sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Autoridade Reguladora da Guiné-Bissau com equipamento para fiscalizar rádios



Bissau, 15 fev (Lusa) - A Autoridade Reguladora Nacional (ARN) da Guiné-Bissau no domínio das tecnologias de informação e comunicação tem a partir de hoje equipamento para fiscalizar o uso do espetro radioelétrico, que permite silenciar emissoras ilegais.
O novo sistema de fiscalização foi hoje apresentado ao público e permite verificar se as rádios estão a emitir nas frequências atribuídas e "fiscalizar todas as irregularidades, tanto a nível de operadores (de telefone móvel) como de rádios", e tem também a componente de "medição da radiação das antenas", disse o presidente da ARN, Gibril Mané.
De acordo com o responsável o equipamento, que inclui uma viatura tecnicamente equipada e um sistema informático fixo, custou cerca de 575 mil dólares (430,5 mil euros).
Gibril Mané disse que as rádios não estão a cumprir a lei e que a ARN vai fazer o possível "para regularizar o setor", pelo que "é necessário estar bem equipada".
De acordo com o responsável mais de 80 por cento das rádios que operam no país não entregaram às autoridades um projeto técnico, pelo que terão de o fazer até 31 de março.
"Está na hora de cada um cumprir a sua obrigação", avisou, acrescentando que o novo equipamento da ARN vai "disciplinar o mercado" e que "a partir de agora as rádios terão de respeitar em função da licença" que lhe foi atribuída, para evitar interferências.
Até agora, as rádios da Guiné-Bissau, cerca de 40 entre a nacional, comerciais e comunitárias, não têm licenças definitivas de funcionamento. A falta de filtro harmónico (as harmónicas são múltiplos da frequência original e podem causar interferências noutra frequência) e antenas superiores à licença provisória atribuída são casos comuns na Guiné-Bissau.

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