O Primeiro-ministro
timorense, Xanana Gusmão, disse que o seu país vai trabalhar para produzir
reformas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, na sua
opinião, não tem concedido benefícios económicos suficientes aos seus membros.
Durante a luta
contra a ocupação indonésia, a CPLP concedeu um forte apoio à autodeterminação
do povo de Timor-Leste, país que se tornou membro da organização depois de
receber a independência total pelas Nações Unidas, em 2002. Em 2014 Timor-Leste
irá assumir a liderança da comunidade lusófona.
Na preparação para assumir a Presidência da CPLP, o Primeiro-ministro
timorense e ex-líder da Resistência Nacional criticou a organização, dizendo
que esta apenas fala da história e da cultura e não pensa o suficiente no
desenvolvimento económico.
Xanana Gusmão
disse que a CPLP deve adaptar-se ao actual contexto de globalização, que se
foca no sector económico. Os países-membros da comunidade lusófona devem pensar
em reforma, caso contrário viverão na pobreza, referiu o Chefe do Governo timorense.
«A CPLP fala muito
da história, cultura e língua, apenas considera estas barreiras. Se não houver
dinheiro vai morrer», referiu Xanana Gusmão.
«Portugal está em
risco, sem dinheiro, a Guiné-Bissau está em risco, porque apenas de fala em
língua, cultura e história. Moçambique está a enfrentar um problema, e São Tomé
e Príncipe quem vai ajudar. Se apenas se fala em cultura, eu digo que vão
morrer», reforçou o Primeiro-ministro timorense.
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