O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
anunciou hoje que vai disponibilizar 50 milhões de euros [32,8 bilhões de
francos CFA] à Guiné-Conacri e à Guiné-Bissau para o lançamento da primeira
fase da construção da estrada entre Boké e Quebo.
“Os governos da Guiné e Guiné-Bissau vão
beneficiar de 50 milhões de euros em doações e financiamento de empréstimos
para a primeira fase do projeto de desenvolvimento da estrada Boke-Quebo,
corredor rodoviário entre Conacri e Bissau”, lê-se num comunicado disponível no
site desta instituição multilateral de desenvolvimento.
O projeto, no total de 117,19 milhões de
euros, envolve um financiamento de 30 milhões da União Europeia, sendo que para
a primeira fase o total do custo ronda os 80 milhões de euros, acrescenta o
documento.
“É nesta perspetiva que o Conselho de
Administração do BAD aprovou para a Guiné-Conacri uma subvenção do Fundo de
Assistência Técnica (TAF) de 4,07 milhões de euros; uma doação do Fundo
Africano de Desenvolvimento (ADF) de 20,49 milhões de euros e um empréstimo do
ADF de 6,06 milhões de euros. Na Guiné-Bissau, o Conselho de Administração do
BAD aprovou uma doação TAF de 1,78 milhões de euros e uma subvenção de ADF de
16,77 milhões”, escrevem os técnicos do Banco.
Além destes montantes, o BAD destaca
também que a Guiné-Bissau receberá, através da Facilidade de Investimento para
a África (FIAF), duas doações, uma de 20,38 milhões e outra de 9,62 milhões.
“Esta estrada Boke-Quebo é muito
importante para ambos os países, e faz parte do corredor rodoviário
transafricano entre Dakar e Lagos”, disse o diretor-geral adjunto para a África
Ocidental, Serge Marie N’Guessan, citado no comunicado.
O Banco espera, com estes apoios, aumentar
o comércio entre os dois países, de cerca de 60 toneladas de mercadoria para 2
mil toneladas até 2025, reduzir o tempo de viagem e criar empregos diretos os
três anos de construção deste projeto.
Em dezembro, uma missão do BAD manteve
encontros em Bissau com as autoridades guineenses, incluindo o
primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, e o chefe de Estado, José Mário Vaz.
Desde o início da cooperação entre a
Guiné-Bissau e aquela instituição financeira, em 1976, já foram aprovadas 56
operações num montante de cerca de 200 mil milhões de francos cfa (cerca de 304
milhões de euros). Com Odemocrata
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