segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pede “moderação e responsabilidade” aos jornalistas

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu hoje "moderação e responsabilidade" aos jornalistas em prol da liberdade de imprensa e de opinião.

O líder guineense fez o apelo na abertura de um seminário internacional promovido pelo Conselho Nacional de Comunicação Social do país para, entre outros temas, falar da regulação editorial na Internet.

O encontro, que decorre até quinta-feira, junta cerca de 100 pessoas, na maioria jornalistas guineenses e alguns peritos portugueses.

O Presidente da Guiné-Bissau afirmou que é pela total liberdade dos jornalistas, mas desde que haja moderação e responsabilidade, sob pena de se colocar em causa a própria estabilidade social.

"A classe politica, a sociedade civil, mas sobretudo os órgãos de comunicação social devem poder fazer o seu trabalho, de informar e formar a opinião pública, de forma livre, sem serem incomodados", referiu.

José Mário Vaz ressalvou que se as liberdades "não forem exercidas com moderação e responsabilidade, existe o risco de se transformarem em instrumentos de manipulação e de destabilização".

Liberdade sim, mas insulto nunca, defendeu ainda o Presidente guineense.

"O contraditório é saudável na justa medida em que discordar não significa insultar e pôr em causa a dignidade da pessoa com quem não concordamos. A dignidade humana e institucional deve ser respeitada", enfatizou José Mário Vaz.

O Presidente guineense destacou o facto de, durante os dois anos do seu mandato, nenhum jornalista ter sido perseguido a mando do chefe do Estado.

"Desde o início do meu mandato, pautamo-nos sempre por respeitar e fazer respeitar todas as liberdades estabelecidas na nossa Constituição e demais leis da República, tanto assim é que nenhum profissional da comunicação social foi incomodado", nem "espancado ou torturado por causa do exercício da sua profissão", disse Mário Vaz.

A profissão deve ser exercida por "técnicos capacitados e conscientes do poder da comunicação", defendeu ainda José Mário Vaz.


Sobre a importância do encontro, o Presidente guineense disse ser uma oportunidade para a troca de experiencias e estreitar os laços de cooperação entre os profissionais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Com a Lusa

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