O investigador e linguista Dr. Incanha Intumbo, da Guiné-Bissau, vai ser o próximo diretor-executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), anunciou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O nome do guineense foi aprovado por
unanimidade num encontro de representantes da CPLP na terça-feira, num hotel em
Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e anunciado pelo
Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em
exercício da comunidade lusófona.
A Guiné-Bissau, representada na reunião
pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, que apresentou em Nova
Iorque o nome de Dr. Incanha Intumbo para a direção do IILP.
O nome devia ter sido indicado em julho,
na cimeira da CPLP, na ilha do Sal, em Cabo Verde, mas na altura o Governo
guineense pediu mais tempo para o fazer e comprometeu-se a apresentar o
candidato em setembro.
O linguista guineense sucede no cargo à
moçambicana Marisa Mendonça.
O IILP tem um orçamento de 300 mil euros,
mas a sua ação tem sido limitada devido à falta de financiamento, tendo em
conta os atrasos no pagamento das quotas por parte de alguns Estado-membros da
CPLP. Antes da cimeira do Sal, o instituto tinha dívidas de quotas que
ascendiam a 800 mil euros.
Outra questão discutida na reunião foi a
data da posse do próximo secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro
Telles, de Portugal, mas ficou definida apenas entre dezembro e janeiro, sendo
que a atual secretária, a são-tomense Maria do Carmo Silveira, vai cessar
funções em dezembro deste ano.
No encontro em Nova Iorque, em que
participaram três chefes de Estado - Marcelo Rebelo de Sousa(Portugal), Jorge
Carlos Fonseca (Cabo Verde) e Teodoro Obiang (Guiné Equatorial) -- foram ainda
discutidos os processos eleitorais futuros no espaço da lusofonia:
presidenciais no Brasil, autárquicas em Moçambique, legislativas, autárquicas e
regional em São Tomé e Príncipe e legislativas na Guiné-Bissau.
Os vários países da CPLP disponibilizaram
equipas de observadores para acompanharem todos os processos eleitorais.
A presença do Presidente angolano, João
Lourenço, também era esperada na reunião, o que não aconteceu, não tendo sido
dada nenhuma explicação para a ausência. Com a Lusa
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