomar medidas mais esclarecidas relativamente à epidemia no país, enfatizando que até hoje, felizmente, não se registou nenhum caso de ébola.

Concluiu, dizendo que a Transportadora Aérea Portuguesa, TAP, apesar da boa vontade das autoridades lusas, mas face às dificuldades operacionais crescentes da companhia, define-se primeiro com os seus interesses e de Portugal, pelo que é o momento da Guiné-Bissau voar com as suas próprias asas – ter uma Companhia Aérea Nacional.

//Gbissau

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