PELAS FUTURAS GERAÇÕES
A NOSSA MENSAGEM
Pelas Futuras Gerações e pela nossa! Da profundeza dos Tempos, aportamos à nossa Época!
Trazemos a Sabedoria dos Antigos e do nosso Tempo! Não renegamos a nossa Cultura nem rejeitamos o contributo válido de qualquer outra! Compreendemos melhor o Passado e perspectivamos na medida justa o nosso Futuro Colectivo!
Com o presente Blogue, queremos dar o nosso contributo para uma reflexão isenta sobre o nosso País e a Sociedade que temos ou queremos ter. Não pretendemos ter o exclusivo da Verdade! Reflectimos sobre o que achamos de interesse comum, como contributo para o nosso Desenvolvimento Colectivo, para o qual você está convidado a ter Opinião!
Essa reflexão é necessária para a afirmação e definição de uma Cidadania responsável e para a melhoria da qualidade da nossa Sociedade, determinante para o sucesso ou insucesso de qualquer processo de Desenvolvimento Humano. Um Povo sem Regra de Vida (em Família, na Escola, na Economia, na Política, etc) torna-se um estropício para o resto da Humanidade, a começar por si próprio.
A Vida dos Povos é comparável à uma Corrida de Estafeta em que cada Nova Geração deve fazer a Melhor Corrida possível de modo a Transmitir à Geração Seguinte o Testemunho da sua Competência Global em condições de alcançar a Vitória Final.
Venha connosco! Para o Futuro! Pelas Futuras Gerações que, sem culpa, irão sofrer pelos Erros que a nossa Geração está cometendo contra si própria, tornando-se causa remota do seu possível fracasso ou desconforto, quando já cá não estivermos!
Nós estamos a bordo, buscando o rumo certo! Aceite o nosso convite!
O caminho é longo e movediço! Mas é o caminho! Somos os
INTELECTUAIS BALANTAS NA DIÁSPORA!
“Ser
de praça” é um conceito social usado por um grupo de pessoas para não se
sujeitarem ao crivo de rigor académico para a ocupação de certos cargos na
administração pública […].
Em
muitos países, a maioria das elites são oriundas de regiões suburbanas ou
aldeias. Na Rússia temos o Putin; em Portugal foi o caso do Professor Cavaco
Silva; no reino unido tivemos o David Cameron, etc. Essas figuras publicas
passaram pelo crivo de excelência académica e experiência profissional
associado à aptidão de vencer num concurso ou sufrágio publico sem serem
escolhidos ou nomeados.
“Ser
de praça” não nos incomoda, mas sim, o ódio étnico que deveria ser
criminalizado (como esperamos no advento da Revisão Constitucional) porque traz
consequências imprevisíveis. Qualquer um pode-se apelidar de praça; isso é como
alguém se auto-intitular de algo de que se sonha ou se admira.
Os tais
“Meninos de praça” na Guiné-Bissau não passam de um conjunto de indivíduos ou sensibilidades
que, depois de 17 de outubro de 86 consolidaram-se num novo figurino invisível,
“dono e gestor”, substituindo o Estado e o poder central na praça de Bissau.
Esse grupo representa apenas 5 - 10% da população total, subjugando em todos os
aspectos a maioria dos bissau-guineenses, notoriamente são poucos interessados
em identificarem-se no desenvolvimento sustentável e transversal da
Guiné-Bissau no seu todo.
Essa
franja de indivíduos com complexo de identificação étnica, a roçar o ódio
étnico, foram os “fabricantes” de todos os tipos de golpes de Estado (com aliciamentos
e envolvimentos dos Generais) que temos assistido desde o golpe de Estado de 14
de novembro de 1980; são os responsáveis pela destruição do conceito de Estado e
em consequência o próprio Estado da Guiné-Bissau, através da promoção da corrupção,
nepotismo, clientelismo, e apropriação partidária da Função Publica como forma
de centralização do poder no Partido libertador, facilitando o acesso ao
emprego para os seus militantes.
Essa
mesma franja, que após o Caso 17 de Outubro 1986 (depois da limpeza étnica dos
Balantas do PAIGC), teve o PAIGC como base de apoio para todos esses malabarismos
então dirigido pelo General Nino Vieira (o percursor e introdutor de tráfico de
Droga na Guine Bissau) que, maquiavelicamente representava a figura dos antigos
combatentes nesta Esquadrilha somente para os combates eleitorais sob insígnias
da Luta Armanda de um lado, doutro piscando olho assim à etnia papel como uma
base étnica eleitoral de identificação, o que não passa de uma farsa
orquestrada contra os Papeis.
Criou-se
assim uma aliança transfronteiriça entre “os civilizados” de praça com a dita
comunidade internacional - P5- em detrimento dos interesses do Povo Guineense.
Essa aliança colocou estrategicamente os embaixadores pertencentes ao P5, que
só representam os seus interesses. Deste modo, o País passou-se a ser gerido de
fora para dentro pela dita Comunidade Internacional.
Os autodenominados “Genuínos Mininus di praça”: São os que julgam genuínos, civilizados, herdeiros de Honório Barreto, o núcleo duro Central da purga, nascidos em Capitais, tais como Cacheu, Bolama, Bissau, que julgam donos da Guiné-Bissau Intelectual, por serem netos das Civilizações assimiladas dos colonos, baptizados nas antigas tradições católicas Portuguesas, que os incutiram complexos e ódio étnicos, são os verdadeiros motores discriminatórios do sistema. Nesta categoria estão incluídos também os filhos dos Militares Portugueses não reconhecidos, filhos dos antigos Cipaios e administradores portugueses e elementos de origens Cabo-verdianos ou Libanês/Sírios misturados com sangue étnico autóctones.
