O
candidato independente às eleições Presidenciais de 13 de Abril voltou a
denunciar actos de corrupção no aparelho judicial guineense.
Domingos
Quadé afirmou, que a corrupção que se verifica no aparelho judicial guineense é
«perigosa», salientando que algumas pessoas enriquecem ilicitamente a partir da
actividade magistral.
«No
aparelho judicial guineense há corrupção das mais variadas naturezas. Enquanto
Bastonário denunciei publicamente, na última cerimónia de abertura do ano
judicial, que há casos de transformação do património público em privado»
revelou, afirmando que pediu ao Ministério Público, na altura, para abrir um
inquérito para apurar esta situação.
Domingos
Quadé, um dos expressivos candidatos Presidenciais ao escrutínio de 13 de Abril
de 2014, defende a «reimplantação» da autoridade com vista a «reorganizar» o
aparelho do Estado guineense.
«Para
que haja rigor na gestão da coisa pública é preciso a reimplantação da
autoridade de Estado na Guiné-Bissau» sublinhou o candidato, adiantando que a
«Guiné-Bissau tem uma crise de valores de afirmação de Estado, de Justiça e de
reconciliação nacional».
O
líder do projecto «Por Um Cassacá 2» disse ainda que é contra o princípio que
alguns políticos defendem quanto à «refundação» do Estado guineense.
Segundo
Quadé, o Estado guineense é aquele que foi fundado em 24 de Setembro de 1973
pelas guerrilhas do PAIGC, partido que representava os guineenses enquanto
povo.
Falando
sobre a reforma nos Sectores da Defesa e Segurança, o candidato Presidencial
disse que o mal da Guiné-Bissau não reside num único sector de actividade
pública, mas é transversal.
Para
Quadé, a putrefação dos casos na Guiné-Bissau começou nos políticos e só depois
é que os militares acabaram por sair às ruas para praticarem os últimos actos.
Por
isso, o político independente é da opinião que é preciso pensar onde está o mal
e procurar as soluções, não apontando desnecessariamente o dedo a um só sector
da actividade pública.
//PNN
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