O Ministério das
Finanças refutou as informações postas a circular segundo as quais o
Estado-maior General das Forças Armadas teria colocado militares junto das
instituições ou fontes das receitas para procederem às cobranças.
A nota do Gabinete do
Ministro das Finanças, endereçada à Diretora das Operações do Banco Mundial
para a Guiné-Bissau, Sra. Vera Songwe, a que a Agência de Notícias da Guiné
(ANG) teve acesso, explica que, os agentes fardados que acompanham o processo
de recolha de receitas, pertencem a Brigada de Acção Fiscal da Guarda Nacional
e estão devidamente credenciados pelo Ministério das Finanças para acompanhar o
processo de cobrança das receitas.
“Em nenhum momento os
agentes envolvidos nestas operações têm contacto directo com os dinheiros
cobrados ou outros meios de pagamento e muito menos se ocupam da sua guarda. As
receitas continuam a ser recolhidas e arrecadadas pelo Tesouro Público, e no
caso de receitas aduaneiras através da ECOBANK, nos termos do acordo para
efeito assinado”, esclareceu.
O Gabinete do Ministro
das Finanças, afirma que a Brigada de Acção Fiscal da Guarda-fiscal é uma
estrutura paramilitar que substituiu à Guarda Fiscal, estando organicamente
integrada no Ministério da Defesa, mas funcionalmente dependente do Ministério
das Finanças, através da Direcção Geral das Alfândegas.
Adiantou que o actual
Coordenador da Brigada de Acção Fiscal na pessoa de Biaguê Nantam foi
Comandante Geral da Guarda-fiscal e nesse quadro beneficiou de várias
formações, sendo a última em Portugal no âmbito da reforma no sector da defesa
e segurança.
A nota informa ainda
que não obstante se tratar de uma situação provisória, visto que recentemente,
o Governo da Guiné-Bissau assinou com a Bissau LINK INSPETION SERVICES (BLIS),
a filial da Gana Link Inspecção Services, um contrato de prestação de serviços
que irá garantir a verificação e controlo das mercadorias desde a sua origem
até ao seu destino (Portos de Bissau), com recurso a um scanner, o que irá
contribuir para o incremento das receitas e o combate à fraude e evasão fiscal.
Informações postas a
circular em Bissau dão conta de que, por ordem das estruturas militares, as
cobranças de diferentes tipos de taxas que se pagam ao estado envolvem
elementos militares, com o objectivo de impedir que fundos do estado sejam
desviados para fins pessoais.
Por falta de meios
financeiros, o estado está a dever aos seus servidores, e alguns com dívidas de
vários meses, tanto de salário como de subsídio.
// ANG / tchogue
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