segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Guiné-Bissau: Engenharia social e Politico partidário

Estado não é só frágil quando há bloqueio das instituições… De facto na Guiné-Bissau, não há nenhuma lei que impeça um responsável de um organismo tão importante de passar para uma instituição que vigiou, assim como é fácil um ex-ministro ou ex-secretário de Estado passar para a administração de empresas com as quais teve alguma relação enquanto governante.
O Conselho de Segurança da ONU discutirá a situação na Guiné-Bissau e um relatório especial do Secretário-Geral sobre a avaliação estratégica do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, que recomenda a saída do Escritório até o final de 2020.

Designa-se por engenharia social o processo de tentar convencer alguém de algo fictício, usando interações que podem revestir várias formas: mensagens de correio eletrónico, interações através das redes sociais ou mesmo chamadas telefónicas.
É urgente legislar sistemas de financiamento eleitoral, para o tronar os bem-sucedidos, por isso deve haver maneiras de controlar as campanhas, através de limitações de contribuições e gastos.

Procura-se dar credibilidade a estas interações, usando métodos que exploram a ingenuidade do alvo. Eis algumas técnicas de engenharia social: personificação da vítima, pesquisas ao lixo, espionagem, escuta não autorizada de chamadas, obtenção de informações através da proximidade, discurso convincente, falsas histórias, inserção de unidade usb infetada no posto de trabalho, mensagens não solicitadas (pop-ups, spam-mail, phishing, smishing, vishing), software malicioso (malware) pharming, footprinting e ainda existem técnicas de engenharia social inversa como a sabotagem, publicidade de resolução de problema a de auxílio. Com muitos destes atos o atacante consegue a satisfação da vítima e a sua confiança.
 Componente importante nas crises políticas é o fato de estarem ligados ao financiamento de campanhas e despesas operacionais de partidos políticos. é crucial avançar em reformas que permitam que apenas indivíduos, e não empresas, façam doações privadas para campanhas. Para isso é necessário medidas corretivas para permitir maior igualdade de condições aos candidatos, limitar gastos por candidatos, auditar a divulgação de informações financeiras de partidos e candidatos e impor sanções aos que não revelarem suas finanças.

Atualmente, a engenharia social é considerada um dos maiores riscos de segurança das pessoas e das organizações. As técnicas de ataque são cada vez mais sofisticadas e a vítima muitas vezes não tem a devida noção do ataque, para a obtenção de informação não autorizada. Nos ataques de engenharia social são demonstradas competências sociais do atacante, com recursos a métodos de controlo do comportamento da vítima que abrangem as emoções. Estes ataques estão em constante evolução devido à falta de conhecimento da perigosidade envolvida, a estratégias de manipulação, de influência, de retribuição e de compromisso indevidas e à autoconfiança dos utilizadores. As técnicas de ataques de engenharia social são consideradas como um meio para um fim e não necessariamente um ataque. A problemática da engenharia social é o ser humano ter capacidades de influenciar e ser influenciado e esta matéria deve constar no desenvolvimento de políticas de segurança.

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