“Os GEBAS,” estes não passam de filhos das misturas multiétnicas autóctones, gerados na metrópole, muitos sem conhecer os pais e alguns com identidades étnicas bem definidas, mas simplesmente não assumidas. Também incutidos os complexos e ódio étnicos em não se identificarem com etnias pelos colonos portugueses. E em suma, não existe uma etnia Geba mas sim um Mito.
“Os Escoados” - os fifty-fifty - uma forma de transição ou passagem suave entre pertença étnica para categoria de “mininus di praça”. Aqui já não é culpa dos portugueses e nem é preciso ser baptizado. Muitos desta gente tiveram que mudar nomes étnicos para apelidos de praça (no Reinado do Sr. Cadogo) para ter que passar os concursos públicos por efeito do emprego.
Ora,
é esta forma de estratificação Social montada há tempo a funcionar como eixo de
mal que deve ser combatida; são incapazes de arrancar ou desbloquear o
desenvolvimento do País e ao mesmo tempo não permitir que outros o façam. Esse
bloqueio é que constituiu o nosso primeiro objectivo em escrever este artigo de
opinião centrado na luta contra essa estratificação social e nunca contra
etnias que são a base da nossa essência. Estes infelizes têm sustentado o
verdadeiro eixo do mal durante anos invisivelmente montado para manter no poder
uns grupelhos de sanguessugas ávidos de substituir os Colonos Brancos na forma
e nas acções. Nunca aceitaram nenhum tipo de mudança que reverta em melhorias
das condições de vidas das populações como foi o juramento à vida do próprio Amílcar
Lopes Cabral.
Temos
que apelar à nossa População em geral sobre estes fenómenos insidiosos dos
ditos “Civilizados di Praça” altamente perigoso, que já contribuiu e muito na desagregação
de tecido social Guineenses e tbm na inviabilidade da consolidação Democrática
e da unidade Nacional.
Alerta
máxima para etnia Papel que tem sido usado e abusado nas Campanhas eleitorais
como uma base étnica pelos “mininus di praça” - esta categoria dos “Civilizados”
maquiavelicamente serve-se da etnia Papel como base étnica da identificação
para aparentar-se (atenção Papeis, muitos deles não tem afinidades étnica com
os convosco) só pelo facto de terem nascidos em Bissau, zona predominante dos
Papeis. Deste modo, muitos dos Papeis, “étnico-cegos”, embarcaram-se nesta
aventura que não passou de uma armadilha de “Mininus di Praça” em armar um mero
suporte étnico eleitoral. Eles não querem e nunca quiseram saber dos Papeis Reais
que vivem nas aldeias. Agindo deste modo, estão a expor os Papeis como etnia em
risco de colisões com outras etnias, colocando-os falsamente num patamar
superior que outras; uma manipulação bem conhecida de “dividir para reinar”,
herdada do colonialismo. Um dos exemplos foi um facto usado na instrumentalização
do caso do tal deputado da etnia Papel que quase podia dar para torto com
consequências imprevisíveis. “Pepelis nha parentis Bo iabri udjus deh !! Tugas bai Dja, essis i Pretus
suma nós... só pa pui ellis no sê lugar mas nada”.
Quanto
ao resto da população, constitui realmente uma maioria finamente discriminada,
por parte desta franja maquiavélica da Cidade, explorada de todas as formas, desprovidas
dos direitos fundamentais consagrados nos pilares das Nações Unidas, tais como
o saneamento básico, educação e saúde. Mesmo o simples juntar-se ou reunir-se em
comunidades rurais é censurado pelos ditos “civilizados”. Quando isso acontece são
apelidados de tribalistas ou raça de fundinho na mesquita, nomes como “Conferencia
di Nhoma”, etc. Enquanto eles já podem livremente fazer suas conferências de concentrações
ou reuniões de Clã em qualquer momento e lugar (desde santuário di Cacheu,
Rotary Club Bissau, etc). Esta forma de discriminação da minoria sobre a maioria,
recorda-se é um pressuposto para o Genocídio.
Portanto
a nossa opinião é legislar quanto antes possível sobre esta matéria, quiçá, já na
próxima Revisão da Constituição.
De referir
que o General Umaro Sissoco Embalo, apercebendo desta Clivagem Social, leu bem a
realidade e apresentou-a na sua Campanha e teve brilhante resultado e ninguém
hoje tem dúvidas desta bipolaridade na Guiné-Bissau. Acabou por ser um justo
vencedor das eleições Presidenciais, até com uma certas facilidades, porque
soube sair e aproveitar os anseios de maioria da População discriminada, lutando
em prol da coesão e para uma união verdadeira duma Guiné-Bissau justa e com
igualdade de oportunidade para todos.
Por
isso também acreditamos que os interesses de classe e a própria classe tem que
ser combatida desmantelada, alias é isso que as Redes sociais estão a fazer e bem
com um enorme Contributo Cívico dos CET na frente o Sr Leopoldo Sadar.
“Ser
de praça” é relativo – depende muito de onde se encontra e o que se faz. Ora se
“ser de praça” é apenas saber vestir, comer com faca e garfo à mesa, ir às
festas, então preferimos as nossas posições sociais actuais. Em Portugal,
durante a nossa passagem pelas Universidades vimos portugueses de gema que não
sabiam bem usar facas e garfos; será que não eram de praça ou civilizados?
“Os
de praça” que aceitem então o desafio de concurso público para um lugar de
relevo para ingresso à Função Publica […].
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