terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Israel diz que “mais dez países” vão mudar embaixada para Jerusalém

Trump anunciou a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, contrariando o consenso internacional. Depois de Guatemala, mais países deverão seguir o líder norte-americano.

Imediatamente após o anúncio da mudança da embaixada norte-americana em Israel de Telavive para Jerusalém decidida por Donald Trump, o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, afirmou que outros países seguiriam a decisão do líder da Casa Branca, contrariando assim o consenso internacional. Este domingo, também o presidente da Guatemala, Jimmy Morales, afirmou que deu instruções para alterar a morada da embaixada para Jerusalém. Agora, Israel espera que pelo mais dez países seguiam a decisão norte-americana e de Morales.

“Isto é apenas o princípio e é importante”, declarou Benjamim Netanyahu. Já a vice-ministra do Ministério dos Negócios Estrangeiro, Tzipi Hotovely, avançou que estão já em cima da mesa conversas com mais dez nações dispostas a mudar a localização das suas embaixadas para Jerusalém, cita o El País. A comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel sobre toda a cidade, que alberga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos.

A decisão da Guatemala, que altera uma morada decidida há quatro décadas, é considerada “vergonhosa e ilegal” pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano.

“Na verdade, recusámos reconhecer qualquer capital de Israel. Mas hoje finalmente reconhecemos o óbvio. Que Jerusalém é a capital de Israel. Nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. É também a coisa certa a fazer. É algo que tem de ser feito”, declarou o Presidente norte-americano à data.

A mudança da embaixada americana é encarada como um sinal concreto de que os EUA reconhecem a Israel o direito de ter Jerusalém como capital "eterna e indivisível", ignorando a pretensão dos palestinianos a terem a capital de um futuro Estado em Jerusalém Oriental.

A decisão levou ao aumento da tensão e criou uma onda de protestos e conflitos que já provocaram algumas vítimas mortais.

Na última quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução sobre o estatuto de Jerusalém, recusando a declaração norte-americana de que a cidade é a capital de Israel. A decisão foi aprovada com 128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções. Trump ameaçou cortar os apoios aos países que apoiassem esta resolução. A Guatemala, que depende fortemente dos EUA, foi um dos países que votou contra. Para além da Guatemala, votaram contra a resolução da ONU Honduras, Micronésia, Nauru, Togo, Palau e ilhas Marshall. Com o Publico

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