O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário
Vaz, pediu hoje "moderação e responsabilidade" aos jornalistas em
prol da liberdade de imprensa e de opinião.
O líder guineense fez o apelo na
abertura de um seminário internacional promovido pelo Conselho Nacional de
Comunicação Social do país para, entre outros temas, falar da regulação
editorial na Internet.
O encontro, que decorre até
quinta-feira, junta cerca de 100 pessoas, na maioria jornalistas guineenses e
alguns peritos portugueses.
O Presidente da Guiné-Bissau afirmou que
é pela total liberdade dos jornalistas, mas desde que haja moderação e
responsabilidade, sob pena de se colocar em causa a própria estabilidade
social.
"A classe politica, a sociedade
civil, mas sobretudo os órgãos de comunicação social devem poder fazer o seu
trabalho, de informar e formar a opinião pública, de forma livre, sem serem
incomodados", referiu.
José Mário Vaz ressalvou que se as
liberdades "não forem exercidas com moderação e responsabilidade, existe o
risco de se transformarem em instrumentos de manipulação e de
destabilização".
Liberdade sim, mas insulto nunca,
defendeu ainda o Presidente guineense.
"O contraditório é saudável na
justa medida em que discordar não significa insultar e pôr em causa a dignidade
da pessoa com quem não concordamos. A dignidade humana e institucional deve ser
respeitada", enfatizou José Mário Vaz.
O Presidente guineense destacou o facto
de, durante os dois anos do seu mandato, nenhum jornalista ter sido perseguido
a mando do chefe do Estado.
"Desde o início do meu mandato,
pautamo-nos sempre por respeitar e fazer respeitar todas as liberdades
estabelecidas na nossa Constituição e demais leis da República, tanto assim é
que nenhum profissional da comunicação social foi incomodado", nem
"espancado ou torturado por causa do exercício da sua profissão",
disse Mário Vaz.
A profissão deve ser exercida por
"técnicos capacitados e conscientes do poder da comunicação",
defendeu ainda José Mário Vaz.
Sobre a importância do encontro, o
Presidente guineense disse ser uma oportunidade para a troca de experiencias e
estreitar os laços de cooperação entre os profissionais da Comunidade de Países
de Língua Portuguesa (CPLP). Com a Lusa
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