quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rui Diã de Sousa viola a lei, usurpando os poderes do Conselho Superior da Magistratura

Bissau (Rádio Bombolom-FM, 4 de Dezembro de 2012) –   Rui Néné, foi proposto ontem, terça-feira, pela bancada parlamentar do PAIGC como o seu candidato de consenso a presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), violando assim de uma forma propositada a lei, usurpando os poderes do Conselho Superior da Magistratura.
A proposta foi apresentada à plenária da ANP pelo líder da bancada do PAIGC, Rui Diã de Sousa.
“Senhor Presidente, a entrar no projeto da ordem do dia, nós já temos o nosso candidato. Trata-se do Rui Néné, ele nasceu a 6 de Maio de 1951, é natural de Bula, região de Cacheu, de nacionalidade guineense residente no Bairro de Impantcha”, anunciou Diã de Sousa.
“É o candidato que o grupo parlamentar do PAIGC propõe em substituição do nosso falecido colega Desejado Lima da Costa”, acrescentou.
Entretanto, esta proposta foi contrariada pelo líder da bancada parlamentar do PRS, Serifo Djaló, para quem, por questão de transparência, as candidaturas ao cargo de presidente da CNE devem proceder do Conselho Superior da Magistratura.
“Quanto o seu currículo, não duvidamos da pessoa que é, mas, Senhor Presidente, nós gostaríamos que respeitássemos a lei. Por isso, gostaríamos, por questão de transparência, entendemos que, futuramente, as candidaturas para o cargo de presidente da CNE e seu secretário executive devem sair do Conselho Superior da Magistratura, através de um concurso”, alertou.
“Nós limitar-nos-íamos a determinar o perfil destes candidatos, que até podem ser um, dois candidatos aprovados nesse conselho superior da magistratura e nós aqui os votaríamos”, defendeu Serifo Djaló.
Esta contrariedade entre as duas bancadas parlamentares levou à suspensão da sessão, para permitir concertações por parte de cada bancada parlamentar.
Mesmo assim, Rui Diã de Sousa disse ter a intenção de falar com o seu colega do PRS no sentido da viabilização da proposta do PAIGC, mas alertou: “…é preciso começarmos a trabalhar seriamente para a realização das eleições, mas com esses bloqueios, esses avanços e recuos, muito sinceramente, eu não estou desencorajado, mas, não é o que eu esperava”. Apesar da oposição da bancada do PRS, Diã de Sousa mostrou-se optimista: “Eu vou concertar-me agora com líder da bancada do PRS, acho que vamos encontrar uma saida no interesse da Guiné Bissau, no interesse de todos”.

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