sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Ministro da Defesa, General Dr. Eduardo Sanhá, promete neutralidade das Forças Armadas Revolucionarias do Povo da Guiné-Bissau, durante processo eleitoral


O ministro da Defesa guineense, General Dr. Eduardo Sanhá, prometeu hoje que as Forças Armadas se vão manter neutras durante o período eleitoral e que vão colaborar com a polícia na manutenção da tranquilidade do processo.

General Dr. Eduardo Sanhá indicou que as Forças Armadas vão trabalhar com a polícia "para fazer com que as eleições decorram da melhor maneira possível", dentro do previsto nas leis guineenses, disse.

As Forças Armadas "têm tido uma postura de equidistância das querelas políticas, têm-se mantido apartidárias no sentido rigoroso, cumprindo apenas com a sua missão constitucional que é a defesa da integridade do território" da Guiné-Bissau, notou General Sanhá.

O ministro da Defesa guineense fez a promessa num discurso por ocasião da tomada de posse de 20 novos elementos do Tribunal Superior Militar, entre juízes e promotores.

A Guiné-Bissau tem eleições legislativas previstas para 18 de novembro, decorrendo atualmente o processo de registo eleitoral.

O presidente do Tribunal Superior Militar, general Daba Na Walna, defendeu que os novos elementos têm "a difícil missão de limpar a má fama" do Tribunal Militar que, disse, é visto como "implacável e que não respeita os direitos humanos", assinalou.

Na Walna considerou que a nova equipa tem como meta ajudar a transformar o Tribunal Militar "num tribunal de verdade que faça justiça de forma credível em que todos apostam", afirmou.

"Porque só com a justiça militar a funcionar em pleno vapor é que podemos ter Forças Armadas verdadeiramente republicanas", defendeu o presidente do Tribunal Superior Militar para quem o capital humano é o fator determinante para a mudança pretendida.

Paralelamente, a cerimónia serviu para o ministro da Defesa guineense anunciar estar em curso o processo de promoção de quatro coronéis a categorias de brigadeiros-generais e de um brigadeiro-general a major-general.

As propostas estão com o presidente guineense, José Mário Vaz, na sua qualidade de comandante em chefe das Forças Armadas, após terem sido apreciadas pelo conselho superior de Defesa Nacional e o Conselho de Ministros, indicou o ministro General Dr. Eduardo Sanhá. Com a Lusa

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