“…Afirmar que o ébola pode chegar a Portugal tendo como porta de entrada a Guiné-Bissau, parece-nos ser uma afirmação alarmante, de má-fé, exagerada e descontextualizada” – Fernando Vaz, líder da União Patriótica Guineense

No documento assinado por seu líder, Fernando Vaz, o
partido reconheceu que a Guiné-Bissau é um país que obrigatoriamente deve ser
apoiado pelos parceiros para que os governantes possam pôr os interesses
nacionais e a reconciliação dos guineenses acima de todos os outros interesses
que caracterizam e marcam a política na Guiné-Bissau.
Nesta perspectiva, a UPG alerta as autoridades
nacionais para não permitir que a dignidade e a honra dos guineenses sejam
postas em causa como outrora, secundarizando-nos e denegrir a imagem da
Guiné-Bissau, citando-a sempre pela negativa.
Em relação à situação do ébola e da prevenção no
país, o comunicado da União Patriótica Guineense avisa que se as autoridades
portuguesas sabem por que porta entrará o ébola em Portugal, que deem a receita
preventiva aos americanos e aos países Europeus, bem como aos guineenses para
que a Guiné-Bissau não constitua um perigo para Portugal.
A UPG lembra que dada a interação globalizante do
planeta, qualquer país é vulnerável à entrada do ébola, como aliás já se
verificou na Europa e nos Estados Unidos.
“Deste modo, afirmar que o ébola pode chegar a
Portugal tendo como porta de entrada a Guiné-Bissau, parece-nos ser uma
afirmação alarmante, de má-fé, exagerada e descontextualizada.
Contrariamente à explicação da OMS, segundo a qual é
improvável a transmissão da doença em países como a Guiné-Bissau e Costa do
Marfim”, informa o comunicado.
Para este efeito, esta formação política na oposição
pediu as autoridades nacionais para não permitir que os guineenses sejam
perseguidos e descriminados por este mundo fora.
Segundo o documento, o partido pensa que será mais
construtivo e ainda no quadro de um relacionamento saudável e profícuo não
arriscar indicar qual o país que é porta de entrada do ébola na Guiné-Bissau,
apesar dos parcos meios conseguiu-se travar, até agora e graças a Deus, a sua
entrada, pelo que agradece qualquer ajuda para reforçar a capacidade preventiva
e eventual combate.
Igualmente, pediu ao Governo no sentido de criar
condições urgentes para que as ajudas destinadas à prevenção e eventual
tratamento não se esbarrem com a burocracia das tramitações aduaneiras.
Em relação aos bolseiros guineenses na Rússia e
Marrocos, o documento afirma que há falta de informação suficiente sobre a
matéria, pedindo ao Governo para informar e tomar medidas mais esclarecidas
relativamente à epidemia no país, enfatizando que até hoje, felizmente, não se
registou nenhum caso de ébola.
Concluiu, dizendo que a Transportadora Aérea
Portuguesa, TAP, apesar da boa vontade das autoridades lusas, mas face às
dificuldades operacionais crescentes da companhia, define-se primeiro com os
seus interesses e de Portugal, pelo que é o momento da Guiné-Bissau voar com as
suas próprias asas – ter uma Companhia Aérea Nacional.
//Gbissau
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