terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Falta de meios técnicos dificulta colheita de arroz produzida pelas Forças Armadas Revolucionários do Povo da Guiné-Bissau

Cerca de duzentos vinte e nove hectares de arroz cultivados pelas Forças Armadas Revolucionarias do Povo nas bolanhas de Bidinga Nanhassé, Fã Mandinga, Buhol e Brikama leste do país correm riscos de estragar-se devido a falta de meios técnicos adequados para colheita. Este facto torna muito difícil a colheita do arroz já iniciada pelos destacamentos dos militares enviados no terreno.

Esta informação foi avançada pelo Brigadeiro General, Lassana Indami, Chefe de Divisão de Serviço de Produção do Estado Maior das Forças Armadas, numa entrevista exclusiva à imprensa militar.

Na ocasião o Brigadeiro General, disse que a colheita está a ser dificultada pela falta de meios apropriados, porque a colheita de arroz lavrado por uma máquina agrícola não pode ser feita com mãos humanas. Lamentou a inexistência de máquina de corte, que segundo ele, ajudaria muito nessa colheita.

O General Indami afirmou que o Estado Maior General das Forças Armadas está a envidar esforços na medida das suas possibilidades para ultrapassar as dificuldades que se verificam nos campos agrícolas onde se encontram as diferentes militares. Para a corte de arroz. Mas mesmo assim, os efectivos destacados não vão cobrir as necessidades dos campos devido a extensão do seu tamanho.

Admitiu que também recrutaram as populações rurais de zonas para apoiar a colheita do arroz mas com as condições destas serem pagas com produtos (arroz), o que para ele é uma perda, porque no final da colheita as FARP não terão rendimento e só vai restar a sementeira.

Segundo este General, o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General Biagué Na Ntan não queria que utilizassem este método para contratar a população civil, mas como não tem alternativa somos obrigados recorrer esta via, caso contrário grande quantidade de arroz cultivado ficara nas bolanhas porque os militares enviados para a corte nem todos sabem cortar apesar de terrem toda vontade para tal.

Para terminar, o Brigadeiro General, Lassana Indami pediu o apoio do Governo na compra dos materiais agrícolas sobretudo máquinas agrícolas de corte e de descasque de arroz para ultrapassar as dificuldades. Com as FARP’s

1 comentário:

  1. Os militares da Guiné-Bissau estão com dificuldades para tirarem dos campos agrícolas "grandes quantidades" de arroz produzido por falta de máquinas de corte do cereal, disse hoje à agência Lusa, Lassana Ndami, chefe de produção do exército guineense.

    Por iniciativa do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, soldados guineenses produziram arroz nos campos agrícolas de Birikama, Fa Mandinga, Bidinga Na Nhasse e Bul, no leste do país, mas agora a dificuldade é tirar o produto do terreno.


    O general Lassana Ndami acrescentou que o arroz produzido provém da totalidade dos 21 hectares dos quatro campos.

    O arroz é a base da dieta alimentar dos guineenses mas grande parte do cereal consumido no país é importado.

    Em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas de arroz e importa cerca de 150 mil toneladas, que custam 75 milhões de dólares (70,3 milhões de euros).

    "Estamos com dificuldades para tirar o arroz porque foi uma produção de máquinas e agora não temos como tirar o arroz dos campos com a mão", disse o chefe da divisão de produção das Forças Armadas guineenses.

    O ministro da Agricultura visitou os quatro campos e prometeu tentar arranjar uma solução mas até lá os militares vão tirando o arroz com a mão com ajuda de populares, afirmou o general Ndami.

    O chefe da divisão de produção das Forças Armadas disse que o cultivo do arroz "é a resposta dos militares" ao apelo lançado pelo chefe do Estado-Maior, general Biague Na Ntan no sentido de "deixarem os problemas políticos com os políticos".

    "Pediu-nos que trabalhemos. Deixemos a política com os políticos. Foi o que fizemos com esta grande quantidade de arroz que produzimos", enfatizou Lassana Ndami.

    Sobre o destino a dar ao arroz produzido nos quatro campos de lavoura, o general Ndami afirmou que caberá ao Governo decidir.

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