A Guiné-Bissau é apresentada como um dos
países que registou "melhorias notáveis" no seu nível democrático em
2019, ainda que o seu regime continue classificado de "autoritário",
de acordo com o Índice de Democracia 2019.
Elaborado anualmente pela Economist
Intelligence Unit, ligada à revista britânica The Economist, este índice mede o
nível democrático de regimes políticos em 167 países.
Neste ranking, a Guiné-Bissau aparece
entre os países que registaram melhorias nos seus processos eleitorais,
recordando que em 2019 se realizaram neste país "eleições livres e
justas" (legislativas e presidenciais).
Em 2019, o país subiu da 157.ª posição em
2018 para a 148.ª, dos 167 países avaliados. Dos 10 pontos possíveis, a
Guiné-Bissau conseguiu 2.63, contra 1.98 em 2018.
Cabo Verde é o país lusófono mais bem
classificado neste índice, que não inclui São Tomé e Príncipe, ocupando a 30.ª
posição, menos três lugares que no ano anterior. Na pontuação, registou um
decréscimo, descendo de 7.88 em 2018 para 7.78 em 2019.
Segue-se Timor-Leste, com a 41.ª posição,
que mantém os pontos: 7.19.
Já o Brasil ocupa agora a 52.ª
classificação, subindo a sua pontuação de 6.97 em 2018 para 6.86 no ano
passado.
Angola também subiu neste ranking,
passando dos 3.62 pontos para os 3.72, e alcançando a 119.ª posição. Logo a
seguir, Moçambique ocupa a 120.ª posição, embora descendo na pontuação: 3.85
para 3.65.
A Guiné Equatorial, na 161.ª posição,
manteve os 1.92 pontos da avaliação anterior.
A região da África Subsaariana viu a sua
classificação descer de 4.36 em 2018 para 4.26 em 2019.
No relatório, lê-se que a região conta com
um elevado número de regimes autoritários, cerca de metade dos 44 países
avaliados neste índice.
Em 2019, prossegue a avaliação, a região
registou uma significativa regressão democrática, com 23 países a assistirem a
uma descida das suas posições.
Nesta região, as avaliações foram as
piores desde 2010, após a crise económica e financeira global, quando todas as
democracias do mundo registaram uma regressão democrática neste índice.
Intitulado "Um ano de contratempos
democráticos e protestos populares", o relatório mantém a Noruega a
liderar o ranking, país que continua a reunir 9.87 dos 10 pontos possíveis.
A Coreia do Norte ocupa o último lugar,
com 1.08 pontos.
O índice é baseado em cinco categorias:
processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, o funcionamento do Governo,
a participação política e a cultura política. Com a Lusa
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