
Manuel João Fernandes Cá, em entrevista
exclusiva à ANG, disse que todas as compras do Estado que não passarem pela
ANAP são consideradas ilegais.
“Temos estado a deparar-se com enormes
dificuldades nos últimos tempos em fazer instituições públicas endereçarem as
suas encomendas de compras para a ANAP”, lamentou Fernandes Cá que adiantou que
muitos justificam esta negligência com argumentos de que as compras via ANAP
são morosas.
João Ca disse que o processo de compras
deve ser morosos porque existem prazos que devem ser cumpridos para a
elaboração dos Cadernos de Encargos, do controlo prévio, havendo prazos que
devem ser dados aos empresários para apresentarem as suas propostas de ofertas.
“Nos últimos tempos as pessoas se
recusam a endereçar os seus pedidos de encomendas para a ANAP, optando por
fazê-las de forma directa, ignorando a existência de uma instituição
vocacionada para fazer as aquisições públicas”, criticou.
O Diretor-geral da ANAP sublinhou que
muitas instituições que se desviaram desse procedimento e forem detectados, não
são alvos de nenhuma sanção e nem são responsabilizadas pelos seus actos, da parte de quem de direito.
Manuel João Fernandes Cá frisou que, nos
primeiros tempos da criação da ANAP, as coisas marcharam muito bem, mas com o
tempo começaram a piorar, pois cada Ministério procedia as suas encomendas sem
dar conhecimento à esta instituição.
“Muitas instituições ao invés de nos
trazer as propostas de compras, preferem levá-las para a Direcção Geral dos
Concursos Públicos. O papel da Direcção Geral dos Concursos Públicos é de controlar
os procedimentos. A ANAP e a única entidade competente para lançar os concursos
públicos”, explicou.
A Agencia Nacional de Aquisições de
Compras Públicas (ANAP), foi criada por decisão do Conselho de Ministro, ao 9
de Agosto de 2014, em substituição da ex. Unidade Central de Compras Públicas
(UCCP).
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