Orçamento público é um instrumento de planeamento e execução das finanças públicas. Na atualidade, o conceito está intimamente ligado à previsão das Receitas e à fixação das Despesas públicas. Na Guiné-Bissau, como em qualquer outro país do mundo, sua natureza jurídica é considerada como sendo de lei em sentido formal, apenas. Isso guarda relação com o caráter meramente autorizativo das despesas públicas ali previstas. O orçamento contém estimativa das receitas e autorização para realização de despesas da administração pública direta e indireta em um determinado exercício que, Na Guiné-Bissau, como em qualquer outro país do mundo, coincide com o ano civil.
Começo com o caso de fundo denominado
de: “Fundo de Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas (FUMPI).
Este fundo cujo Banco Mundial nunca
concordou com a sua criação, salvo erro, foi criado no ano de 2011. Sabe-se que
quem contribuiu neste fundo foi o nosso simples agricultor, dono de plantação
de cajueiro e mais outros simples agricultores humildes de subsistência honesto
do país.
Um fundo que deveria beneficiar seus
contribuintes não foi o que aconteceu. De tantos centenas de milhares que foram
arrecadados nessa iniciativa constatou-se que cento e cinqüenta milhões de
franco CFA (CFA 15.000.000,00) fôramos desviados na gestão do então governo.
Essa quantidade é o que foi descoberto,
imagine o que não foi descoberto neste fundo e noutros seguimentos de desvios
que acontecem nos órgãos públicos que talvez nunca se descobrirão.
Todo isso acontece por causa da
desorganização que país sofre que é visível através de má gerência de poder
público como, por exemplo: promulgação de empresas e concessões de licitações
para contratar sem concurso público.
Além de mais não se averigua a
competência da empresa prestadora do serviço se possui condições para oferecer
o serviço de qualidade que país necessita.
Para piorar, não se fiscaliza a serio
qualquer empresa que atua no país. Não há existência de Comissão de Parlamento
de Inquérito (CPI) que fiscaliza quem quer que seja. Seja corpo jurídico e
física dentro do governo.
É de lembrar que é assim que no governo
de ex primeiro-ministro Simão Perreia saiu 14 contentores da Guiné Bissau com
areia pesada sem que essa empresa explique os pormenores de o por que.
A única explicação que conseguiram dar a
nossa autoridade é que areia estava saindo para análises laboratoriais. Mas,
precisa-se levar toda área para se confirmar sua qualidade e se valor comercial…?
Num volume de 80 bilhões de CFA
arrecadados na gestão de Geraldo Martins 59 bilhões simplesmente desapareceram
do cofre público. E ninguém é capaz de explicar o povo da Guiné Bissau o
paradeiro desse valor até hoje.
Finança Pública da Guiné Bissau virou o
covil de ladrões que usam cargos públicos para se enriqueceu.
Tenho impressão de que setenta por cento
(70%) de arrecadação na finança da Guiné Bissau, não vai para servir a nação
guineense. É minha impressão apenas... Esse valor -70%, vai diretamente para
bolsos de saqueadores.
Ministério de Finança só recolhe
dinheiro, mas nem vigia e muito menos tem coragem de denunciar quem levantou/a
valores indevidos naquela instituição.
Volto falar como mencionei acima; o
sistema fiscal e a reforma fiscal que temos em Guiné Bissau simplesmente não
funcionam para o povo que tem pagado impostos honestamente.
Enquanto isso assistimos hospitais,
postos de saúde, escolas e outras infra-estruturas publicas como lançamento de
construção de estrada Búba/Catio, por exemplo, parado.
O grave no país é até hoje o maior
empregador. Só Estado emprega. E mesmo que Estado empregasse, mas que colocasse
os melhores que realmente respondessem ao trabalho serio e honesto com
competência. Seria alguma coisa de melhoria para responder a expectativa do
povo. Mas Estado da Guiné Bissau, não observa o princípio de méritogarcia.
Cargos públicos continuam sendo cedidos
na base de amizade e de laços parentescos. Isso é o mal incentivador a preguiça
e a incompetência de quem não quer se esforçar para conquistar honestamente seu
espaço e contribuir melhor para nossa nação. Sobretudo na arena política.
Para terminar, veja o bom exemplo de
outros países. Tanzânia e Ruanda está nos dando exemplo hoje de como se gere
país seriamente através dos seus líderes.
Brasil também já recuperou seiscentos e
cinqüenta milhões de reais (R$ 650.000.000,00) através da investigação criminal
de CPI da Polícia Federal brasileira denominada “OPERAÇÃO LAVA-JATO” devolvido
ao cofre público. E vários criminosos presos estão cumprindo penas e perdendo
mandatos.
É apenas em torno de 20% de que foi
desviado, mas já é alguma coisa para povo brasileiro.
E... em Guiné Bissau..? Quem foi preso,
quem perdeu mandato e quem devolveu o que roubou do cofre público..?
Relembro o título da minha publicação do
dia 22 OUT. do ano em curso. “A CERTEZA DA IMPUNIDADE É O MAL NEFASTA AO NOSSO
PAÍS (GUINÉ BISSAU) para dizer que é esse país que merecemos!
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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