A diretora nacional do Banco Central de
Estados da África Ocidental (BCEAO), Helena Nosolini Embaló garantiu esta
quinta-feira, 27 de setembro 2018, que a instituição que dirige “tomou o
engajamento” de apoiar financeiramente os bancos comerciais que tenham
financiado as pequenas e médias empresas.
A medida, segundo a diretora nacional do
BCEAO, visa permitir que estes bancos tenham a capacidade de se autofinanciarem,
caso surjam problemas de liquidez e assegura ainda que “haverá mecanismo na
ponderação dos riscos ligados a estes financiamentos”.
Esta possibilidade foi anunciada a
jornalistas depois de uma reunião que Helena Nosolini Embaló manteve com os
diretores-gerais dos bancos comerciais da capital Bissau. O encontro decorreu
no âmbito da implementação do dispositivo criado para incentivar e facilitar o
financiamento a pequenas e médias empresas e indústrias.
Helena Nosolini revela que os bancos “têm
excedentes de créditos de liquidez”, mas que muitas vezes não são utilizados no
financiamento da economia porque, segundo avança, “não há projetos abancáveis e
nem relação de confiança entre o banco e o indivíduo que vai solicitar o
crédito”. Contudo, esclarece que este dispositivo será direcionado às empresas
com projectos viáveis que tenham o volume de negócio inferior a um bilião de
francos CFA.
Por sua vez, o presidente da Associação
Profissional dos Bancos, Rómulo Pires, disse que o encontro serviu para
esclarecer alguns equívocos sobre a implementação do dispositivo, e, sobretudo
o financiamento.
“Existem ainda dúvidas relativamente ao
financiamento. Algumas pessoas pensam que há financiamento com fundos vindos de
outras entidades e que não têm que pagar os serviços. Mas é enganosa pensar
assim. Devem ter a consciência de que vão suportar os custos dos serviços, no
âmbito das suas atividades”, realçou Pires.
A economia da Guiné-Bissau não vai crescer este ano como previsto, 6,2 por cento mas sim cerca de 4 por cento.
ResponderEliminarA constatação foi transmitida à imprensa a margem da reunião ordinária do Conselho Nacional de Crédito decorrida quinta-feira nas instalações do BECEAO em Bissau.
As razões apontadas para essa desaceleração se relacionam a má campanha de castanha de caju e a queda de preço do produto no mercado externo.
Falando da situação o Primeiro-ministro Aristides Gomes disse que a situação financeira e economia do país continua fraca, devido a dependência da castanha de caju.
Aristides Gomes defendeu a diversificação da produção para impulsionar a economia e consequentemente potenciar o Estado enquanto entidade regulador.
“Infelizmente é uma economia que ainda depende praticamente do caju, portanto é uma fraqueza enorme. Nos temos forças a esse nível, porque temos a castanha de boa qualidade, mas temos fraquezas pelo facto de dependermos até agora desse produto, quer para a dinamização da economia quer para as exportações”, reconheceu.
Aristides Gomes acrescentou que quando o preço cai as pessoas consomem menos e as empresas produzem menos e vendem menos e em fim, ficam se mais pobres.
Para Aristides Gomes, é preciso potenciar o agente principal da economia do país que é o Estado, para que possa desempenhar o seu papel, não só de regulação mas também como um Estado que consome muito, e por conseguinte, pode servir de elemento de incitação da economia se as gestões das finanças públicas forem boas.
Segundo Aristides Gomes foi debatido no encontro problemas ligados ao crescimento da economia e recursos do estado, nomeadamente as finanças públicas e despesas ou seja tudo aquilo que se pode fazer para dinamizar a economia da Guiné-Bissau e criar uma situação de bem-estar social para toda a gente.
O Conselho Nacional analisou a situação económica nacional e sub-regional e detectou alguns riscos susceptíveis de dificultar a actividade económica nacional, sobretudo devido a baixa do preço da c